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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Entrevista/Gim Argello: Recorde na verba para a capital investir

Postado por Moisés Tavares

Credenciado após obter volume inédito de recursos para o DF, senador pode disputar reeleição entre os governistas ou na oposição
O tabuleiro político local começa a registrar as primeiras mexidas de peças. Uma delas, entretanto, parece estratégica para os dois lados – governo e oposição.  Apesar de antigo no cenário político, o senador Gim Argello (PTB), chega a estas eleições num dos melhores momentos de sua carreira. Reconhecido no Senado como um articulador atuante – lidera uma bancada de 14 senadores (bloco que reúne quatro partidos: PTB, PR, PSC e PRB) que apoiam a presidente Dilma Rousseff – Gim tem conseguido transformar essa liderança em benefícios para o Distrito Federal. Nos últimos anos garantiu mais de R$ 18 bilhões para obras e projetos em Brasília, como o BRT ligando Gama e Santa Maria ao Plano Piloto, novas Unidades de Pronto Atendimento e obras de urbanização e saneamento em localidades como Pôr do Sol, Sol Nascente e Estrutural, e a adutora de água da barragem do rio São Bartolomeu até o DF.
Essa posição de destaque cacifou Gim  para disputar a reeleição ao Senado tanto ao lado do governador Agnelo Queiroz (PT), quanto da chapa de oposição, ainda não definida , mas que pode ser encabeçada por um dos dois ex-governadores, Joaquim Roriz e José Roberto Arruda.  Ciente da possibilidade de estar tanto de um lado quanto do outro, Gim prefere esperar mais um pouco para tomar um caminho definitivo, segundo conta nesta entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília
Dos três senadores da bancada do DF, dois foram eleitos junto com o governador Agnelo, em 2010, mas hoje fazem oposição ao governo local. Já o senhor, que originariamente vem de uma linha adversária do PT é a principal base de sustentação do GDF junto ao Governo Federal.  Isso não confunde a cabeça do eleitor?
A política precisa ser feita com grandeza. Desde que o governador Agnelo assumiu, eu disse a ele que poderia contar comigo em tudo o que fosse do interesse do DF. Não foi diferente quando o governador era José Roberto Arruda ou Rogério Rosso. A base do nosso trabalho no Senado, no que diz respeito a Brasília, é garantir que nossa cidade terá o tratamento que merece, como capital do País.
Mas não é estranho que aqueles que se elegeram na chapa de Agnelo hoje estejam na oposição?
 Não necessariamente. A política é muito dinâmica e devemos respeitar a posição de cada um. No meu caso, procuro fazer política sem ressentimentos ou perseguições.  Tenho essa postura desde que entrei para a política, ainda estudante em Taguatinga, e não pretendo mudar. Fazer política só vale a pena se for para buscar resultados mais abrangentes possíveis no que diz respeito á coletividade.
No final do ano surgiram muitos nomes reivindicando uma possível candidatura ao GDF, mas agora o que se vê é um esvaziamento de parte desse cenário. O senhor ficou mais quieto, por que?
Respeito a postura de todos aqueles que militam no cenário político local. Mas sempre fui mais de agir  do que falar muito. Nos últimos anos, em vez de ficar nas feiras distribuindo santinhos, optei por trabalhar duro no Senado. Em vez de ficar criticando governos e pessoas, foquei na concretização de sonhos e projetos. E é essa diferença que, acredito, será reconhecida no momento certo.
 Quando o senhor fale de resultados, está se referindo à grande quantidade de recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal que têm sido destinados ao Distrito Federal?
Principalmente.  Nos últimos anos conseguimos garantir mais de 18 bilhões de reais para obras e projetos sociais no Distrito Federal. Conquistas como o BRT até o Gama e Santa Maria, o VLT que ligará o Aeroporto ao Centro de Brasília, passando pela W/3, urbanização de novas áreas como Por do Sol, Sol Nascente e Estrutural, construção de UPAS e Creches, só estão sendo possíveis graças ao grande volume de recursos que conseguimos junto ao Governo Federal.
Não é muito dinheiro, já que em anos anteriores o Governo do Distrito Federal tinha para investimento cifras bem menos expressivas, ao máximo na casa do R$ 1 bilhão?
Realmente, é muito dinheiro e devemos isso à boa vontade da presidenta Dilma com nossa Capital Federal. Não podemos deixar de ressaltar também a capacidade técnica de diversos setores governamentais e também a sintonia que temos conseguido com os ministros e dirigentes estatais. Com tudo isso, que sai ganhando é o povo de Brasília.
Pode-se dizer que essa sua boa relação com o Governo Federal e os resultados práticos a partir do grande volume de recursos da União para o DF servem como bandeira de campanha neste ano eleitoral?
Não diria que bandeira de campanha, mas acredrito que seja uma forma real de prestar contas ao eleitor e mostrar o que fizemos nesses anos no Senado da República.
 Por falar em eleições, o senhor é candidato á reeleição e, em caso positivo, estará na chapa encabeçada pelo atual governador ou pelo grupo de oposição que ainda não se desenhou claramente?
Primeiro, a sua pergunta já traz parte da minha resposta. O cenário político-eleitoral deste ano ainda não se desenhou claramente. As forças políticas estão muito dissipadas, mesmo aquelas que estão ou estiveram próximas do governador nos últimos três anos. Por tudo o que consegui realizar como senador, gostaria muito de continuar tralhando por Brasília nessa mesma posição e é isso o que vou tentar em outubro próximo. Agora, as composições políticas ainda demoram alguns meses para serem realmente definidas.
 Quer dizer que o senador Gim pode ser candidato à reeleição tanto de um lado quanto de outro do tabuleiro?
Quer dizer que eu vou procurar aquilo  que seja  melhor para Brasília. As conversas ainda estão muito incipientes e  por isso mesmo temos que estudar tudo com muito carinho e com os olhos voltados para o futuro. 
Por falar no que a população espera de um político, seu trabalho como senador ganhou destaque principalmente pela boa interlocução que o senhor conseguiu estabelecer em todos os níveis. No que mais essa relação  multifacetária atingiu bons resultados?
Olha, além do volume recorde de recursos para Brasília, mais de R$ 18 bilhões, temos focado nosso trabalho no atendimento de demandas de categorias profissionais. Por exemplo, conseguimos aprovar a lei que garante a hereditariedade da concessão de táxis, uma antiga reivindicação dos taxistas. Conseguimos também aprovar a aposentadoria especial para deficientes físicos, uma justiça que há muito já deveria ter sido feita com essa parcela da sociedade que tem que ser melhor tratada em todos os sentidos. Conseguimos ainda garantir direitos trabalhistas para os conselheiros tutelares, que sempre eram tratados de forma pouco atenciosa pelo poder público. Temos ainda trabalhado por garçons, caminhoneiros, policiais militares e civis, entre outras categorias. Enfim, aquilo que chega da sociedade organizada até nós tem recebido o tratamento que merece. Só no ano passado tivemos algum tipo de trabalho realizado para mais de cem categorias, o que não é pouco.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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