segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Paulo Octávio deve oficializar ingresso no Partido Progressista

Política

Paulo Octávio deve oficializar  ingresso no Partido Progressista


Ex-governador disse que permanência no DEM tornou-se insustentável diante da "constante ingerência da executiva nacional"

O ex-governador Paulo Octávio deve oficializar seu ingresso no Partido Progressista (PP) até o fim do dia. Ao Correio, ele afirmou que vai entregar seu pedido de desfiliação do Democratas (DEM) ainda hoje. O ex-governador deve sacramentar a decisão de migrar para o PP após se encontrar com o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira. "Toda a articulação foi feita durante o fim de semana, agora aguardo a chegada do presidente Ciro a Brasília para referendarmos a decisão", disse.

Segundo Paulo Octávio, sua permanência no DEM tornou-se insustentável diante da "constante ingerência da executiva nacional" nas decisões partidárias locais. Ele permaneceu 15 anos no DEM, ex-PFL. "A executiva nacional nunca nos ajudou, pelo contrário, sempre atrapalhou nossas decisões autoritária e arbitrariamente", afirmou.
 
Por Arthur Paganini

Fonte: CorreioWeb - 30/09/2013

ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS COMPLETA 18 ANOS





FOTO:TVCMN

ENQUANTO ISSO,EM ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS :BAIXAS NO PP

                                                            
Informações dão conta de que depois que o vice governador José Éliton passou a presidência do PP de Águas Lindas para o ex-prefeito Geraldo Messias ,os dois vereadores da sigla,Reginaldo Ribeiro e Natália ,pedem suas desfiliação juntamente com vários outros pepistas. O grupo pretende ir para o recém criado Partido da Solidariedade,e continuarão na base de sustentação do governo Hildo do Candango.



                                                                       

Prefeitura de Águas Lindas incentiva a cultura na cidade

Aconteceu neste fim de semana, a 6ª Mostra Zezito de Circo em Águas Lindas de Goiás, um evento com inúmeras apresentações culturais resgatando os valores circenses para a comunidade.
IMG_8300Dentre as principais apresentações destacaram-se oficina de perna de pau, show com palhaços que proporcionaram a alegria da garotada e peças teatrais.
De acordo com a coordenadora do evento Rosineide, viúva do idealizador do projeto Mestre Zezito, “esta amostra tem como principal objetivo apresentar à comunidade a importância da cultura que tem o poder de proporcionar a milhares de pessoas uma visão mais ampliada da vida, dentro de seus valores e responsabilidades e que um pouco de riso não faz mal a ninguém pelo contrário trás saúde”.  Conclui.
O evento seguiu o roteiro com a apresentação “Com quantos copos se faz um tênis?!”; “Mamulengos sem fronteiras”; “Citerdance” Circo boneco e riso; “Hoje tem marmelada” Circo boa vontade; “Desencaixados” Família Vagamundi.
Foi realizado em frente a escola municipal Acelina Alves de Oliveira no bairro Águas Bonitas 1, em Águas Lindas de Goiás e contou com o apoio do Ministério da Cultura, Funarte e Governo Municipal de Águas Lindas.

Da Assessoria de Imprensa da Prefeitura
Fotos: ASCOM

REGUFFE E CHICO LEITE TENDEM A ACEITAR A FILIAÇÃO NO PARTIDO DE MARINA

marina silva e reguffePrimeira colocada no DF nas eleições presidenciais de 2010, Marina Silva aguarda posição da Justiça sobre novo partido para abrigar aliados campeões no ranking da última disputa de deputado federal e distrital. Projeto prevê candidatura ao governo.
A construção de uma nova frente política no Distrito Federal, formada por políticos campeões de votos, depende da viabilização nesta semana da Rede Sustentabilidade. A fundação da nova legenda, idealizada pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, criará uma via a mais para candidatura ao Governo do Distrito Federal e ao Senado. O deputado federal José Antônio Reguffe, hoje no PDT, parlamentar proporcionalmente mais votado no país e primeiro no ranking da capital, e o distrital Chico Leite (PT), líder na preferência do eleitorado para a Câmara Legislativa em 2010, foram convidados e tendem a aceitar a filiação no partido de Marina. Na capital, a presidenciável derrotou Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) no último pleito e ainda aparece bem colocada em pesquisas que circulam no meio político.
O grupo que articula a criação da Rede corre contra o tempo para tentar fazer com que a análise de fundação do novo partido político brasileiro entre na pauta de análises do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sessão extraordinária marcada para amanhã à noite. Ainda que o prazo final para novas filiações daqueles que pretendem concorrer às eleições de 2014 só se encerre no sábado e os ministros ainda tenham sessões na quarta e na quinta-feira desta semana, a terça-feira é considerada o Dia D para os políticos com mandato que pretendem trocar de legenda e disputar cargos eletivos no ano que vem, como Reguffe, Chico Leite e o deputado distrital Joe Valle, que também deve entrar na Rede.
Ainda não há entendimento jurídico firmado sobre o limite temporal entre a desfiliação de um partido e o ingresso em uma nova legenda antes do encerramento do prazo máximo legal. Alguns juristas falam em 48 horas, no mínimo. Assim, para não correr riscos, os aliados de Marina no DF aguardam com interesse a análise do TSE. Caso o tribunal dê aval à nova sigla, é praticamente certa a ida do trio para o grupo ligado à ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva.
Fonte: Correio Braziliense

FRAUDE NO FUNDO DA PREVIDÊNCIA EM ÁGUAS LINDAS ACONTECEU NO GOVERNO DE GERALDO MESSIAS

Por Moisés Tavares
Fonte:G1
Com informações da PF e do Ministério da Previdência Social

A prefeitura de Águas Lindas de Goiás informou que os desvios estão sendo investigados e protocolou uma ação de improbidade administrativa no Ministério Público de Goiás contra o ex-prefeito Geraldo Messias. Segundo a assessoria, as irregularidades foram cometidas na gestão dele, mas o ex-prefeito nega envolvimento no esquema.


FRAUDE EM FUNDOS DE PENSÃO ATINGE 94 MUNICÍPIOS  APONTA PREVIDÊNCIA 

Ministro Garibaldi Alves Filho garante que governo vai compensar rombo.
Vítimas são funcionários públicos que descontavam para aposentadoria.







                                           



Novos documentos do Ministério da Previdência Social mostram fraudes em fundos de pensão em mais de 90 cidades. As vítimas são os funcionários das prefeituras, que descontavam dinheiro dos seus salários para garantir uma aposentadoria melhor.
A operação Miqueias da Polícia Federal foi a primeira a revelar fraudes em fundos previdenciários estaduais e municipais. A investigação mostrou desvios em 15 prefeituras espalhadas por seis estados, entre elas, a de Águas Lindas de Goiás, onde foram identificadas aplicações de risco com dinheiro que paga a aposentadoria dos servidores.
A prefeitura chegou a aplicar R$ 4 milhões em um fundo que não daria lucro, o que – segundo as investigações – mostra “total desorganização” e a “má gestão administrativa e financeira”.
“Quem faz a captação fica com parte desses recursos e parte vai para aquele que aplicou. E quem fica no prejuízo é aquele servidor que investiu aquele dinheiro que iria garantir a aposentadoria dele no futuro”, diz o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Oslaim Campos Santana.
Auditorias do Ministério da Previdência Social revelam que a prática é muito mais ampla do que as investigações da operação Miqueias. Em 94 municípios do país, há indícios de fraudes na administração dos fundos de pensão. As suspeitas são de apropriação indébita, falsidade ideológica e improbidade administrativa.
O resultado dessas fiscalizações é enviado à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas para possíveis denúncias e punições. O Ministério da Previdência descobriu aplicações em valores acima do permitido, sem fiscalização e sem justificativa. Segundo o ministério, os envolvidos justificam os prejuízos resultantes dessas aplicações como riscos de mercado.
O ministro da Previdência Social diz que o rombo desses fundos terá que ser coberto com recursos públicos e que os servidores não sairão perdendo. “O governo compensará a previdência, fará com que a previdência sempre tenha condições de pagar isso em dia. Depois, nós tomaremos as providências para que tudo isso venha a ser reposto”, afirma Garibaldi Alves Filho.
A prefeitura de Águas Lindas de Goiás informou que os desvios estão sendo investigados e protocolou uma ação de improbidade administrativa no Ministério Público de Goiás contra o ex-prefeito Geraldo Messias. Segundo a assessoria, as irregularidades foram cometidas na gestão dele, mas o ex-prefeito nega envolvimento no esquema. Messias alega que na gestão dele o fundo de previdência dos servidores do município era separada da administração da prefeitura e que não era responsabilidade dele gerir o fundo.

domingo, 29 de setembro de 2013

AGNELO QUEIROZ VÊ RIVAIS POLÍTICOS DE VOLTA Á CENA PARA 2014

Agnelo-QueirozÀs vésperas do término do prazo para mudanças de partidos, o governador Agnelo Queiroz (PT) vê ressurgirem seus principais adversários para a disputa de 2014.
Quando foi eleito em 2010, Agnelo era o quinto governador de Brasília em dois anos (um saiu preso, outro renunciou e outros dois foram temporários) e fez uma ampla aliança para se eleger.
Viu os ex-governadores José Roberto Arruda e Joaquim Roriz fora da disputa e, mesmo assim, acabou indo ao segundo turno contra a mulher de Roriz, Weslian.
O petista afinou o discurso com seu vice, Tadeu Filippelli (PMDB), e a chapa vitoriosa em 2010 deve ser reeditada no ano que vem.
O governador, aliás, usou a estrutura do governo ao anunciar, por meio da Secretaria de Comunicação do Distrito Federal que a aliança será mantida. A notícia foi publicada no site oficial da administração.
No auge da crise política do ano passado, quando Agnelo teve de ir à CPI que investigava as relações do empresário Carlinhos Cachoeira, um grupo de petistas chegou a apostar que o governador não teria condições de se candidatar à reeleição.
Além da possível volta de Arruda e Roriz, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), eleito em 2010 na chapa de Agnelo, abandonou o barco petista e agora é mais pré-candidato do PSB para o governo em 2014.
Ontem, por exemplo, Rollemberg usou a tribuna do Senado para criticar uma das principais obras de Agnelo, a linha expressa de ônibus BRT.
Roriz superou os entraves da lei da Ficha Limpa, que lhe causou problemas em 2010 e só depois ganhou o aval do Supremo Tribunal Federal para se candidatar. Ele se filiou ao PRTB.
Sem partido, Arruda chegou a ser preso em 2010 e cassado por infidelidade partidária. Nesta semana, teve contas de governo em 2008 aprovadas na Câmara Legislativa.
Se fossem reprovadas, Arruda seria ficha suja e não poderia concorrer. Apenas um petista foi contra a aprovação e outros cinco não votaram.
Fonte: Folha de São Paulo

Eleições 2014 Todos do mesmo lado



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Fonte: Revista VEJA -

TSE decide nesta semana se aprova criação da Rede, partido de Marina


Legenda tem 455 mil nomes validados por cartórios, mas lei exige 492 mil.
Para participar da eleição de 2014, registro deve ser liberado até quinta (3/10).


A ex-senadora Marina Silva após se reunir com ministro Marco Aurélio Mello no TSE (Foto: Mariana Oliveira / G1)O Tribunal Superior Eleitoral vai decidir nesta semana se aprova ou não o registro do partido Rede Sustentabilidade, criado pela ex-senadora Marina Silva para participar das eleições do ano que vem. Se aprovar, será a 33ª legenda do país.
Para participar das eleições, o registro do partido deve ser aprovado até um ano antes do pleito, ou seja, 5 de outubro, próximo sábado. A aprovação deve ser feita no plenário do TSE, que só tem mais três sessões até o prazo final - terça (1º), quarta (2) e quinta (3) - normalmente o tribunal não se reúne às quartas, mas fará sessão extra nesta semana.
A data exata do julgamento do registro depende da relatora, a corregedora do TSE, ministra Laurita Vaz, que aguarda recontagem das assinaturas de apoio por parte da Secretaria Judiciária do TSE.
A lei determina que, para ser criado, um partido deve ter o apoio de 0,5% do total de votos válidos para deputados federais na última eleição. Segundo o TSE, esse número é de 492 mil. Essas assinaturas precisam estar validadas pelos cartórios eleitorais.
No decorrer desta semana, ela se reuniu com todos os ministros do TSE para mostrar que a legenda já tem o número de assinaturas necessárias para ser criada. A expectativa da senadora é a de que o plenário do TSE decida sobre a legenda na terça. Durante a semana, afirmou estar otimista de que terá a aprovação por parte do tribunal.Marina afirma ter coletado mais de 900 mil assinaturas, das quais 220 mil foram descartadas pela própria legenda. Entre as demais, somente 455 mil foram validadas por cartórios (parte está pendente de validação). Ela quer que o TSE reconheça a validade de 95 mil assinaturas que foram rejeitadas pelos cartórios. Segundo a ex-senadora, não foi explicado o motivo da rejeição e isso é irregular.
"A Corte vai fazer o julgamento sobre as assinaturas invalidadas injustamente, sem base legal. O que beneficia a criação do partido é o fato de termos coletado 668 mil assinaturas dentro do prazo (parte ainda está pendente de validação). [...] É isso que vai viabilizar o partido."
Temos completa convicção que nossos fins estão compatíveis com os meios"
Marina Silva, ao afirmar que espera que o TSE aprove criação da legenda e reconheça validade de assinaturas anuladas
Na semana passada, o TSE decidiu aprovar a criação de dois partidos, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e o Solidariedade (SDD), mesmo com assinaturas de apoio sob suspeita. Nos dois casos, porém, as legendas já tinha conseguido a certificação do número mínimo de assinaturas.
Ao ser perguntada sobre se a decisão do TSE de aprovar os dois partidos poderia beneficiar a criação da Rede, ela disse: "Eu não conheço os autos dos outros partidos. Conheço do partido que queremos. Temos completa convicção que nossos fins estão compatíveis com os meios."
O partido lançou campanha em seu site para que pessoas que assinaram o pedido de criação da legenda gravem um vídeo a favor da validação das assinaturas na Justiça Eleitoral. Entre os depoimentos já gravados, estão o de artistas como o ator Marcos Palmeira e a cantora Adriana Calcanhoto.
O prazo para quem pretende concorrer nas eleições do ano que vem trocar de partido ou se filiar a uma nova legenda termina no dia 5 de outubro. As listas com os nomes dos filiados serão entregues pelos partidos ao TSE em 14 de outubro.

Acordos de partidos dão a largada para as eleições distritais de 2014


A sinalização de aliança entre PT e PMDB, o ingresso de Roriz no PRTB, presidido por Luiz Estevão, e a provável entrada de Arruda no PR provocaram intensa movimentação nos últimos dias e sinalizam a composição dos grupos na corrida ao Governo do DF no próximo ano



Aliança entre Filippelli e Agnelo será mantida em 2014 (Monique Renne/CB/D.A Press)
Aliança entre Filippelli e Agnelo será mantida em 2014


O desenho da disputa eleitoral de 2014 começa a ser traçado de forma mais clara. Ainda que a definição oficial das alianças só ocorra no ano que vem, as principais forças da capital federal já estão se posicionando e o início de outubro será decisivo. Após a movimentação da cena política na semana passada, os próximos dias serão ainda mais intensos. Cada partido montará o seu exército de filiados até cinco de outubro, prazo final de mudanças partidárias para quem vai concorrer a um cargo público no ano que vem.

Uma sinalização importante envolve a manutenção da aliança entre PT e PMDB, que elegeu a dobradinha Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli ao Palácio do Buriti em 2010. Depois de um período de turbulências e rumores de racha entre os dois principais partidos do governo, um almoço na Residência Oficial de Águas Claras na última quarta-feira, com a presença de dirigentes nacionais, serviu para delimitar os rumos de um tratado de paz. Os peemedebistas querem mais interlocução e mais espaço, mas já entenderam que juntas as duas legendas têm muito mais força do que separadas. Os dois grupos deixaram o encontro com o discurso da “reedição da aliança” e de “boa vontade de ambas as partes”.

Da reunião em Águas Claras saiu um aviso claro para os adversários, que reagiram com acordos importantes. O ex-governador Joaquim Roriz (PRTB), que vinha flertando com peemedebistas, definiu também o rumo de seu grupo político. Dispensou o PSD, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, foi vetado pela cúpula do DEM e não se acertou com o PSDB. Buscou abrigo no partido de um antigo aliado, o ex-senador Luiz Estevão que está inelegível. Levou junto a filha caçula, a distrital Liliane Roriz, possível candidata ao Buriti, e já se articula para tentar formar uma coalizão de oposição para tentar desalojar petistas e peemedebistas do poder a partir de 2015.

Correio Braziliense

POR QUE O PMDB PERDEU QUATRO ELEIÇÕES EM GOIÁS

PMDB
De tropeço em tropeço constrói-se uma série de derrotas
Seguidas decisões equivocadas ajudam a explicar a coleção de reveses desde 1998
Fernando Leite/Jornal Opção
Iris Rezende e Maguito Vilela: cada um dos dois líderes maiores do PMDB tem no
currículo duas derrotas para a base liderada pelo tucano Marconi Perillo
Cezar Santos
Está certo que nem sempre pessoas e instituições acertam nas decisões que precisam tomar. A possibilidade de errar aumenta na medida mesmo em que é preciso fazer escolhas em situação de pressão ou quando não se tem um estudo, uma previsão de resultados. Mas o que aconteceu ao PMDB goiano nas últimas quatro eleições para o governo pode ser colocado no rol de abuso do direito de errar.

Em 1998, após quatro vitórias em sequência — 1982, com Iris Rezende; 1986, com Henrique Santillo; 1990, com Iris de novo; e em 1994, com Maguito Vilela —, o PMDB conheceu o gosto amargo da derrota, quando Iris Rezen­de perdeu a eleição para o jovem (35 anos) deputado federal Marco­ni Perillo, do PSDB, partido formado anos antes por peemedebistas descontentes com os rumos da sigla.

O PMDB conheceu o gosto amargo da derrota em 1998 e parece ter gostado. De lá pra cá, em sequência, foram mais três reveses seguidos: 2002, Maguito perde para Marconi; 2006, Maguito perde para Alcides Rodrigues, do PP, da coalisão tucana; e em 2010, Iris volta a perder para Marconi.

É evidente que em tal sequência de derrotas, o PMDB tomou decisões equivocadas, independentemente da força do adversário. Excetuando 2002, quando Marconi levou no primeiro turno, nas outras três derrotas o pleito foi ao segundo turno, ou seja, quase...

A seguir, recordamos os erros mais aparentes, não descartando que outros equívocos podem ter ocorrido. Numa campanha eleitoral — o equivalente “civilizado” mais próximo que se tem de uma guerra —, geralmente é um conjunto de erros, grandes e pequenos, que leva à derrota, que nem sempre é determinada apenas pela superioridade do adversário. 
1998
Foto: Fernando Leite
O PMDB estava em cima da carne seca, como se diz, Maguito Vilela tinha saído do governo com uma das maiores aprovações no Brasil. Era o candidato natural à reeleição. Mas o partido optou por Iris Rezende — e é bom registrar que o próprio Maguito sempre dissera que seu projeto era disputar o Senado —, que vinha de cargos importantes no governo federal e  chegou a 74% da preferência nas intenções de voto.
 
A oposição, aturdida, sem saber o que fazer, sem ao menos conseguir escolher um nome que pudesse disputar a eleição em condições viáveis. O PSDB, por intermédio de Sérgio Motta (a eminência parda do então presidente Fernando Henrique Cardoso), se ofereceu a Iris para indicar o vice ou o candidato ao Senado. Consta que Iris queria o acordo, mas o irmão, Otoniel  Machado, guindado ao posto de negociador político do partido, recusou a oferta, oferecendo em troca uma secretária.
 
Como uma secretaria era muito pouco mesmo para uma oposição combalida, ela se mexeu como pôde. O deputado federal Roberto Balestra, inicialmente o candidato, saiu de campo e entrou Marconi Perillo, no auge de seus 35 anos. Aí a história é por demais conhecida. Depois de uma campanha memorável, em que os marqueteiros e o staff oposicionista desconstruíram os 16 anos do PMDB e, pior, o próprio mito Iris Rezende, a eleição foi para o segundo turno. 
E não deu outra. Vitória de Marconi Perillo, destronando a era PMDB e abrindo um novo ciclo de poder em Goiás, o marconismo. Se o PMDB tivesse aceitado a oferta de Serjão Motta a história teria sido outra.
2002
 
 
O PMDB, louco para voltar ao lugar que sempre fora seu, o Palácio das Esmeraldas, acreditava que Marconi, naturalmente candidato à reeleição, já não seria o fator surpresa, a novidade. Além disso, Iris Rezende na Prefeitura de Goiânia garantia uma poderosa máquina a serviço do partido, . Foi escalado o então senador Maguito Vilela, à frente nas pesquisas, para enfrentar o tucano. O PT, de pouca penetração no interior, mas com relativa presença na Capital, quis compor a coligação, indicando o vice. O PT liderava uma chamada Frente Alternativa, com PSB, PCdoB e PL e poderia agregar força para a coligação peemedebista.
 
Ocorre que peemedebistas se engalfinhavam numa guerra intestina pela vice. Queiram o lugar Frederico Jayme (que tinha se filiado depois de deixar o Tribunal de Contas do Estado-TCE), os deputados Marcelo Melo e Luiz Bittencourt, o ex-senador Mauro Miranda e até um empresário sem nenhuma vida política. Tantos nomes refletiam a divisão do partido em grupos iristas e maguitistas. O partido se desgastou na pré-campanha e o vice acabou sendo o vereador por Goiânia Ruy Rocha, um completo desconhecido dos goianos.
 
O PMDB novamente não aceitou a oferta do PT, que então lançou Marina Sant’anna candidata ao governo numa coligação que juntou PT, PCdoB, PV, PMN, PTdoB, PTN e o PCB. Marina recebeu 385.524 votos (15% do total), enquanto que na capital recebeu 25% dos votos. É inquestionável que Maguito perdeu muitos votos para a coligação do PT. O resultado: vitória de Marconi já primeiro turno com 51,2% dos votos, contra 32,8% do peemedebista.
 
2006
 
 
Era agora, não tinha como o PMDB perder para Alcides Rodrigues (PP), vice de Marconi que assumira o governo para o titular sair candidato ao Senado. Nova­mente Maguito Vilela foi o candidato esco­lhido. Novamente, o drama da vice. O PMDB insistia na chapa pura, o mesmo erro das campanhas anteriores. Não quis a aliança com o PT, que até tinha definido o nome, Rubens Otoni, uma forma de balancear a liderança marconista em Anápolis.
 
Para vice foi a deputado estadual Onaide Santillo, uma vez que a legenda considerou que o maior erro na eleição anterior fora não escolher um vice da cidade, onde Marconi quase “fechou” as urnas. Pouco adiantou, mesmo em Aná­polis, Alcides, com o apoio de Marconi, foi disparadamente o mais votado.
 
Mesmo com todos os problemas, o PMDB liderou as pesquisas até três dias antes da eleição. E ao abrir as urnas, o governador-candidato teve 48,22% dos votos válidos, diante de 41,17% de Maguito. Para o segundo turno, o PMDB sabia que tinha de consertar os muitos erros cometidos na primeira fase da campanha, principalmente no marketing político. Além disso, a campanha estava sem liderança efetiva, e até se cogitou que Iris se afastasse da prefeitura para assumir o comando.
 
O problema maior para o PMDB, no entanto, é que Marconi, eleito senador com uma votação estrondosa (mais de 2 milhões de votos), dedicou-se com toda a energia à campanha de Alcides Rodrigues; eram praticamente dois candidatos ao governo contra um em termos de mobilidade no segundo turno. O resultado não poderia ser diferente: Alcides Rodrigues venceu o segundo turno com 1.508.024 votos (57,14%), contra 1.131.106 votos de Maguito Vilella.
 
Nessa eleição o PT não lançou candidatura própria, optando por apoiar o deputado federal Barbosa Neto (PSB), que foi terceiro colocado. 
 
2010
 
Essa está bem fresca na ria dos goianos. Iris Rezende saiu da Prefeitura de Goiânia, deixando o cargo para o vice Paulo Garcia, para disputar o governo. Com isso, sacramentava a aliança com o PT, feita nas duas eleições para a prefeitura, também ao governo. O erro da chapa pura não seria repetido.
 
Sem nome de maior consistência, o PT só indicou nome para uma das vagas ao Senado, o ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson. A vice foi do peemedebista Marcelo Melo e a outra vaga de Senado do ex-prefeito de Catalão Adib Elias.
 
No jogo das alianças, PMDB e DEM entabularam um acordo. Demóstenes Torres e Ronaldo Caiado conversaram com Iris. Talvez tenha faltado maior empenho do peemedebista para selar esse acordo, que teria sido importantíssimo e talvez mudasse a história da campanha. Demóstenes e Caiado voltam para a base marconista, indicando o vice de Marconi, José Eliton.
 
É bom registar, Demóstenes foi fundamental para o crescimento de Marconi na campanha, principalmente na Grande Goiânia (houve urna que teve 98% dos votos para o democrata). Em certo sentido, Demóstenes “puxou” Marconi.
 
O fato é que PMDB e PT fecharam uma aliança com apenas mais um partido, o PCdoB, enquanto a base governista fez uma coligação com nada menos que 11 legendas: PSDB, PRB, PTB, PSL, PPS, DEM, PRTB, PHS, PMN, PTC e PTdoB. O resultado, no primeiro turno: Marconi, 1.400.227 votos (46,33%); Iris, 1.099.552 (36,38%); no segundo turno: Marconi, 1.551.132 votos (52,99%); Iris, 1.376.188 votos (47,01%). Note-se que o porcentual de Iris do primeiro para o segundo turno cresceu bem mais que o de Marconi, ou seja, se a campanha durasse um pouco mais, o resultado poderia ter sido outro. 
 
E agora? Os erros do PMDB vão prevalecer sobre os acertos? A aliança com o PT vai permanecer? O partido vai conseguir se pacificar internamente, visto que hoje está dividido entre iristas e fribozistas? A coligação liderada pelo partido conseguirá formular uma propostas de governo alternativa ao que Marconi e seus aliados estão oferecendo?
 
Importante lembrar que nas quatro derrotas, o PMDB só teve dois candidatos, Iris e Maguito, cada um com dois reveses. Será que o partido vai insistir em um deles?
 
O PMDB vai conseguir barrar Marconi no rumo de completar 16 anos de poder (ou 20, se considerar os 4 de Alcides Rodrigues, que rompeu com o tucano)?
 
Essas perguntas e muitas outras mais cercam o PMDB. Se o partido conseguir respondê-las adequadamente pode ser que consiga virar esse jogo e não colecione a quinta derrota seguida para Marconi Perillo. 
 
Partido foi importante na redemocratização
 
Recuemos um pouco no tempo, para melhor situar o importante papel do PMDB na política brasileira. Em dezembro de 1979, o governo militar — já enfraquecido pelo clamor da sociedade por democracia — modificou a legislação partidária e eleitoral e restabeleceu o pluripartidarismo. 
 
A Aliança Renovadora Nacional (Arena) transformou-se no Partido Democrata Social (PDS), e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) acrescentou a palavra partido à sigla, tornando-se o PMDB. Outras siglas foram criadas, como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT), de esquerda; o Partido Popular (PP) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de centro-direita. Mas nem todos puderam ver a luz da legalidade: o Partido Comunista do Brasil (PCdoB)e outros continuaram proibidos.
 
Com o agravamento da crise econômica, inflação e recessão, os partidos de oposição ao regime cresceram. Da mesma forma fortaleceram-se os sindicatos e as entidades de classe. Nesse cenário aconteceram as primeiras eleições diretas para os governos estaduais. As eleições gerais de 1982, para governador, prefeito, senador (um por Estado), deputados federais e estaduais e vereador, foram realizadas em 15 de novembro.
 
O resultado foi favorável à oposição, na soma dos partidos contrários ao regime. O PDS, que apoiava o regime militar, venceu em 12 Estados, a maioria no Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Ma­ranhão, Mato Grosso, Paraíba, Per­nam­buco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.
 
O PMDB, principal partido de oposição ao regime, venceu em dez estados, incluindo os de maior importância e população, como São Paulo e Minas Gerais, além de Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Paraná. O PDT, de oposição, levou a melhor no Estado do Rio de Janeiro.
 
Para senador, o governista PDS ganhou nos Estados em que venceu para governador, e elegeu os três senadores representantes do novo Estado de Rondônia, totalizando 15 representantes. O PMDB elegeu seus representantes nos dez Estados em que venceu para governador. O PDT fez seu único senador no Rio de Janeiro.
 
Para deputado federal, o PDS elegeu 235 representantes, constituindo a maior bancada da Câmara Federal. O PMDB elegeu 200 federais, fazendo a segunda maior bancada. O PDT elegeu 23 deputados, a maioria no Rio de Janeiro. O PTB fez 13 deputados e o  PT, 8.
 
O governista PDS ficou com a maior bancada da Câmara, mas não tinha a maioria, pois contava com 49% das vagas, o que impediu o partido de alcançar a maioria. Os demais partidos juntos, formando o bloco oposicionista, conquistaram os 51% restantes das vagas, ou seja, a maioria absoluta da Câmara Federal.
 
Os analistas interpretaram que em termos gerais, mesmo com o PDS tendo ganho na maioria dos Estados, e tivesse feito a maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado, o partido foi o maior derrotado nas eleições, pois perdeu os governos dos Estados mais importantes da Federação. Além disso, sua bancada na Câmara Federal, embora fosse a maior, não era a maioria absoluta.
 
A vitória absoluta foi da oposição (PMDB, PDT, PT e PTB), que venceram nos principais Estados, e conseguiram a maioria absoluta na Câmara Federal, embora fosse minoria no Senado.
 
Feito este breve histórico (com a ajuda dos arquivos virtuais), voltemos ao Estado de Goiás. Em 1982, a população goiana elegeu governador o peemedebista Iris Rezende Machado. Foi justamente Iris, que tivera o mandato cassado pelo regime militar em 1969, o escolhido pelos goianos para liderar a nova fase política e administrativa de Goiás. Foi o voto do protesto contra o regime autoritário e de esperança por dias melhores. Iris, que começou a fazer política ainda como estudante, tendo sido vereador e prefeito de Goiânia e deputado estadual.
 
Iris ganhou a eleição contra o candidato do regime militar, Otávio Lage, do PDS. Era a primeira eleição direta para o governo em duas décadas de mandatos escolhidos pelo regime Militar. Otávio Lage era o candidato da situação, com apoio do então governador Ary Valadão, também do PDS. O PMDB venceria as outras três eleições seguidas. Até 1998, quando... 
 
 

sábado, 28 de setembro de 2013

Operação Miquéias Iscas de político



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Fonte: Revista VEJA - edição Nº 2341 - 28/09/2013

DEPUTADO BENEDITO DOMINGOS DO PP VAI AO TRIBUNAL NO DIA 8

Caixa de Pandora

Benedito vai ao Tribunal no dia 8

A definição do futuro político do deputado distrital Benedito Domingos (PP) já tem data para ocorrer. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) marcou, para o dia 8 de outubro, o julgamento, por parte do Conselho Especial, de ação penal que tramita contra o parlamentar. Caso seja condenado à pena pedida pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) — quando do oferecimento da denúncia, no final de maio deste ano —, ele pode pegar de 40 a 90 anos de prisão, em regime fechado, perder o mandato e ficar inelegível pelo período que durar a condenação e mais oito anos — conforme determina a Lei da Ficha Limpa. A análise chega à instância final na Justiça do DF mais de dois anos depois do início de sua tramitação. ...

O caso em questão se refere a 2008. O MPDFT acusa o distrital de ter facilitado a contratação de empresas de seus familiares, por administrações regionais, para fazer a ornamentação natalina daquele ano. De acordo com a denúncia, Benedito Domingos teria usado sua influência política, como deputado, administrador regional de Taguatinga e presidente do PP, para conseguir que fossem contratadas as empresas LSS e S4 Produções, pertencentes a um de seus filhos e a um neto, para o fornecimento de enfeites natalinos para várias cidades do DF.

Depoimentos de administradores regionais que não aceitaram favorecer as empresas da família de Domingos reforçam a tese da prática de crimes. A Procuradora-Geral do DF, Eunice Carvalhido, pediu a condenação do deputado em 24 delitos de dispensa ilegal de licitação, corrupção passiva e formação de quadrilha. “O acusado representa parcela significativa da população do Distrito Federal e valeu-se dessa representantividade e do mandato que lhe foi conferido para a prática dos atos ilícitos versados nos autos, razão pela qual a censurabilidade de sua conduta é substancialmente mais gravosa”, diz trecho da denúncia, assinada pela procuradora e pelos promotores Antonio Suxberger e Renato Bianchini.

No documento encaminhado ao TJDFT no fim de maio, o MPDFT defende a necessidade da soma da pena de cada um dos supostos atos criminosos imputados ao parlamentar. Se o pedido for aceito, Benedito terá de arcar com a responsabilidade por todos os contratos firmados entre as administrações regionais e as empresas dos familiares do distrital. Também foi pedido o ressarcimento dos valores pagos pelos contratos. Cabe agora ao Conselho Especial posicionar-se sobre o assunto, acompanhando ou não o voto do relator, que é o desembargador Humberto Adjuto Ulhôa. O revisor é o desembargador Jair Soares. A data da sessão de julgamento foi confirmada na última quarta-feira e publicada no Diário da Justiça Eletrônico.

Até agora, durante toda a tramitação do processo, o distrital e sua defesa têm garantido que ele não teve interferência nos contratos assinados entre as administrações e as empresas pertencentes a seus familiares. Outra sustentação repetida foi a de que os serviços prestados foram profissionais e eficientes. Além do caso que vai a julgamento, Benedito Domingos tem outros quatro processos tramitando na Justiça, isso sem contar uma representação parada na Câmara Legislativa do DF (CLDF) que pede sua cassação por quebra de decoro.

Por Almiro Marcos
Fonte: Correio Braziliense -

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Vapt Vupt ganha conveniência da Caixa


O Vapt Vupt, Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão, de Águas Lindas de Goiás, instalado nas dependências do Shopping Águas Lindas, criado pelo governo de Goiás, com apoio da prefeitura local, com o objetivo de ampliar o acesso do cidadão às informações e aos serviços públicos, recebeu mais um reforço na manhã desta sexta-feira (27): a abertura de um Posto de Serviço Credenciado da Caixa Econômica Federal.
Funcionários do órgão público participaram da rápida solenidade do local. Segundo informou o funcionário da Caixa, Rodrigo Conte, o posto irá proceder com os mesmos serviços oferecidos pela Agência da CEF como: abertura de contas, crédito consignado, empréstimo, recebimento de boletos, entre outros. Os responsáveis pelo posto afirmam que o usuário terá um serviço que visa proporcionar um atendimento diferenciado, rápido e eficaz, com qualidade, eficiência e produtividade.
Esse Programa do Governo Estadual oferece serviços resultantes da participação de diversos órgãos, oriundos das esferas: federal, estadual e municipal e de empresas privadas prestadoras de serviços de interesse público que, em regime de condomínio, atuam de forma descentralizada, utilizando recursos técnicos altamente desenvolvidos, com ênfase para a informatização.
Para tal desempenho, o servidor público e privado, que é o responsável pela excelência no atendimento ao cidadão, é preparado, passando por processos de treinamento direcionado aos objetivos do Vapt Vupt.
Essa qualificação proporciona, dentre outros benefícios, a mudança da mentalidade do servidor público e aprimoramento do servidor da iniciativa privada. Hoje em dia o Vapt Vupt tornou-se o referencial que muitos Estados buscam, devido aos parâmetros de excelência alcançados pelo Programa.
Da Assessoria de Imprensa da Prefeitura
Fotos: ASCOM

TODOS QUEREM O BURITI


DF: OITO CANDIDATOS SE LANÇAM NA DISPUTA AO PALÁCIO DO BURITI
MUITO PULVERIZADO, CENÁRIO POLÍTICO DO DF TEM NOVATOS E EXPERIENTES

Postado por Moisés Tavares
com informações do diário do ´poder


A um ano das eleições que vão decidir o futuro governador do Distrito Federal, candidatos começam a se lançar pulverizando o cenário político da capital. Até o momento, pelo menos oito já anunciaram o desejo em assumir a liderança do Palácio do Buriti. Aquele que conseguir a cadeira mais importante do Planalto, assumirá também um orçamento de R$ 25 bilhões.
Roriz nega ser ficha suja e quer governo
Roriz nega ser ficha suja e quer governo
A corrida ao Buriti se mostra acirrada. Parlamentares experientes disputam com novatos no rumo ao governo. Até 2014, quando os grupos farão coligações, o cenário seguirá pulverizado. Mais antigo entre os interessados, o ex-governador Joaquim Roriz anunciou ontem a filiação ao PRTB, do ex-senador cassado Luís Estevão. Ele levará a filha Liliane, que afirma querer a releição de distrital.
Fraga se diz forte candidato
Fraga se diz forte candidato
Em oposição ao governo petista, Roriz poderá contar com o também candidato ao governo, o presidente do DEM no Distrito Federal, Alberto Fraga (DEM). Fraga é forte apoiador de Roriz, acredita na força do ex-governador na corrida ao Buriti. Mas pode deixar o DEM na segunda-feira (30). “Vou me reunir com a Executiva Nacional do partido antes de qualquer decisão”, contou.
Fraga não gostou da recusa do partido na aceitação do governador Joaquim Roriz. Ele alega que faltou uma visão sobre o cenário político de Brasília, já que Roriz, mesmo impossibilitado de concorrer nas últimas eleições, conquistou 35% dos votos. Se resolver sair do partido, seguirá para o PSDB, do presidenciável, o senador Aécio Neves.
Luiz Pitiman 02
Pitiman também quer o Buriti
No PSDB, Fraga vai se esbarrar com outro interessado em se torar governador. Luís Pitiman, que deixou o PMDB – do vice-governador Tadeu Filippelli – para fazer oposição ao governo, já faz planos de melhorar a saúde, educação e transporte. Crítico do governo petista, Pitiman abandonou a Secretaria de Obras pouco tempo depois que assumiu por discordar com o modelo adotado.
Marcos Oliveira_Agencia Senado
Rodrigo Rollemberg também confirma candidatura
Na relutância com o governo de Agnelo Queiroz, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) já usa a tribuna do Senado para cobrar auditorias no sistema de transporte público do Distrito Federal. Ele não esconde que quer se eleger governador em 2014. Se confirmar candidatura, enfrentará Toninho do PSol, que, assim como em 2010, voltará às campanhas eleitorais disposto a ter o Buriti.
A liderança feminina também terá representação. Eliana Pedrosa confirmou, na terça-feira (24) desta semana, a candidatura ao Buriti. Disputará também com o ex-governador José Roberto Arruda, que apesar de ter deixado o governo em crise em 2009, é considerado um forte candidato. Esta semana, Arruda ganhou aval dos distritais, que aprovaram a prestação de contas dele de 2008, ano anterior a crise instaurada pelo esquema de corrupção revelado pela Caixa De Pandora.
Agnelo disputa reeleição
Agnelo disputa reeleição
Fonte :Diário do poder
Diante de tantos interessados, o governador Agnelo Queiroz terá que trabalhar duro para conquistar de novo a confiança dos eleitores, que seguem descrentes com as promessas descumpridas no governo. As melhorias em saúde, educação e transporte, de tão discretas, pouco foram notadas pela população que continua sofrendo com a precariedade do sistema.


Eleições 2014 A hora do leilão

Eleições 2014

A hora do leilão


Passe valorizado. Romário e Eduardo Campos sorriem após a refiliação do deputado carioca ao PSB
A oito dias do prazo limite para a troca de partido, é intenso o leilão para a filiação de políticos que pretendem disputar as eleições do ano que vem. Em resumo: todo mundo está conversando com todo mundo. As ofertas vão de comando de diretórios regionais à garantia de vaga para a disputa eleitoral do ano que vem. Desfiliado do PSB desde fevereiro, e depois de conversar com dirigentes de PR, PROS e outras legendas, o deputado federal Romário (RJ) anunciou sua volta ao PSB, assumiu o comando provisório do diretório do Rio de Janeiro e recebeu a garantia de que será o candidato à prefeitura da capital fluminense em 2016.

A disputa também é intensa pelo passe da presidente do PT do Ceará, a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins, e ilustra a guerra travada nos bastidores entre petistas e o presidenciável do PSB, Eduardo Campos. Depois de conversar ontem com integrantes do PSB do Ceará, enviados por Campos, Luizianne tem encontro marcado com o presidente do PT, Rui Falcão, na segunda-feira, em São Paulo. Na capital paulista, ela também conversará com o deputado federal Márcio França (PSB-SP), um dos aliados mais próximos do presidente do PSB. ...

A direção nacional do PSB chegou a anunciar o ato de refiliação de Romário para a tarde de ontem, mas, na sequência, cancelou o evento. O motivo foi que Romário estava conversando, naquele momento, com o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). Na disputa, Eduardo Campos levou a melhor, e a refiliação foi feita logo em seguida.

-Eu e Romário conversamos pela manhã. Ele me pediu um tempo para ter a educação, o zelo de falar com outros partidos que o convidaram para que não tomassem conhecimento pela imprensa — afirmou Campos.

ENTREGA DE CARGOS N0 RIO

Romário anunciou que seu primeiro ato, no comando provisório do PSB do Rio, será entregar os cargos do partido no governo Sérgio Cabral (PMDB). O prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, ex-presidente do diretório estadual, resistia em romper com Cabral.

Questionado se o ex-jogador Edmundo vai ingressar no PSB, Romário disse que seria "um reforço" e que as portas estão abertas. Ao ouvir isso, o presidente nacional do PSB brincou:
— Vamos montar um time?

Romário assume o diretório do PSB no Rio depois do afastamento, pela Executiva Nacional, de Alexandre Cardoso, que é contra a pré-candida-tura à Presidência da República de Eduardo Campos. Romário havia deixado o PSB por causa de desentendimentos com Cardoso, mas também reclamava de não ser recebido por Campos.

Ironicamente, na mesma semana em que negociou seu passe com diversos partidos e acabou voltando ao PSB, Romário tomou-se réu de uma ação penal do Supremo Tribunal Federal por crime contra a ordem tributária. Na terça-feira, chegou ao tribunal o processo no qual o deputado já havia sido condenado na primeira instância, em 2008, e na segunda instância, em 2009. O crime teria ocorrido em 1996 e 1997, no tempo em que jogou no Flamengo e era garoto-propaganda da Brahma. Segundo a Justiça, o artilheiro teria sonegado ao Fisco mais de R$ 1 milhão pelos rendimentos obtidos das duas fontes.

O advogado do deputado, Luiz Sérgio de Vasconcelos Junior, minimiza a chegada do processo ao STF e diz que aguarda a extinção da ação. Segundo ele, Romário já pagou o valor devido e não haveria razão para uma condenação.

— A própria jurisprudência do STF e do STJ

autoriza a extinção com o pagamento e ressarcimento ao Erário. Se ele ressarciu, há extinção da punibilidade a qualquer tempo. O débito foi parcelado e o pagamento, concluído em 2009. Por que ele seria condenado, se pagou? Ele está aguardando essa questão burocrática há quatro anos. Esperamos resolver na próxima semana para que isso não represente nenhum óbice à candidatura dele —- disse o advogado.

Com a saída do governador Cid Gomes (CE) do partido, os socialistas estão oferecendo a Luizianne o comando do PSB no estado, além da vaga na disputa para o governo. A presidente  Dilma Rousseff já teria oferecido, de acordo com pessoas próximas à ex-prefeita, assento nos conselhos administrativos da Petrobras e do BNDES, além de um cargo na Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República.

— Ela vai para o PSB se juntar ao (Jorge) Bornhausen, ao (Ronaldo) Caiado? Imagina uma foto dela na reunião da Executiva Nacional do PSB ao lado do Bornhausen? — disse um petista da cúpula nacional petista, em referência a apoios e novos filiados do PSB.

No Congresso, também é intenso o vaivém. Há parlamentares do baixo clero que já passaam por quatro partidos e ainda preparam as malas rumo às novas legendas recém-criadas em busca de espaço privilegiado nos estados. Dos 55 parlamentares que estão negociando a troca de partido, apenas 17 deles (32%) mantiveram-se fiéis a suas legendas até agora.

Entre os que já trocaram de legenda, 0 campeão é o suplente de deputado João Caldas (AL). Atualmente, ele está no PEN, mas já foi de PMDB, PMN, PL, PST, PTB, PL novamente e PEN. Ele foi um dos que trabalharam intensamente para a criação do Solidariedade, e transitou feliz na quarta-feira ao lado de Paulinho da Força. Seu atual partido, o PEN, tão rápido qpanto subiu, cai. Criado em junho do ano passado com três deputados, vai ficar apenas com um representante, a deputada Nilmar Ruiz (TO), que é suplente.

MUDANÇAS ATINGEM VELHOS MILITANTES

O fluminense Dr. Paulo Cesar já mudou quatro vezes de legenda: começou a vida no PSDB, migrou para o PTB, e elegeu-se deputado federal em 2010 pelo PR. Em 2011, resolveu apostar no re-cém-criado PSD, Agora, mudou de ideia e já volta ao PR a tempo de apoiar o ex-governador Anthony Garotinho nas eleições do próximo ano.

— Sou governo, e o partido se mantém na posição de independência. O PSD tinha uma perspectiva boa, fiquei satisfeito, nasceu grande, mas após dois anos vem me incomodando a posição de independência. Eu sou Dilma — justificou.

Antíteses perfeitas de Caldas e Paulo César, Domingos Dutra (PT), Augusto Carvalho (PPS) e Benjamim Maranhão (PMDB) estão em suas legendas desde a década de 1980. No entanto, a falta de espaço ou divergências regionais também devem levá-los ao pecado pré-eleitoral.

Por Fernanda Krakovics, Paulo Celso Pereira, Isabel Braga e Chico de Góis
Fonte: O Globo -