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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Análise A polarização da política goiana e a falta de novas propostas e práticas políticas

Postado por Moisés Tavares

Marcello Dantas
A polarização entre o governador Marconi Perillo (PSDB) e ex-governador Iris Rezende (PMDB) mostrada no último final de semana em pesquisa de intenções de votos parece ter deixado uma posição diversa à insatisfação que se viu durante a onda de protestos de junho. As manifestações, ao que se vê agora, não influenciaram para que ocorressem mudanças no cenário político de Goiás.
Os que se apresentaram ou são tratados como novos pré-candidatos ao governo estadual não trouxeram o novo. Ao contrário do que o então deputado federal Marconi Perillo fez ao se apresentar como nome para a disputa eleitoral de 1998. Na época, o nome de maior expressão era o governador da época, Maguito Vilela (PMDB), que foi forçado por Iris Rezende a se lançar candidato ao Senado, com Iris se lançando governadoriável.

Propostas como o Renda Cidadã (antes, existia o programa Cesta Básica, que fez carroceiros no interior em Goiás a levarem cestas para a casa dos beneficiários porque não conseguiam carregá-las nas costas) e o Bolsa Universitária (com o objetivo de incentivar a entrada de jovens nas universidades) foram apresentadas em comícios e geraram impacto não só no eleitor, mas também na oposição. Sem contar com o Cheque Moradia.
Além dos projetos inovadores, o próprio porte físico do tucano era jovial, o que ajudava a reforçar a política do chamado “tempo novo”. Outra proposta foi a de acabar com a chamada “panelinha”, pois só familiares e alguns poucos aliados eram candidatos, sem cumprir cargos integralmente, em um Estado governado por 16 anos pelo PMDB.
E a vontade daquele que sonhava em 1989, na Praça Cívica, ser um dia governador do Estado – e era apenas um assessor pessoal de Henrique Santillo – se tornou realidade. Marconi conseguiu articular nos municípios goianos de forma eficiente e marcante, como o personagem Nerson da Capitinga. Pois bem, o tempo passou, o tucano se reelegeu, envelheceu, foi ao Senado, se estabeleceu no Estado e cumpre seu terceiro mandato. E quem vive de passado é museu.
Os movimentos sociais foram às ruas em 2013 reclamar do grupo político dominante não só em Goiás, mas também no Brasil, como José Sarney, Renan Calheiros e o próprio Marconi Perillo. O que as pessoas pediram não foi apenas um nome novo, mas, talvez, as reivindicações fossem para que novas práticas políticas fossem executadas. A efervescência caminhou, e o que se vê é que pouco mudou.
Contudo, a segunda rodada de pesquisas feita pelo instituo Serpes e o jornal “O Popular” apresenta o atual governador e Iris Rezende na ponta das intenções de voto. No estudo estimulado (quando nomes são apresentados) eles apareceram em primeiro e segundo respectivamente, mesmo que nenhum dos dois caciques tenha se posicionado oficialmente como pré-candidatos ao pleito.
Na pesquisa de 2013 ainda são listados o empresário e ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PSB), que aparece em terceiro, seguido pelo ex-companheiro da chamada terceira via, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM). Antônio Gomide (PT), prefeito de Anápolis, e o empresário José Batista Júnior, o Júnior Friboi (PMDB), seguem o ranking. Ao que parece, o pior cenário pode ter acontecido para Friboi.
Ele, que deixou o PSB e se filiou ao PMDB no dia 15 de maio de 2013, com evento marcado para as 15h, fez mais barulho que qualquer outra coisa. Aliás, levou para o partido o cantor sertanejo José Rico. Filiação esta que se deu após intensas reclamações de partidários sobre o que ele havia levado de fato para a legenda.
E isso volta a trazer a lembrança do momento político e 1998, quando Marconi Perillo foi eleito governador de Goiás com 35 anos de idade, se tornando o mais jovem governador do Brasil. Nessas eleições, as pesquisas indicavam um grande favoritismo do ex-governador e então senador Iris Rezende, ex-colega de legenda de Perillo e a principal liderança política do Estado à época.
Nomes novos, como o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), Henrique Tibúrcio, e o reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, trazem uma esperança, pois se filiaram pela primeira vez a um partido político, ao PSDB e ao PT, respectivamente.
O que se conclui é que, até o momento, faltando menos de um ano para as eleições, algumas autoridades estão em pré-campanha nas ruas. Mas o que o eleitor não pode esquecer é que até outubro de 2014, muita água ainda vai passar pelos rios, lagos e córregos goianos. Inclusive, com manifestações, que serão mais intensificadas com a realização da Copa Mundo no Brasil, que vai chamar a atenção da imprensa internacional.
FONTE:JORNAL OPÇÃO

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