Unidade funcionava em situação irregular e cobrava altos valores como mensalidade
A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) desarticulou na manhã da última segunda-feira, 16, uma clínica de reabilitação clandestina na cidade de Aparecida de Goiânia. A ação foi desencadeada após denúncias anônimas recebidas pela corporação de que a unidade manteria pacientes eram submetidos a tortura e maus tratos. De acordo com as apurações preliminares, dentre os castigos, estava a utilização de uma piscina repleta de lodo.
Durante a operação, os agentes encontraram um dos internos da referida clínica dentro da piscina, ao questioná-lo sobre a motivação de estar ali, o homem com idade entre 19 e 20 anos afirmou aos policiais que estaria de castigo.
"Ele tinha cerca de 19, 20 anos. Estava na piscina e estava totalmente queimado do sol, porque tinha a pele muito clara e estava na piscina desde a manhã, de castigo" pontuou o delegado Antônio André Santos Júnior, responsável pelas investigações.
A ação que contou com apoio da Vigilância Sanitária, Assistência Social, Meio Ambiente e Conselho Tutelar, constatou que além das situações de tortura a que eram submetidos, os pacientes viviam em situação considerada desumana e degradante, chegando a fazer as necessidades fisiológicas dentro de um balde. A água consumida no local, era retirada de um córrego próximo, a alimentação também era escassa.
“Nos medicam e colocam dentro da piscina, para ficar limpando a piscina. Quando o remédio fazia efeito, colocavam a gente no sol. Levavam no quartinho de cima, ali era pau, taca" relatou um dos internos
O dono da clínica não foi encontrado no local durante a operação impedindo a prisão em flagrante, ele poderá responder pelos crimes de tortura, cárcere privado e maus-tratos. Os pacientes foram encaminhados para os responsáveis legais.
Divulgação PCGO
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