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terça-feira, 10 de outubro de 2023

Bené, o ganso órfão do Parque da Cidade, é acolhido no Zoo de Brasília

 

Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília





O ganso órfão estava em situação de vulnerabilidade. Agora, aos cuidados de veterinários, pode até arrumar companhias em seu novo lar

O ganso Bené, conhecido mascote de frequentadores do Parque da Cidade, está de casa nova. Ele foi transferido para o Zoológico de Brasília na manhã desta segunda-feira (9/11) e, agora, será incentivado a conviver com animais da mesma espécie.

Bené foi abandonado junto ao pai, Deryque, em março deste ano no Parque da Cidade. Na época, o antigo dono não estava em condição de mantê-los após vender a fazenda onde viviam e decidiu deixá-los no lago do tradicional parque de Brasília. Mas a dupla, acostumada a conviver com seres humanos, não se permitiram fazer amizade com outros animais. Para piorar a situação, o pai, Deryque, sumiu misteriosamente há quase um mês.

Todi Moreno, administrador do Parque da Cidade, explicou como estava a atual situação de Bené, o órfão. “Além de estar bastante deprimido com a perda do pai, Bené ficava muito exposto aqui. Não frequentava o lago e preferia ficar passeando pela pista de bicicleta. O risco de ser atacado por um cão ou atropelado era grande”, disse. Segundo ele, com a ajuda de médicos veterinários, a decisão consensual foi de que o ganso estará mais seguro no Zoo, podendo até formar uma nova família.


Haverá uma estratégia para que Bené se adapte da melhor forma possível em seu novo ambiente de convivência. “Começaremos com duas fêmeas, para que não haja briga por dominância. Vamos colocá-lo em um ambiente restrito e fazer a aproximação com outros gansos, aos poucos”, relatou a diretora de Aves do Zoológico de Brasília, Ana Cristina de Castro. O comportamento humanizado de Bené fazia com que ele ficasse mais vulnerável. “A gente percebe que o animal busca seres humanos para receber afeto e comida”, complementou Ana.

O órfão ficará em observação durante um tempo, até que ele possa se relacionar com animais da mesma espécie. A ideia é que ele desestresse após a mudança de local. “O animal também vai passar por testes para verificarmos se está saudável”, observou Ana Cristina. Mas, para os curiosos, a diretora garantiu que o animal já pode receber visitas.

Após criar uma inusitada relação de amizade com o ganso, o vigilante Leonardo Rodrigues, 36, se diz especialmente feliz após saber que o amigo estaria em um novo lar mais seguro, mas garante que a falta de convívio com o animal, o deixará com saudade. “Eu dava banho nele com o garrafão de água, fazia carinho… É um animal muito lindo”, contou Leonardo. “Mas, apesar da tristeza, eu também estou aliviado de saber que agora ele estará preservado” acrescentou.

Conheça o Bené!

Para quem quiser visitá-lo, o Zoológico de Brasília fica aberto de terça a domingo e nos feriados, das 8h30 às 17h. O ingresso custa R$ 10 (inteira) e pode ser pago em dinheiro ou no cartão de débito. Pagam meia-entrada (R$ 5) crianças de 6 a 12 anos, pessoas acima de 60, estudantes, beneficiários de programas sociais do governo e professores. Pessoas com deficiência e seu acompanhante (quando necessário), além de crianças de até 5 anos, não pagam. A entrada deve ser comprada até as 16h.

Relembre o caso do desaparecimento de Deryque

Certo dia, Cristina Marinho, dona de uma lanchonete no Parque da Cidade, teve uma infeliz surpresa ao chegar para trabalhar: a dupla de gansos que via todos os dias estava incompleta. Deryque, que é pai de Bené, não apareceu. O caso aconteceu num domingo.

“Cheguei no domingo para trabalhar e só o Bené estava aqui, como de costume, esperando o café da manhã”, conta. “Procuramos o Deryque por toda parte, eu e os seguranças do parque. Até que percebemos o pior: ele havia sido levado durante a madrugada. Isso já faz três semanas. E, desde então, o Bené está muito depressivo. O bichinho só anda de cabeça baixa e se aproxima de todos em busca de carinho.”

Parque da Cidade

Em março deste ano, um frequentador do parque deixou os gansos na lanchonete de Cristina. Desde então, ela se acostumou a encontrar os animais diariamente e já os conhecia bem. “Desde que chegaram aqui, os dois sempre andaram juntos. Eles nunca se misturaram com os outros animais que moram perto do lago”, comenta a comerciante. “O antigo dono deles vinha visitá-los de vez em quando, e foi assim que descobrimos que Bené é filho de Deryque”.

Antes eram considerados ariscos, porém conviver com os funcionários do Parque da Cidade deixou os animais mais dóceis. Até cafunés começaram a ser aceitos pela família ganso. Os dois começaram a entrar na lanchonete de Cristina e aguardavam ansiosamente o milho e a água fresca servida pela comerciante, hábitos mantidos por Bené até hoje.

A tristeza de Bené sensibilizou a equipe do Parque da Cidade, que vem se mobilizando para encontrar Deryque. “Ele (Bené) não desce mais para o lago, fica só na área dos pedalinhos, como se estivesse à espera do familiar”, observa o administrador do espaço, Todi Moreno. “Gostaríamos de pedir a devolução do pai do Bené. Se alguém tiver alguma informação sobre o caso, pedimos que procure a administração do parque para podermos investigar”.

Você pode ajudar a descobrir o paradeiro do pai do Bené? Ligue para a administração do Parque da Cidade – telefone (61) 3224-1015.

(Com informação da Agência Brasília)

https://www.metropoles.com/

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