PCDF realiza buscas na operação TRAP - (crédito: PCDF/Divulgação)
Polícia Civil do Distrito Federal desarticula organização criminosa que extorquia mulheres entre 18 e 30 anos pelo Instagram
A ação de uma organização criminosa especializada na extorsão de mulheres entre 18 e 30 anos acaba de ser desmascarada pela Polícia Civil do Distrito Federal, por meio de uma investigação conduzida pela 26ª DP (Samambaia). Os criminosos fingiam ser donos de uma agência de modelos, pediam vídeos íntimos das mulheres e depois achacavam as vítimas. Na manhã desta quinta-feira (14/3), a PCDF realizou buscas em Ceilândia e no Gama, como parte da Operação TRAP, além de cumprir sete mandados de prisão pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Samambaia. As investigações sobre a quadrilha começaram há dois anos.
Segundo a Polícia Civil, os alvos dos criminosos eram mulheres com participação ativa nas redes sociais. Ao localizar um alvo, um dos integrantes da organização entrava em contato, pelo Instagram. Dizia ser dono de uma agência de modelos e que estava interessado no perfil da vítima. Normalmente, as abordagens eram realizadas com um perfil falso de uma mulher vítima anteriormente da quadrilha.
O grupo conquistava a confiança das mulheres estabelecendo diálogos, mandando cópias dos documentos das vítimas anteriores, além de fotos e vídeos com conteúdos íntimos. Com fasas promessas de altos cachês e uma suposta carreira de modelo, até prints (capturas de tela) falsos eram enviados às vítimas com contas de bancárias de milhões de reais.
O perfil falso, então, informava que um cliente estaria interessado em fazer uma chamada de vídeo de conteúdo pornográfico com a vítima e, após gravar essas imagens, o cliente falso informava que não pagaria, alegando que não tinha sido realizado todos os seus desejos. Outro perfil falso, na mesma rede social, começava a extorquir as vítimas ameaçando divulgar os vídeos íntimos.
Quando as vítimas entravam em contato com a suposta agência de modelos, o perfil falso informava que ela havia sido assaltada e os vídeos e fotos de suas clientes, roubados. Nesse sentido, o perfil falso orientava às vítimas a pagarem a quantia da extorsão para contas laranjas da organização criminosa.
Quadrilha nacional
Foram identificadas vítimas em Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Além dos sete mandados de prisão no DF, também foram realizadas buscas em São Paulo e em São José do Rio Preto, além de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.
A Polícia divulgou imagens com capturas de telas da abordagem da organização criminosa às vítimas. Veja abaixo:
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