CAMPANHA DE UTILIDADE PÚBLICA--INFRAESTRUTURA

CAMPANHA DE UTILIDADE PÚBLICA--INFRAESTRUTURA
CAMPANHA DE UTILIDADE PÚBLICA--INFRAESTRUTURA

sexta-feira, 22 de março de 2024

Jota Quest celebra carreira com público goiano no Goiânia Arena

 

Unidos: banda mineira comemora 25 anos na estrada e se mantém relevante - Foto: Divulgação

Na contramão da maioria das bandas de rock, grupo continua fazendo sucesso. Vocalista afirma que seguem inspirados


Banda inclinada ao pop, Jota Quest repassa neste sábado, 23, hits da carreira no Goiânia Arena, onde estaciona com a turnê “Jota 25 Arenas”. Já se passou um quarto de século desde que os mineiros despontaram no cenário brasileiro com o disco “J.Quest”. Havia nele uma sonoridade funkeada. Tocava-se um groove esperto no baixo. Escutava-se uns acordes à moda James Brown na guitarra. E, claro, as letras comunicavam alto astral.

Jota Quest apareceu no cenário brasileiro três anos após “Sla Radical Dance Disco Club”, com o nome anglófono Jay Quest, mas não demorou tanto assim para chegar ao batismo definitivo. Em 1998, com dois bons álbuns na bagagem, o grupo já tinha sido abrasileirado. Acumulou elogios dos críticos e do público pelo originalíssimo coquetel musical que misturava uma dose de acid rock, mais uma pitada de funk e um pouco de soul.


Banda gravou DVD no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Foto: Divulgação


Tim Maia se apaixonou por isso. O síndico ficou tão empolgado que, certa vez, sem compreender a pronúncia em língua inglesa do antigo nome, sugeriu que era preciso “dar uma abrasileirada” no batismo. “É ‘J. Quest’? Ah, Jota Quest é bem melhor do que J. Quest”, respondeu o chefão do soul brasileiro. De quebra, Tim ainda autorizou que Rogério Flausino e companhia gravassem a canção “Dance Enquanto é Tempo”, lançada pelo tijucano no álbum lançado em 1976 - depois de enlouquecer na seita religiosa Cultura Racional.

Como se sabe, aos 55 anos, Tim se foi. Não está mais entre nós desde 1998. Mas o Jota Quest, brasileiríssimo, continua aqui. Transcorreram-se 25 anos da formação, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ninguém põe em cheque o casamento artístico entre Rogério Flausino (vocal), Marco Túlio (guitarra), PJ (baixo), Márcio Buzelin (teclado) e Paulinho Fonseca (bateria). Eles se mantêm fiéis à essência musical, num caso raro de seguir com a mesma formação.

Rogério Flausino, vocalista, diz que quer celebrar a vida. “Tantas coisas aconteceram nessa nossa longa jornada, e a gente continua por aqui. Então, há muito o que comemorar. Esse nosso reencontro com a galera, depois da pandemia, está sendo transformador. É hora mesmo de a gente extravasar geral os sentimentos, matar as saudades, agradecer as conquistas, e retomar o olhar para o futuro com as baterias recarregadas”, afirma.

Juntos, ele e os amigos são fortes. Fonograficamente relevantes. No Spotify, principal plataforma para consumo de música, a banda soma mais de 2,5 milhões de ouvintes mensais, o que a coloca à frente de medalhões do BRock, caso de Barão Vermelho (1,9 mi) e Ira! (1,4 mi). Ao ouvir “De Volta do Novo”, disco lançado pela banda mineira no ano passado, passa a ser fácil entender por que Jota Quest ainda ocupa lugar cativo entre os fãs.

Ali, há o amor como remédio contra as dores do mundo. Nas nove faixas, a banda demonstra coesão: melodias bem executadas na guitarra, grooves dançantes no baixo, teclado situado no espaço entre as notas das seis cordas elétricas e o balanço grave das quatro cordas grossas. Herbert Vianna, herói dos Paralamas, participa da música “Fique Bem”, que exibe solo simples porém amarrado: Marco Túlio e Herbet são bons músicos.

Vocação pop

Já Nando Reis, compositor profícuo e dono de notável vocação para o pop, marca presença com uma canção inédita, “Só o Amor Liberta”. “Por isso eu vim aqui te pedir para repensar / Você aí e eu aqui é um desperdício é crueldade”, vocaliza Rogério Flausino, cuja banda gravara Nando há 20 anos. Contudo, o ápice do disco “De Volta do Novo - Volume 1” é “O Último Beijo”, cujo início cria atmosfera bonita por causa dos acordes menores tocados por Márcio Buzelin no piano. Posteriormente, num violão, Marco acompanha a voz de Flausino.

Pode-se dizer que, sim, é uma ótima canção pop. “Me dê um beijo/ Simplesmente um beijo/ A vida já cobra demais/ Me empresta o teu sorriso/ O seu perfume, o seu batom vermelho/ O som da tua voz/O que você me disse”, declama. “Liguei pra te dizer, que foi especial pra mim/ O teu sorriso é tudo que eu preciso/E eu quero mais/ Ficou guardado em mim/ Quando você foi embora/ O último beijo/ A última noite/A última hora.”

Esperamos, de coração, que esta festa esteja à altura de todo o nosso amor pela cidade e de toda a gratidão que temos por cada um de vocês que nos ajudou a chegar até aquiRogério Flausino, vocalista

Qual é o segredo para continuar fazendo música e lotando espaços em Goiânia? Rogério Flausino afirma que a turnê “Jota 25 Arenas” é “a extensão de um sonho” do grupo. “Esperamos, de coração, que esta festa esteja à altura de todo o nosso amor pela cidade e de toda a gratidão que temos por cada um de vocês que nos ajudou a chegar até aqui”, afirma o artista, em comunicado, acrescentando que a banda está “em paz com o futuro”.

Era para os mineiros já terem se apresentado na capital goiana em dezembro último. À época, a assessoria da banda afirmou que Flausino seria submetido a procedimento simples de saúde. No show, propõem uma viagem “explosiva” pela trajetória musical deles, reativando memórias e emoções de fãs a partir de experiência audiovisual futurista. Hits como “Fácil”, “Dias Melhores” ou “Na Moral”, “Amor Maior” estão garantidos.

JOTA25 Arenas

Goiânia Arena

Dia 23 de março, sábado

A partir das 19h

De R$100 a R$260

Ingressos pelo site

alphatickets.com.br

Fonte:  https://www.dm.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário