sábado, 4 de agosto de 2012


Greve
Policiais Civis fecham IMLs em diversas cidades de Goiás
Nenhum corpo será liberado até às 20h
Thiago Burigato

Policiais Civis de Goiás  fecharam às 8h da manhã de hoje (3/8) os IMLs (Instituto Médico Legal) das cidades mais importantes do estado, entre elas: Goiânia, Itumbiara, Jataí, Rio Verde, Luziânia, Anápolis e Formosa. Em greve por melhores salários desde o dia 9 de julho, os policiais pretendem manter a manifestação por 12h, período em que nenhum corpo será liberado.

Ao Jornal Opção, o presidente em exercício do Sindperícias-GO, Antônio Carlos Macedo Chaves, acusou os manifestantes de atrapalharem o trabalho de outras categorias. “Todos tem direito à greve, mas os peritos e legistas não estão mais em paralisação”, reclama.

O presidente do Sinpol-GO (Sindicato dos Policiais Civis de Goiás), Silveira Alves Moura, no entanto, ressalta que, ainda que peritos e legistas não estejam mais greve, outras categorias que prestam serviços dentro dos IMLs são parte da Polícia Civil, como os fotógrafos criminalistas e os desenhistas técnico-periciais - e continuam paralisados. “Quem recolhe o corpo do local do crime não é o legista”, afirma.
Reivindicações

Com adesão de 100% da categoria, os policiais reivindicam salário de R$ 4 mil reais, enquanto o valor atual é de R$ 2.960. Além disso, requerem benefícios concedidos aos delegados, como a promoção automática e a diminuição do tempo de interstício.

Atualmente, as delegacias só tem atendido ocorrências graves e flagrantes. As investigações de casos como os assassinatos do radialista Valério Luiz e do advogado Davi Sebba estão atrasados devido à paralisação.

Em nota divulgada no final do mês passado, a Secretaria de Segurança Pública se negava a continuar a negociação com os grevistas enquanto os trabalhos dos policiais não fossem retomados. Dia 19 de julho, a greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Goiás e foi estipulada uma multa diária de R$ 10.000 para cada dia de paralisação. Moura garante que a Polícia Civil não retoma suas atividades até que o governo negocie com a categoria.

 

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