CAMPANHA DE UTILIDADE PÚBLICA-AÇÕES DO ENTORNO

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terça-feira, 28 de agosto de 2012


DF tem 100 mil jovens em situação de extrema pobreza

 A Câmara Legislativa realizou na manhã desta terça-feira (28) audiência pública para debater políticas públicas de juventude no Distrito Federal. Dados do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal revelam a existência de cerca de 100 mil jovens entre 15 e 29 anos em situação de extrema pobreza no DF. "São várias juventudes com diferentes realidades, e todas elas precisam de políticas públicas para desenvolverem suas potencialidades", ressaltou a deputada Arlete Sampaio (PT), que sugeriu o debate e presidiu os trabalhos da audiência pública.
Segundo o coordenador de juventude do DF, Carlos Odas, o DF tem 734 mil cidadãos com idade entre 15 e 29 anos, o correspondente a um terço da população total. Metade dessas pessoas está concentrada em três regiões administrativas e, ainda de acordo com Odas, 52% dos homicídios registrados são cometidos por jovens de 18 a 24 anos.
"Falar de juventude é falar de cultura, trabalho e educação, mas é falar sobretudo de desigualdades, as quais são passadas de geração para geração", disse Odas. Em desenvolvimento pela Coordenadoria de Juventude, o Programa de Atenção Integral aos Jovens do DF prevê a criação de políticas de afirmação, como a implementação de Conselhos de Juventude integrados por jovens e eleitos por pessoas desse mesmo segmento.
A importância da participação ativa da juventude no debate sobre suas demandas e na construção de políticas públicas para o setor foi ressaltada pelo assessor da Secretaria Nacional de Juventude, Bruno Elias. Essa foi, também, uma das principais reclamações de garotos e garotas que participaram da audiência desta manhã. Eles querem falar e ser ouvidos. Esse ponto - ao lado de um diagnóstico da situação da juventude no DF e da adoção de estratégias intersetoriais para agregar as políticas - foi apontado por Elias como essencial no processo de elaboração de um plano distrital de juventude.
O papel da educação – Desafios não faltam. Conforme lembrou a deputada Arlete Sampaio: "O DF registra altos índices de evasão escolar e é preocupante o envolvimento de jovens em casos de violência letal, como vítimas e algozes".
"Essa escalada da violência é assustadora, é preciso muito mais do que polícia", defendeu o secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira. Em sua opinião, a sociedade vive uma crise na escola e no modelo de produção e transmissão de conhecimento.
Para o deputado Prof. Israel Batista (PEN), o cerne dos problemas e desafios está na educação: "A prioridade deve ser a melhoria da escola pública, hoje já se discute o uso de tablets nas salas de aula, mas as pessoas não sabem nem escrever". Ele criticou, ainda, a estrutura física das escolas públicas, que muitas vezes se assemelham a uma prisão, com grades, banheiros detonados, quadras esportivas descobertas e sem bibliotecas.
A "revolução escolar" defendida pelo Professor Israel precisa envolver, no entanto, uma atuação que extrapola as competências do Estado. Isso é o que defende o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF, Daniel Seidel: "A própria juventude tem que ser protagonista dessa revolução".
Denise Caputo - Coordenadoria de Comunicação Social

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