Crédito : Reprodução TV Record
A rede de prostituição de luxo desmantelada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta segunda (02) chegava a cobrar R$ 10 mil por programa, segundo informações da Polícia. Nove pessoas foram presas, incluindo um policial militar e uma mulher acusada de ser a maior cafetina de luxo da capital federal, durante a operação batizada de "Red Light", em alusão à zona de prostituição de Amsterdã, na Holanda e foi deflagrada pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
Segundo a delegada responsável pelo caso, Ana Cristina Melo Santiago, Jeany Mary Corner, presa acusada de set líder do grupo, é bastante conhecida por aliciar garotas de programa e em 2008 chegou a ser objeto de investigação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios.
Presos - Na casa do policial militar preso, foram encontradas várias unidades de anabolizantes, equipamentos de informática e R$ 1,8 mil em dinheiro. Com os demais acusados, foram apreendidos computadores e 24 veículos de luxo usados pelas agenciadas para realização dos programas de luxo.
A polícia informou que os detidos responderão por tráfico interno de pessoas, rufianismo, quando se tira proveito da prostituição alheia, e associação criminosa. Nestes casos, os envolvidos poderão pegar até 6 anos de cadeia por cada delito. No caso do PM investigado, além de responder por esses crimes, também será indiciado por comércio ilegal de anabolizantes, cuja pena é de até 15 anos de reclusão.
Todos serão encaminhados ao presídio da Papuda, em São Sebastião, e ficarão à disposição da Justiça. Uma pessoa continua foragida.
Ameaças - Segundo a Deam, o esquema abrangia o Distrito Federal e outros estados sob o comando de quatro homens, cinco mulheres e uma travesti, que dariam todo o suporte necessário de imóveis locados no Sudoeste e na Asa Norte. “Recebemos diversas denúncias no sentido de que as moças tentavam sair dessa prostituição ou do exercício das atividades e eram impedidas, inclusive mediante graves ameaças”.
Para chegar aos suspeitos, a polícia afirma que utilizou o evento da Copa das Confederações, ocorrido justamente no período em que as investigações começaram, para observar a movimentação desse tipo de mercado. “O esquema aliciava as meninas no DF e em vários estados brasileiros e disponibilizava os serviços em um site”.
Esquema - As investigações contra o grupo, que era bastante organizado e tinha funções bem distribuídas, começaram em junho deste ano. Três núcleos de trabalhos da quadrilha foram identificados, um deles chefiado por Jeany. “Existiam pessoas especializadas no transporte das moças, contato com o público, sublocação de automóveis e até administração de sites”, explica a delegada.
Com o dinheiro arrecadado, os aliciados e agenciadores alugavam imóveis, compravam carros e administravam todo o negócio criminoso na capital federal e demais estados brasileiros. “Atividade, praticada isoladamente, não é ilícita. Porém, identificamos pessoas que agenciavam, que locavam carros, locavam imóveis e depois sublocavam para a prostituição e ainda aumentavam o valor do aluguel para terem mais lucro. Temos registros de moças que foram levadas até para a Paraíba”.
Com informações do R7.
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