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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Conheça as cidades com o pior ar do mundo; Brasil está na lista

Postado por Moisés Tavares

Levantamento da OMS aponta os locais com a maior concentração de partículas inaláveis
Levantamento da OMS aponta os locais com a maior concentração de partículas inaláveis
Ardor nos olhos, problemas na pele, tosse, bronquite e até mesmo câncer. A poluição não economiza nos males provocados ao corpo humano, e acabamos pagando um preço caro pela industrialização e urbanização. Um levantamento divulgado neste ano pela OMS (Organização Mundial da Saúde) identificou as cidades com o pior ar para se respirar no mundo e revelou que, surpreendentemente, não é na China que se encontram os piores resultados, mas sim no Irã, no Paquistão e na Índia.
O estudo da OMS comparou as médias anuais de material particulado, em microgramas, por metro cúbico de ar (MP10). Essas partículas inaláveis nada mais são do que poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho.
Conheça as cidades que precisam repensar a qualidade de vida de seus cidadãos. Descubra também qual é a pior cidade brasileira nesse quesito.
1º – Ahvaz (Irã)
A poluição atmosférica em Ahvaz, localizada no Golfo Pérsico, pode ser vista a olho nu
Tomada pela industrialização desenfreada, a cidade de Ahvaz, situada no Golfo Pérsico, agora sofre com um duro rótulo: é o pior e mais perigoso ar do mundo, com a maior concentração de partículas inaláveis (372 MP10), de acordo com o mais recente relatório da OMS.
A poluição atmosférica em Ahvaz aparece a olho nu, na forma de uma pesada e incômoda fumaça laranja, e é quase um terço maior do que a da segunda cidade mais poluída do mundo, Ulan Bator. A expectativa de vida em Ahvaz é a mais baixa de todo o Irã e milhares de habitantes vão com frequência aos hospitais. Segundo o Ministério da Saúde, em novembro, mais de 6.000 moradores procuraram cuidados médicos devido a problemas respiratórios.
2º – Ulan Bator (República da Mongólia)
A capital da República da Mongólia assume a desagradável vice-liderança no rol de cidades mais poluídas do mundo, com uma média anual de 279 MP10. Para se ter uma noção, o nível médio mundial e aceitável de partículas suspensas no ar é de 20 MP10, o que significa que o ar de Ahvaz é 18 vezes pior do que o normal, e o de Ulan Bator, quase 14 vezes pior. A média mundial é de 71 MP10.
De acordo com a definição da Cetesb, as principais fontes de emissão de particulado para a atmosfera são os veículos automotores, processos industriais, queima de biomassa, ressuspensão de poeira do solo, entre outros.
3º – Sanandaj (Irã)
Sanandaj, no Irã, tem constantes tempestades de areia
O Irã volta a aparecer na lista com a cidade de Sanandaj, cuja concentração anual de partículas é de 254 MP10. Tempestades de poeira são frequentes por lá, na maioria das vezes trazidas pelo vizinho Iraque
4º – Ludhiana (Índia)
A cidade mais poluída da Índia não é a capital, mas sim Ludhiana, com seus 251 MP10 — Nova Déli registrou 198 MP10, de acordo com o estudo da OMS. Essa não é a primeira evidência da “má fama” de Ludhiana, que havia sido incluída em uma lista de 43 cidades com poluição crítica. O Ministério do Meio Ambiente então impôs uma proibição sobre a poluição industrial em janeiro de 2010. O banimento durou até fevereiro de 2011, com a condição de que as fábricas preparassem um plano de ação para manter um controle sobre a poluição.
5º – Quetta (Paquistão)
Os 251 MP10 registrados em Quetta, no Paquistão, renderam à cidade o quinto lugar na lista das mais poluídas do mundo. A situação é tão alarmante que a União Internacional para a Conservação da Natureza desenvolveu um plano de ação para reduzir a poluição na cidade que servirá de modelo para o restante da Província e também para todo o país.
6º – Kermanshah (Irã)
Kermanshah, no Irã; país aparece por 4 vezes na lista da OMS
Kermanshah, no Irã; país aparece por 4 vezes na lista da OMS
O Irã retorna à lista com Kermanshah, cuja concentração anual de material particulado é de 229 MP10, segundo a OMS. A poluição do ar atingiu níveis tão elevados na cidade que os moradores foram aconselhados a ficar em casa para proteger a sua saúde.
As partículas poluentes podem ficar retidas na parte superior do sistema respiratório ou penetrar mais profundamente, alcançando os alvéolos pulmonares e a corrente sanguínea. O perigo representado pela poluição atmosférica nessas cidades deve ser levado a sério: dados da OMS indicam que até 3,3 milhões de pessoas morrem em todo o mundo devido a doenças relacionadas aos diversos poluentes do ar.
7º – Peshawar (Paquistão)
O grande fluxo de trabalhadores que vieram para Peshawar e a explosão demográfica intensificaram a poluição da cidade, que registrou uma média anual de 219 MP10. Curiosamente, Peshawar é o ponto de partida da maioria das missões americanas ao Afeganistão.
8º – Gaborone (Botsuana)
Gaborone, capital da Botsuana, figura em oitavo lugar por seus 216 MP10 anuais. Os bechuanos que vivem na capital sofrem os efeitos da expansão desenfreada de uma das cidades que mais crescem no continente africano. As principais causas dessa intensa poluição são os incêndios florestais na região e a enorme quantidade de carros na estrada.
9º – Yasuj (Irã)
Yasuj, no Irã, contabiliza os efeitos negativos da concentração anual de 215 MP10, trazidos pela produção industrial intensa. Com uma grande fábrica de processamento de açúcar, e uma usina de carvão que produz eletricidade para a maior parte da região, a cidade também está planejando uma nova refinaria de petróleo.
10º – Kanpur (Índia)
Com quase 5 milhões de pessoas e 209 MP10 de concentração de material particulado, Kanpur é também o lar dos maiores curtumes na Índia. É daí que vem boa parte da poluição da cidade, uma vez que os processos modernos de curtimento de couro usam cromo e resíduos, que posteriormente vão parar no ar e na água
Mais poluída da China: Lanzhou
Atividade industrial é a grande culpada pela poluição de Lanzhou, na China
Atividade industrial é a grande culpada pela poluição de Lanzhou, na China
Ainda que a China tenha ficado de fora das 10 cidades mais poluídas do mundo, a cidade de Lanzhou concentra níveis altíssimos de material particulado — 150 MP10, o que lhe rende o 25º lugar na lista.
A capital da Província de Gansu é coberta por uma grossa camada de poeira criada pelo intenso tráfego dos carros e pelas emissões de gases pelas fábricas. A atividade industrial é a grande culpada pela poluição de Lanzhou, mas é também responsável por tirar milhares de chineses da pobreza. O céu passa a maior parte do tempo escondido pelo ar poluído.
Mais poluída da União Europeia: Plovdiv (Bulgária)
Uma das principais cidades da Europa balcânica e o segundo maior município da Bulgária, Plovdiv enfrenta uma poluição do ar excessiva e permanente em todo o seu território. Em 124º lugar na lista, a cidade é a mais poluída da União Europeia. A quantidade de poeira concentrada no ar é superior a todas as normas ambientais, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Italiano de Estatísticas. O nível anual de partículas suspensas é de 70 MP10, ocasionado pela indústria, pela produção de energia, pelo consumo das famílias e, em grande medida, pelo transporte.
Mais poluída dos Estados Unidos: Bakersfield
No urbanizado e industrializado território norte-americano, quem tem a liderança na poluição (276º lugar na lista geral, com 38 MP10) é a cidade de Bakersfield, localizada no extremo sul do Vale de São Joaquim, na Califórnia.
A cidade está cercada por montanhas, o que faz com que a poluição fique “represada”. Bakersfield é também uma grande produtora de petróleo, introduzindo diesel queimado e vapores químicos no ar.
Mais poluída do Brasil: região metropolitana do Rio de Janeiro
A área, exemplificada por Niterói, representa o segundo maior polo de riqueza nacional e possui um alto grau de urbanização, o que garante o 144º lugar dentre a lista geral (64 MP10). A qualidade do ar na região é estudada desde 1967, quando foram instaladas as primeiras estações de monitoramento. Os resultados gerados evidenciam que os níveis de concentração de partículas em suspensão estão acima do padrão de qualidade do ar na maior parte das áreas monitoradas.

Fonte: R7

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