terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Crueldade: após três negativas de atendimento, bebê morre dentro da barriga da mãe

 

Foto: Arquivo pessoal/Vanessa Martins

Pais e familiares estão revoltados com a morte da bebê, apontam negligência no atendimento

Em Senador Canedo, região metropolitana de Goiânia, uma mulher procurou atendimento médico ao entrar em trabalho de parto, com sangramento, ela foi a maternidade por três vezes, por apresentar pouca dilatação foi orientada à voltar para casa. A bebê entrou em sofrimento, morrendo ainda dentro da barriga da mãe.

Ana Beatriz, 23 anos, entrou em trabalho de parto no último domingo, ainda na madrugada. Por volta das 7h da manhã, ela e o marido, foram à Maternidade Municipal Aristina Cândida, com contrações e apresentando 3 cm de dilatação, foi orientada a aguardar em casa até que a dilação aumentasse para 5 cm. No entanto, apresentando sagramento retornou outras duas vezes às 14h e 17h quando foi constatado a morte da bebê. “Chegou na maternidade, ela passou pela pela triagem de novo e, a médica, ela não ouviu os batimentos e mandou um ultrassom de emergência”, conta Vanessa, que é irmã do pai da criança e cunhada de Beatriz. E completa: "A gravidez foi tranquila, ela fez tudo certinho, veio em todas as consultas do pré-natal e era uma gravidez saudável para a bebê e para a mãe."

Para Rafael Martins, 30 anos, o que aconteceu, foi 'incompetência' no atendimento prestado a sua esposa e filha: "Nós viemos com tudo para voltar com a nossa filha nos braços e por incompetência deles não conseguimos”

O hospital afirma que seguiu os protocolos necessários e que aguarda os laudos da perícia para saber o que aconteceu: “Temos que esperar o laudo do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para saber a causa da morte do bebê”, afirma o diretor clínico da maternidade, Rogério Cândido.

Em nota a Secretaria de Saúde afirma que: "A mãe recebeu atendimento, o último deles às 12:40 no domingo. Ainda não havia dilatação de cinco centímetros da mãe para fazer a internação e os sinais vitais do bebê eram normais. A orientação foi ir para casa e retornar à um negócio unidade entre duas e três horas depois. Quando buscou novo atendimento, já por volta das 18:30, foi constatada a ausência de batimentos", e diz que está acompanhando o caso.

A família contesta, acreditam que uma cesária poderia ter evitado a morte da bebê, como denuncia Vanessa: “Se tivesse feito a cesariana antes, isso não teria acontecido. Tem mulher que dilata só um pouco e não dilata mais. Se ela estava sangrando, deviam ter colocado ela em observação. Não tinham que mandar ela para casa. A gente confiou, pois eles são os médicos e deviam saber”. Segundo a família, as equipes de Verificação de Óbitos desconfiam que Ana Beatriz teve deslocamento de placenta e por causa disto o cordão umbilical enrolou no pescoço da bebê a asfixiando, além de um quadro de infecção de urina.

A tia lamenta: “Eles estão muito muito tristes. A mãe só chora e fica quietinha. O pai está com ela, é só o desespero a todo momento”. A família fez Boletim de Ocorrência (B.O) e aguarda as investigações.

Fonte:  https://www.dm.com.br/

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