Rede Sustentabilidade: Nem todos irão mesmo para a Rede
Mudanças no quadro partidário
Quase todos os candidatos brasilienses que se davam como comprometidos a migrar para a Rede Sustentabilidade, caso eleitos, dão agora sinais de recuo. Isso vale para dois dentre três aspirantes a uma cadeira de deputado federal e para três de quatro candidatos a distrital. Sua posição está vinculada a uma incerteza criada pela própria Marina Silva (foto), figura maior da Rede, após assumir a candidatura presidencial. ...
Tanto no caso da presidenciável quanto nos demais candidatos parte-se do reconhecimento de que o quadro partidário mudou após a morte do ex-governador Eduardo Campos e mudará muito mais caso Marina seja eleita. Ela precisará de uma base partidária ampla para governar e uma troca de filiação poderá complicar esse processo. Só depois de uma avaliação firme da composição do novo Congresso que sairá das urnas será possível tomar uma decisão. Marina Silva tem dito a interlocutores mais próximos que não migrará necessariamente para a Rede, caso seja criada.
Não tem volta
Os organizadores da Rede, entre os quais está um candidato a deputado federal pelo DF, dizem que o esforço pela Rede não tem volta. O partido sairá do papel e contará, no mínimo, com a simpatia de Marina. No máximo, com a filiação da presidente da República. Mas isso dependera, além do resultado da eleição, com a negociação política para formar o governo ou, no caso de derrota, para organizar uma nova força de oposição.
Reação negativa do hospedeiro
Teme-se ainda uma reação negativa do partido hospedeiro — pelo qual o marinista se eleger — ou do próprio eleitorado. Até o deputado José Antônio Reguffe, muito ligado a Marina e participante dos esforços pela Rede, tem dito que poderá ficar no PDT caso se eleja senador. No Distrito Federal, há partidários da Rede entre candidatdos do PSB e do PV, além do PDT.
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