CAMPANHA DE UTILIDADE PÚBLICA--INFRAESTRUTURA

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terça-feira, 16 de setembro de 2014

“Meu desafio é lutar por mais habitação”, diz Marcos Abrão


Marcos AbraoEx-presidente da Agência Goiana de Habitação quer chegar à Câmara Federal para defender o crescimento econômico dos municípios e do Estado, mas afirma: “É fundamental ter avanços nas esferas social e habitacional, os pilares básicos da cidadania.” É com essa visão que Marcos Abrão pretende desembarcar em Brasília e defender a regularização fundiária e a construção de moradias de qualidade, duas pontas de lança capaz de reduzir o déficit habitacional. (Rubens Santos)
Aos 43 anos de idade, e amadurecido pelas lutas diárias pela moradia popular e o crescimento econômico de Goiás, Marcos Abrão Roriz Soares de Carvalho entrou na disputa por uma das 17 vagas de Goiás na Câmara dos Deputados, pelo Partido Popular Social (PPS).
“Eu quero ser deputado federal para lutar por habitação”, disse Marcos Abrão, ontem, durante entrevista para o Diário de Aparecida. “Esse é o meu maior desafio”, afirmou. “Quero o ser humano com a sua vida transformada, proprietário de sua casa e bem preparado para vencer no mercado de trabalho”, disse.
Ele sabe bem o que fala. Nos últimos sete anos, Marcos Abrão atuou, de maneira decisiva, em áreas econômico-industriais específicas, como presidente da GoiásIndustrial. Ali, por exemplo, avançou na implantação de políticas públicas que resultaram em crescimento econômico.
Como, por exemplo, na criação do Polo Moveleiro em Senador Canedo (GO), e o Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia (Daiag), com área de quatro milhões de metros quadrados. Nos dois casos, as cidades receberam impulso para produzir, e assim gerar emprego, renda e o Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma de todas as riquezas produzidas por um município, Estado ou País.
Porém, nos últimos três anos e no comando da Agência Goiana de Habitação (Agehab) foi que Marcos Abrão Roriz Soares de Carvalho impulsionou um novo voo próprio, que resultou em novos e grandes avanços. Investiu no básico da cidadania, a construção de moradia, fundamental para unir e abrigar uma família e, em torno dela, ver surgir uma comunidade.
“Eu defendo e trabalho pelo crescimento econômico dos municípios e do Estado”, destacou. “Mas tenho colocado, sempre, a seguinte questão: de nada adianta trabalhar e viver num Estado rico se não fizer parte da riqueza”, afirmou. “Logo, é fundamental ter avanços nas esferas social e habitacional, os pilares básicos da cidadania.”
Avanços
Para obter os avanços sociais necessários, Marcos Abrão, que se formou em Economia na PUC de Goiás, levantou a bandeira da moradia. Na Câmara dos Deputados, quer aprovar leis específicas para construção de moradias populares. Ainda, superar os problemas encontrados na regularização fundiária dos conjuntos habitacionais, situação frequente que gera atrasos e barreiras na hora de regularizar a moradia.
“Nos dias atuais, as áreas para construção de moradias são muito caras”, explicou. “Quase sempre, e no momento da regularização fundiária, se defronta com um enorme desafio, porque há áreas que pertencem ao Estado, outra parte ao município e uma terceira faixa de terras que geralmente está na posse de particulares”, comentou.
Marcos Abrão explicou que o Estado de Goiás avançou, na questão da regularização fundiária, porque boa parte das áreas estava em poder do próprio Estado.
Ele citou como exemplo a região noroeste de Goiânia, cujos títulos de propriedade foram entregues aos moradores recentemente. Já em Aparecida de Goiânia, e em outros municípios, alguns projetos foram iniciados em loteamentos particulares.
Em ambos os casos, no entanto, o principal foi uma mudança importante – a melhoria na qualidade das construções. “Por exemplo, passamos a exigir esquadrias de alumínio, com maior qualidade e durabilidade”, apontou.
É com essa visão que Marcos Abrão pretende desembarcar em Brasília. Com um programa de trabalho que visa a regularização fundiária e a construção de moradias de qualidade, duas pontas de lança capaz de reduzir o déficit habitacional.
Candidato destaca experiência na área de moradia popular
No Brasil, que discute déficit habitacional desde os anos 1970, quando se criou o Banco Nacional da Habitação (BNH), esta não parece ser uma tarefa fácil. No caso de Goiás, e principalmente da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) e nos 21 municípios goianos que formam o chamado Entorno do DF, o fluxo diário e migratório para o Estado empurra para cima as demandas por novas casas, além de vagas de empregos e os planos de reformas urbanas.
Com base em dados do governo do Estado, ele explicou:
“Há mais de 200 mil famílias sem moradia em Goiás, e 91% dessas famílias ganham até três salários mínimos por mês, o equivalente a R$ 2.172”, calcula Marcos Abrão. “Uma intervenção do setor público é fundamental, inadiável, porque os empresários não vão entrar no processo, visando construir moradias, com os preços altos que são praticados na aquisição de áreas”, disse ele. “Porque o valor que é destinado à construção de uma casa de baixa renda é fixo.”
Os dados não estão superestimados ou defasados. Pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) indicou, no mês de novembro do ano passado, que, em números absolutos, Goiás é a principal unidade do Centro-Oeste em déficit habitacional. Na pesquisa de 2013, o índice foi de 161.290 em 2012. Ou, 45,3 mil a mais que o Distrito Federal. No Mato Grosso, o índice foi de 78.763; e no Mato Grosso do Sul, 64.070.
Sub-20
Para solucionar o impasse, e durante seu mandato de deputado federal (2015-2018), Marcos Abrão pretende lutar para que as prefeituras assumam a aquisição da área (terreno) e o Estado pagaria uma parte do custo. Já a família entra com percentual que varia de 5% a 10% dos valores, correspondendo a uma prestação de R$ 80 em valores atuais.
Trata-se do Programa Sub-20, destinado a cidades com populações abaixo de 20 mil habitantes. “É preciso unir, juntar as mãos para superar o problema”, disse ele. “E esse é um grande problema”, acredita. “Mas, pela união, onde bancos como o Banco do Brasil (BB) poderiam participar, seria possível reduzir os índices do déficit habitacional no País”, acredita.
Para a reforma urbana, ele incentiva o imposto progressivo. Para instalar o morador em seu novo habitat, o candidato a deputado federal entende que será necessário também investir na reinserção no mercado de trabalho. O que ocorreria em convênio com o chamado “Sistema S”, formado por Sesi, Senai, Senar.
Marcos Abrão, que é sobrinho da senadora Lúcia Vânia (PSDB), tem a pretensão de chegar a Brasília com a experiência de quem já tocou obras e projetos de habitação. Ainda gerou empregos por meio dos projetos de Polos de Negócios e conheceu a necessidade de trabalhar em sintonia com os poderes estadual e municipal e em parceria com a iniciativa privada.
Prêmio
A inovação é possível na área da habitação popular, acredita Marcos Abrão. Ele aponta como exemplo a construção de dois conjuntos habitacionais em Goiânia. São eles, o Residencial João Paulo II, na saída de Goiânia para Anápolis, e o Residencial Nelson Mandela, na saída de Goiânia para Trindade.
“Nas questões de habitação, a visão deve ser social”, diz Marcos Abrão.
Por fim, confirmou para o Diário de Aparecida em que ponto o Estado de Goiás conseguiu mostrar como impulsionar o setor e buscar a redução, de maneira efetiva, dos índices de déficit absoluto de moradia para o País.
E o trabalho que desenvolveu com sua equipe levou à disputa do prêmio da Caixa Econômica Federal (CEF), por Melhores Práticas. E também disputa, entre os 11 melhores do mundo, o Prêmio Habitar-ONU, disse Marcos Abrão.
Perfil
 Nome: Marcos Abrão Roriz Soares de Carvalho
Idade: 43 anos
Naturalidade: Goiânia (GO)
Estado Civil: Casado
Profissão: Economista
Escolaridade: Graduado em Economia pela UCG (hoje PUC-GO)
Outras atividades: ex-presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), da GoiásIndustrial, e atual presidente do Partido Popular Socialista (PPS), no Estado de Goiás
Filiação Partidária: PPS (Partido Popular Socialista)
Coligação: Garantia de um Futuro Melhor para Goiás I – formada com os partidos PSDB, PPS, PP, PR, PTB, PDT, PROS e PRB
Bandeira: Habitação Popular
Fonte:Diário de Aparecida

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