sábado, 29 de março de 2014

Como Surgiram os Números?


 Por Moisés Tavares


Bem sabemos que sempre foi uma necessidade da humanidade querer saber a quantidade das coisas e objetos, seja por curiosidade ou para tornar as coisas mais práticas.
A matemática que conhecemos hoje, o cálculo, a álgebra, veio de algum lugar, em alguma época bem distante e remota com milhares de anos de evolução.
Com a evolução do homem e da matemática, surgiu à palavra cálculo que em latim significa "conta com pedras".



Essa necessidade é tão antiga quanto ao homem, desde que ele deixou de ser nômade e a se fixar e a tirar da terra seu sustento surgiu à necessidade dos cálculos e consecutivamente dos números, ou algo parecido, ou até mesmo antes disso, mesmo dentro das cavernas.
O exemplo do saquinho de pedras, correspondentes a quantidades de ovelhas que o homem pastoreava é um bom e belo exemplo dessa necessidade e noção porque da numeração.

Outro exemplo é na agricultura, o homem percebia que tinha momentos do tempo que havia seca, chuva, frio e calor, ou seja, as estações do ano e também a necessidade de saber a época exata do plantio e da colheita. Ora, como saber quando plantar e quando colher, situação embaraçosa para épocas tão remotas que não havia um calendário como os de hoje, dizendo as estações do ano.
Pela observação, o homem primitivo viu que a Lua tinha ciclos menores e uniformes, portanto se conseguisse determinar o intervalo de quantas luas, saberia quando ia chover, quando ia fazer frio, ou calor ou seria seco. Bacana, que ideia revolucionária! Acredita que homem, também começou a adicionar algum objeto para determinar cada ciclo lunar. Como para determinar a quantidade de animais, de grãos e estações do ano.
Mas esse uso era cada vez mais útil e maior e exigindo maior complexidade, até mesmo pela reprodução dos animais, das safras mais abundantes e demais fatores, exigindo cálculos maiores e difíceis de serem representados por pedras, riscos, varas, ou mesmos os dedos que eram os que estavam mais próximo do homem e com certeza ele não os lançou de lado nessa bravata.
Dando lhes assim uma noção de conjunto e mesmo decimal, pois seria um mais que os dez dedos ou dois a mais e assim sucessivamente.
Foi assim contando objetos com outros objetos que a humanidade começou a construir o conceito de número de matemática.
Ainda não é possível fazer afirmações a respeito da idade da matemática, tanto aritmética quanto geométrica. Heródo e Aristóteles dois grandes pensadores gregos, apresentaram suas teorias. O primeiro sugerindo que a geometria se originou no Egito, devido à necessidade pratica de se fazer medidas de terra a cada inundação causada pela cheia do Nilo. Já Aristóteles sugeriu que a geometria teria surgido de uma classe de sacerdotes do Egito, como puro lazer ou mesmo em ritos religiosos.
O certo é que, o homem neolítico já possuía noções que deram inicio à geometria, o que pode ser evidenciadas pelas peças arqueológicas descobertas com desenhos geométricos, com relações de congruência e mesmo simetria.
De posse da ideia de número e de sistema de numeração, o homem primitivo dá um novo passo a frente, procurando representar, por meio de símbolos, tais ideias. Talvez, a primeira tentativa neste sentido tem sido feita por meio de figuras gravadas ou pintadas nas paredes das cavernas ou em pedras.
A maneira mais simples que o homem primitivo percebeu para representar os números foi a de atribuir a cada ideia um símbolo. Exemplo disto achou na numeração egípcia, babilônica e chinesa.

Nossos números
No século VI, alguns centros de cultura grega foram fundados na Síria. Ao participar de uma conferência num desses clubes, em 662, o bispo local Severus Sebokt, irritado com o fato de as pessoas elogiarem qualquer coisa vinda dos gregos, explodiu: "Existem outros povos que também sabem alguma coisa! Os hindus, por exemplo, têm valiosos métodos de cálculo. São métodos fantásticos! E imaginem que os cálculos são feitos por apenas nove sinais!" A referência a nove símbolos significa que, na Índia, havia sido inventado no século VI, também, um símbolo para a posição vazio: o zero, que era representado na forma de um ovo de ganso. Pronto, estava completo o sistema de numeração dos algarismos "indo-arábico".
No século VIII, Harum al-Raschid(califa de Bagdá entre 786 e 809) tentou transformar a cidade no maior centro cientifico do mundo, contratando grandes sábios mulçumanos da época – entre eles, o matemático árabe Mohammed Ibn-Musa al-Khowarizmi.

Ao traduzir livros de matemática indianos para a língua árabe, al-Khowarizmi surpreendeu-se com estranhos símbolos, como o do ovo de ganso. Ao ver que, com aquele sistema de numeração, todos os cálculos seriam feitos de um modo mais rápido e seguro, decidiu contar ao mundo as boas novas, no livro Sobre a Arte Hindu de Calcular. Por ter sido criado pelos hindus e divulgado pelos árabes é que o sistema é chamado de "indo-arábico" – apesar de completo, só no século XVI seria aceito na Europa.
Ainda estava para nascer o símbolo que iria revolucionar os sistemas de numeração: O ZERO.
Como surgiu o zero? Exatamente com um dos primeiros computadores conhecidos pela humanidade. Computador naquela época? Sim, era um computador simples conhecido pelo nome de ÁBACO.


O ábaco inicialmente consistia em meros sulcos feitos na areia, onde se colocava pedras, diferente do atual visto acima. Cada sulco representava uma ordem. Assim, o primeiro, as unidades; o segundo, as dezenas; o terceiro, as centenas e etc.
Surgi então o revolucionário, Ábaco, ou também como é conhecido por Soroban. A máquina mais antiga, que se tem conhecimento que é capaz de efetuar cálculos. Simplificando assim a vida daqueles antepassados permitindo assim maiores conquistas que nos arremetes as comodidades dos dias atuais.

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