quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Moradores de Pirenópolis temem avanço da especulação imobiliária na região com a mudança do plano diretor

URBANISMO »Revisão do plano diretor de Pirenópolis é visto com desconfiançaMoradores do município temem que a proposta em discussão, que prevê a criação de setores habitacionais, comprometa os principais atrativos do município: a tranquilidade do interior e o patrimônio ambiental

Publicação: 10/09/2014 



A revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial de Pirenópolis (PDOTP) será enviada à Câmara de Vereadores com desconfiança da população sobre o futuro da cidade goiana distante 150km de Brasília. Os moradores acreditam na importância da criação de regras de ocupação, mas defendem a manutenção das características que fazem da cidade um dos principais pontos turísticos da região. Para eles, falta esclarecer questões como o futuro das áreas verdes e os problemas atuais de crescimento desordenado. A última audiência pública para debater o assunto com a comunidade foi realizada em 3 de setembro. O documento ainda não tem data para ser enviado e apreciado pela Câmara.

O plano separa Pirenópolis em zonas e define as diretrizes para a ocupação de cada área residencial, comercial ou mista. Moradores denunciam que o documento prevê a criação de setores habitacionais, alguns com cerca de 3 mil unidades, mesmo com muitos lotes vazios ainda à disposição para venda e construção. Entre as propostas, está a criação de um anel viário, da Área Especial de Desenvolvimento Mineral e da Área Especial de Desenvolvimento Econômico, que terá destinação para atividades econômicas, industriais e de serviços.

Desde a divulgação do Pdot, a preocupação maior dos moradores é quanto à expansão de Pirenópolis. “Está bom do jeito que está porque precisamos manter as características de cidade tranquila de interior. Os visitantes vêm para cá por causa disso e da natureza e das cachoeiras, são mais de 30 catalogadas. Imagina se virar um grande centro”, preocupa-se o empresário e morador da região Sebastião José Leite, 54 anos. Ele disse não ser contra a criação de regras para ordenar a cidade, mas, para ele, não pode haver mais crescimento. “Hoje, sofremos com falta de água, imagina como ficará no futuro”, diz.

Fonte:Correio Braziliense

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