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domingo, 22 de julho de 2012


PMDB se articula com PSC para comandar em 2013 bloco de 98 deputados, ultrapassando PT



Além de aparelhar-se para acomodar na presidência da Câmara o deputado Henrique Eduardo Alves, o PMDB move-se para vitaminar o poder de fogo de sua bancada federal. Dono de 80 assentos, o partido do vice-presidente Michel Temer articula para 2013 a formação de um bloco com o PSC, que ocupa 18 poltronas na Câmara.

Com 98 deputados, o conglomerado PMDB-PSC vai superar em número de votos a bancada do PT, hoje a maior da Câmara, com 87 deputados. A formação de blocos está prevista no regimento interno da Casa. Confirmando-se a parceria, o PSC passa a seguir em plenário as orientações do líder do PMDB. ...

Sob Lula, o partido de Temer era o maior da Câmara. Em 2010, foi ultrapassado nas urnas pelo PT. Anabolizado pelo PSC, o PMDB percorrerá os dois últimos anos do mandato de Dilma Rousseff com baterias renovadas.

Partiu do PSC a proposta de formação do bloco. Henrique Alves, o deputado que se prepara para trocar a liderança do PMDB pela presidência da Câmara, foi procurado pelo vice-presidente da legenda, Everaldo Dias Pereira, o pastor Everaldo, evangélico da Assembléia de Deus.

Pastor Everaldo conversou também com Temer. O seu PSC já havia atuado em bloco com o PMDB. Desgarrara-se para tentar a sorte numa associação com o PTB do deputado cassado Roberto Jefferson. Nas pegadas da “faxina” ministerial do ano passado, PSC e PTB tentaram, em operação compartilhada, chegar à Esplanada.

Ambicionavam indicar o substituto de Carlos Lupi, do PDT, no Ministério do Trabalho. Dilma Rousseff chegou a flertar com a ideia. Mas acabou acomodando na poltrona de Lupi o deputado Brizola Neto, do mesmo PDT. O insucesso levou o PSC (Partido Social Cristão) a buscar um reposicionamento no consórcio governista.

O virtual parceiro legislativo do PMDB começou a operar em 1970. Nessa época, chamava-se PDR (Partido Democrático Republicano). Foi rebatizado de PSC 1985. Quatro anos depois, compôs a coligação encabeçada pelo PRN, que resultou na eleição do desastre Fernando Collor à Presidência.

O pastor Everaldo, hoje um dos principais operadores do PSC, foi admitido na legenda em 2003, no alvorecer do primeiro reinado de Lula. Até então, militava no pedaço igrejeiro do grupo político que seguia, no Rio de Janeiro, a liderança do ex-governador Anthony Garotinho, hoje um deputado do PR, “varrido” por Dilma da pasta dos Transportes.

Até bem pouco, Everaldo presidia o PSC. Foi substituído no posto por Vítor Nósseis, um destacado membro da Igreja Católica Ortodoxa Siriana do Brasil. Com raízes fincadas em Damasco, capital da Síria, os ortodoxos sirianos aproveitam parte da ritualística da Igreja de Roma. Mas praticam um catolicismo mais flexível. Não exigem de seus sacerdortes, por exemplo, o suplício do celibato.

Também na política, os cristãos do PSC enxergam virtudes no casamento. Sorte do PMDB, que vai ao ano pré-eleitoral de 2013, com maior poder de influência sobre os dois derradeiros mandatos de Dilma.

Fonte: Blog do Josias de Souza - 22/07/2012

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