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segunda-feira, 23 de julho de 2012


Prefeitura manda cortar água de escolas públicas em Goiás

Ação atinge escolas estaduais em Catalão e ameaça o retorno às aulas de mais de 10 mil estudantes na cidade; decisão do prefeito Velomar Rios, aliado de Adib Elias, aparentemente, teve motivação política e está relacionada com a sucessão municipal

Sábado, 21 de Julho de 2012 - 16h41 | Brasil
Edição/247
Goiás 247 " A Prefeitura de Catalão, distante cerca de 250 quilômetros de Goiânia, controla o serviço de abastecimento de água no município por meio da Superintendência Municipal de Água e Esgoto (SAE). Sem qualquer tentativa de negociação, mandou arrancar os hidrômetros de todas as 16 escolas estaduais da cidade, duas dela de período integral. A medida coloca em risco o retorno às aulas de quase 15 mil estudantes em todo o município.
Catalão é comandada por Velomar Rios (PMDB), aliado de Adib Elias, que é atual candidato do partido à prefeitura da cidade. Polêmico, Adib foi incluído nas listas dos políticos goianos "fichas-sujas" elaborada pelo Tribunal de Contas dos Municípios e já foi condenado pelo TCM a devolver aos cofres públicos mais de R$ 1,2 milhão. Ele também teve seus sigilos quebrados na CPI instalada na Assembleia Legislativa de Goiás para apurar o envolvimento da construtora Delta com prefeituras goianas.
O corte de água nas escolas, aparentemente, teve motivação política. Isso porque o governo do Estado tem como representante no município o deputado estadual, presidente da Assembleia e prefeitável pelo PSDB, Jardel Sebba.
O curioso é que a prefeitura acumula um débito de mais de R$ 300 mil junto à CELG, empresa estadual de distribuição de energia cuja gestão é compartilhada com a Eletrobrás. Nem por isso, porém, os prédios públicos municipais estão às escuras. De acordo com o subsecretário de Educação de Catalão, Arcilon de Sousa Filho, embora julho seja período de férias escolares, as escolas não estão completamente fechadas e os servidores mantém sua rotina. "Em muitas delas, o planejamento tem início previsto para a próxima semana."
Sousa Filho, que é servidor da rede estadual de ensino desde 2004, relata que nunca havia presenciado ou tomado conhecimento de nada parecido. "A comunidade já está sendo tremendamente prejudicada. Para nós, não chegou nenhum aviso prévio de corte. Liguei na Secretaria de Educação, em Goiânia, e me disseram que lá também não houve qualquer tipo de comunicado. Estou estarrecido com os fatos e vejo com muito tristeza que o coronelismo ainda não foi arquivado como prática política."
Segundo o subsecretário, praticamente todos os órgãos estaduais no município tiveram o abastecimento de água interrompido. "Pelo que ouvi falar, até agora só o Corpo de Bombeiros foi poupado", diz. A reportagem tentou entrar em contato com o Superintendente da SAE, Fernando Ulhoa, e com o prefeito Velomar Rios, mas não obteve retorno.
Não é a primeira vez que a Prefeitura de Catalão adota postura truculenta em relação ao governo estadual. Durante sua primeira gestão como prefeito (2001-2004), Adib Elias, cancelou subitamente todos os convênios com o governo de Goiás, deixando até mesmo de  fornecer alimentação para os presos nas delegacias, e determinando que o Sistema Nacional de Emprego (SINE), deixasse de funcionar no Palácio Pirapitinga, sede do poder municipal. Também naquela oportunidade sobrou para a população, alheia às disputas partidárias.
Brasil 247

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