O Hospital Universitário de Brasília realiza primeiro transplante de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal - (crédito: Reprodução/Instagram @UnB_Oficial)
No procedimento, as células doadas são retiradas do próprio paciente e transplantadas de volta. A essa operação dá-se o nome de autólogo
“Retiramos células do corpo do paciente e damos uma alta carga de quimioterapia nele. Depois que passa o efeito dessa carga, colocamos as células tronco de volta via transfusão de sangue. Como essa célula não recebeu a alta carga de quimio, quando colocada de volta consegue fazer uma restituição rápida do sangue, em torno de 10 a 12 dias”, explica a professora Flávia Dias Xavier, chefe da unidade de Hematologia e Hemoterapia do HUB.
A superintendente do HUB e professora da Faculdade de Medicina, Elza Noronha, classifica a realização do transplante de medula óssea como uma conquista ao hospital e para a sociedade em geral.
"Este é um grande marco para nossa instituição e para o SUS do Distrito Federal. Com o apoio e parceria da UnB e Ebserh consolidaremos o nosso centro de transplantes, ofertando cada vez mais tratamentos de ponta para a população”, afirma a professora. O hospital já realiza transplantes de rins e de córneas.
Nova chance
O paciente transplantado se chama Gilmar Moreira Bomfim. Trabalhador da construção civil, ele tem 48 anos e descobriu um câncer em 2019 quando procurou um médico para investigar uma dor de ouvido. “Primeiro foi descoberta a amiloidose na orofaringe. Quando eu cheguei aqui no HUB, fizemos uma biópsia de medula e constaram também o mieloma múltiplo”, conta.
Câncer do sangue, o mieloma múltiplo atinge as células produtores de anticorpos. A doença é vista como incurável, mas o transplante de medula associado à quimioterapia pode melhorar a resposta ao tratamento e aumentar o tempo de vida do paciente.
O Hospital Universitário de Brasília (HUB/UnB) realizou o primeiro transplante de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal. A realização do procedimento inédito na rede pública do DF ocorreu em etapas, entre o fim de novembro e início de dezembro de 2023. O tipo de transplante feito foi o autólogo, quando as células doadas são retiradas do próprio paciente e transplantadas de volta.Saiba mais: noticias.unb.br
Foto: Comunicação Ebserh
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*Com informações da UnB notícias
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/
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