Os vírus da dengue são transmitidos aos seres humanos pela picada da fêmea do Aedes aegypti. - (crédito: Anjana Prasad)
A doença é causada por vírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O DF concentra mais de 95% dos casos prováveis registrados em todo o país na primeira semana de 2024
Infecção
Os vírus da dengue são transmitidos aos seres humanos pela picada da fêmea do Aedes aegypti, explica ao Correio Werciley Júnior, infectologista e coordenador de Infectologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. "O indivíduo deve ser picado pela 'mosquita' Aedes para contrair a doença. A evolução do quadro varia conforme a resposta imunológica da pessoa, de casos leves até casos graves".
Embora a picada do Aedes seja a principal forma de transmissão, a dengue pode ser transmitida de mãe para filho em caso de gravidez.
A doença não pode ser transmitida de uma pessoa para outra (exceto na gestação), mas pode acontecer em pessoas da mesma família, ressalta a infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia Melissa Falcão, ao Correio. "A presença de mosquitos infectados expõem a todos que vivem no mesmo ambiente ao risco".
Sintomas
Os principais sintomas são febre, dores nas articulações, manchas vermelhas pelo corpo, vômitos e diarreia. "A febre da dengue é chamada popularmente como 'febre quebra-ossos' devido às dores generalizadas que causam no corpo", diz Falcão.
A diferença dos sintomas da dengue e da chikungunya, também transmitida pelo Aedes aegypti, é que a dor muscular causada pela chikungunya costuma ser incapacitante, enquanto a da dengue, não.
Dengue grave (hemorrágica)
A dengue grave, antes conhecida como hemorrágica, é uma variação da doença em que o quadro do paciente pode evoluir rapidamente para óbito. "A dengue grave é definida pela presença de manifestações como choque (queda acentuada da pressão), dificuldade de respirar, sangramento e comprometimento grave dos órgãos", explica Falcão.
O nome da variação da doença foi alterado porque a dengue pode se agravar e matar mesmo sem hemorragias.
Os especialistas destacam que, quanto antes o paciente identificar os sintomas e procurar ajuda, existem mais chances de cura.
Prevenção
Para prevenir a doença, é necessário erradicar os criadouros do Aedes aegypti, que põe suas larvas em ambientes ao ar livre com água parada. Alguns cuidados recorrentes são essenciais para combater a reprodução do mosquito:
- A caixa d'água, as lixeiras e os ralos devem estar sempre bem tampados;
- Os pratos de suporte de plantas devem conter areia;
- As calhas devem estar limpas;
- As piscinas não usadas devem estar cobertas;
- Terrenos baldios não devem conter lixo e pneus abandonados.
O coordenador Werciley Júnior ressalta que, recentemente, mais um método de prevenção: a vacina. "A vacina foi incorporada ao Ministério da Saúde e têm previsão de chegada a partir de fevereiro. Esse imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de três meses, e garante boa proteção".
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/
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