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sexta-feira, 25 de março de 2022

Mendigo espancado por personal diz que “não fez nenhum mal”

Foto: Reprodução
Ele disse que de inicio negou os pedidos da mulher “para namorar”, porém acabou aceitando depois que ela o convidou a entrar no carro No dia 9 de março, em Planaltina (DF), o morador em situação de rua, Givaldo Alves, 48, foi espancado pelo personal trainer Eduardo Alves, 31, depois de ser flagrado tendo relações sexuais com a esposa do profissional. Givaldo diz não se arrepender de ter relações com a mulher, e afirmou que “não fez nenhum mal” para ser agredido. “Ele expôs a vida dele e a vida dela. Eu acho que ele pensou tudo errado, eu não fiz nenhum mal para ser agredido, agora, as mentiras têm que se calar. (…) Um inocente não pode pagar, eu já estou sofrendo demais”, defendeu Gilvaldo, que negou qualquer abuso. Ele condenou, também, a exposição do caso e disse que de inicio negou os pedidos da mulher “para namorar”, porém acabou aceitando depois que ela o convidou a entrar no carro. “Não posso me arrepender porque não posso voltar atrás, se eu pudesse eu não olharia para trás, para aquela voz doce e suave falando: ‘moço, moço, moço'”, declarou, referindo-se à abordagem da mulher antes de entrarem no veículo. Givaldo contou que iria se encontrar com amigos em uma praça, quando encontrou duas mulheres, uma delas com a Bíblia nas mãos. Depois de pedir para que elas orassem por ele, o homem continuou seu percurso até ser novamente abordado. “Eu estava andando por trás do estacionamento da rodoviária quando ouço vozes: ‘moço, moço, moço, ei, moço’. Mas a voz insistiu, quando eu olhei era uma moça lindíssima demais. Perguntei se era comigo, gesticulei, ela confirmou e pediu: ‘espera aí'”, afirmou ele em entrevista ao Metrópoles “A moça veio até mim e disse: ‘eu quero namorar com você’. Eu olhei pra ela disse: ‘moça, eu sou morador de rua, só tô bem vestido’. ‘Não, eu quero namorar com você’. Eu respondi: ‘moça, eu não tenho dinheiro. ‘Não quero dinheiro’, ela disse, ‘eu quero namorar com você'”, descreveu. Givaldo afirma que negou o pedido, alegando à mulher que não tinha dinheiro “nem para pagar um hotel”, no entanto, ela insistiu e propôs: “não pode ser no meu carro?”. “Então eu disse: ‘bom, agora você me calou’. Se você nunca calou um homem, você calou agora”. “Entramos no carro, começamos a conversar, mostrei a foto da minha filha, documentos meus, e depois de um tempo quando terminamos de conversar eu disse pra ela: ‘Se você me quer, me leve para algum lugar'”, disse ele, afirmando que desejava evitar a região da rodoviária, que é movimentada. O morador em situação de rua negou que a mulher tenha tentado interromper a relação e, apesar de não saber determinar, afirmou que os dois “demoraram um pouco” dentro do carro, até a chegada de Eduardo. “Do nada, uma mão deu um murro na janela da porta do motorista, o vidro estraçalhou, mas pela película não quebrou. Ela só deitou no outro banco, sem expressar reação. Recebi uma sessão de socos tão violenta, minha única alternativa foi sentar no banco e abrir a porta. A pessoa atravessou o carro, eu fiquei de pé e ele veio. Eu só vi mãos”, disse. Ainda de acordo com seu relato, nos primeiros momentos pensou que fosse uma armadilha, possivelmente uma vingança por ter ajudado outra mulher vítima de atropelamento. Ao notar que não se tratava disso, ele se preocupou apenas em deixar o local e procurar assistência médica. “Eu estava mais preocupado era se o cara quisesse fazer algum mal pra gente, mas quando vi que ele era incapaz de fazer mal a ela, eu pedi minha roupa”, justifica. “Eu nunca rolei no chão, eu saí pelado, de pé, eu fui agredido quando abri a porta e troquei socos, eu não considero agressão. Nós trocamos socos até que ele que parou, sem nenhuma palavra”. Dias depois do caso, Eduardo reconheceu, em entrevista ao Metrópoles, que havia “surtado” ao flagrar a mulher dentro do carro com Givaldo, entretanto, defendeu-se alegando que seu “único objetivo era de preservar a vida” da esposa, já que, segundo sua percepção, ela estaria sendo abusada durante um surto psicótico. Givaldo foi para a rua depois de tentar a vida em São Paulo O morador em situação de rua relatou que antes de chegar às ruas de Planaltina (DF), ele foi, em sua adolescência, morar em São Paulo. Lá, o baiano se casou e teve uma filha, a qual não tem contato. “Eu sou um morador de rua, mas não estou nessa situação obrigado. Tenho uma filha, vivi casado ‘de novinho’, sou o primeiro filho de 10 irmãos, sou baiano e cheguei em São Paulo, com 14, 15 anos. Conheci o que era trabalhar pesado, casei, tive uma filha aos 28 anos, e chegou um momento em que achei que estava atrapalhando a vida da minha mulher, uma pessoa maravilhosa, e decidi sair de casa, em Peruíbe”, afirmou. Givaldo chegou a retornar à Bahia para morar com familiares, porém não se acostumou. Desempregado, decidiu mudar-se para Goiânia, onde morava uma irmã, depois para Formosa de Goiás, até que finalmente acabou em Brasília. Fonte:https://jornaldebrasilia.com.br/

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