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quinta-feira, 19 de julho de 2012


Novo partido investe nas Assembleias para atrair políticos


Apenas um deputado federal confirmou ida para o PEN (Partido Ecológico Nacional), que deve filiar cerca de 30 deputados estaduais

Deputado Federal  Fernando Francischini

Nanico no Congresso e com presença forte em algumas Assembleias Legislativas. Assim nasce o Partido Ecológico Nacional (PEN), a 30.ª legenda do cenário político brasileiro. Depois de obter registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) há 30 dias, a sigla termina hoje a "caça" a políticos com mandato que desejam migrar e manter os cargos por serem considerados fundadores. ...

Com a menção ao ambientalismo no nome, o partido tem ainda ligação com lideranças evangélicas, principalmente da igreja Assembleia de Deus. Por ter sido criado somente neste ano, não poderá disputar as eleições municipais.

O PEN é o primeiro partido criado depois do sucesso obtido pelo PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Além de agregar mais de 50 deputados federais, a sigla de Kassab conseguiu na Justiça acesso ao fundo partidário e ao precioso horário eleitoral gratuito proporcional ao tamanho da bancada.

Para o novato, porém, o sucesso não foi tão expressivo. Até essa quarta-feira, 18, o deputado federal Fernando Francischini, do Paraná, foi o único a confirmar a ida para a nova legenda. Suplente, mas no exercício do mandato, João Caldas, de Alagoas, é outro aguardado. Ambos deixam o PSDB.

"É um trabalho muito grande criar um partido hoje com essas regras. Foram seis anos de trabalho e eu não sou prefeito de nenhuma cidade gigante. Se todos tivessem que passar por essa fase da coleta de assinaturas hoje, dos 30 partidos iam sobrar só uns 10", diz o ex-deputado estadual em São Paulo Adílson Barroso, presidente nacional do PEN.

Marina. Ele conta que chegou a ter 12 deputados federais "comprometidos" com o novo partido, mas que a pressão das legendas rivais esvaziou a bancada. Barroso diz que, após passar a fase da busca de políticos com mandato, vai procurar a candidata derrotada à Presidência Marina Silva. Ex-ministra do Meio Ambiente, ela deixou o PV no ano passado.

Entre os nomes que foram especulados nos últimos dias como possíveis filiados estão Romário (PSB-RJ) e Jaqueline Roriz (PMN-DF), que no ano passado escapou de processo de cassação. Barroso não revela os nomes, mas diz que recusou a filiação de alguns parlamentares.

Se no cenário federal a força é pequena, o partido será peça importante do jogo político em pelo menos três unidades da federação. No Acre e na Paraíba, o PEN passa a ter a maior bancada e filiou os presidentes das Assembleias Legislativas, Elson Santiago e Ricardo Marcelo. No Distrito Federal, o secretário de Justiça, Alírio Neto, comandou a montagem do partido que chegou a quatro deputados distritais, menor apenas do que a bancada do PT do governador Agnelo Queiroz. A expectativa da nova legenda é filiar cerca de 30 deputados estaduais.

Sem radicalismo. Apesar de o nome sugerir um partido ambientalista, Barroso descarta "radicalismos". Aliás, Francischini ficou ao lado dos ruralistas na votação do novo Código Florestal. Sobre ser governo ou oposição, Barroso diz que isso ainda será definido e faz elogios tanto à presidente Dilma Rousseff quanto ao governador Geraldo Alckmin (SP).

Fonte: Estadão - 19/07/2012

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