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sábado, 25 de novembro de 2023

Preso por matar namorada e simular engasgo com carne é encontrado morto em cela

 

Mulher deixou um filho pequeno - (crédito: Redes sociais)

Acusado de assassinar a namorada, Elaine Vieira de Jesus Dias, por esganadura, Marcus Renato de Sousa da Silveira, estava detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda. A suspeita é de suicídio


Preso acusado de assassinar a namorada por esganadura, Marcus Renato de Sousa da Silveira, 44 anos, foi encontrado morto dentro da cela do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda, nesta sexta-feira (24/11). O técnico de informática estava detido desde julho ao ser indiciado pelo feminicídio de Elaine Vieira de Jesus Dias, 35. À época, ele alegou à polícia que a vítima havia falecido depois de se engasgar com um pedaço de carne.

A principal hipótese é de que Marcus tenha tirado a própria vida, segundo informou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) ao Correio. No entanto, apenas a perícia poderá afirmar.

Elaine morreu na madrugada de 22 de março, dentro da casa de Marcus, em Samambaia. O casal estava junto havia nove meses, mas a relação era regada de brigas, segundo relataram testemunhas. No primeiro depoimento prestado à polícia, o técnico afirmou que havia discutido com a mulher cinco dias antes, em 18 de março, e Elaine decidiu sair de casa. No dia 22, a mulher teria postado uma foto nas redes sociais em um bar, o que teria incomodado o companheiro.

Marcus passou a ligar para Elaine de forma insistente, até que uma das ligações foi atendida por um amigo da universitária. Pelo telefone, o colega de Elaine afirmou que estava tudo bem e Marcus exigiu que a chamada fosse de vídeo. Pela câmera, o agressor viu que a namorada estava deitada e embrulhada em uma coberta. Tomado pelo sentimento de posse, ele pediu que Elaine voltasse para casa.

Noite do crime

Elaine saiu do Sudoeste, onde mora o amigo, com destino à casa de Marcus. Ela chegou em um carro de transporte por aplicativo. Na noite de 22 de março, o casal discutiu. Apesar de Marcus afirmar que a conversa teria ocorrido de forma amistosa, depoimentos cruciais colhidos ao longo da investigação desmentem a versão do feminicida.

Em depoimento, Marcus contou que, naquela noite, Elaine chegou embriagada, se arrastando pelo chão e caiu por três vezes no portão. Disse ainda que os dois conversaram e ele saiu para limpar a área, enquanto Elaine pegou um prato com comida e foi para o quarto comer. Ainda de acordo com o acusado, ela derrubou o prato e desfaleceu ao se engasgar com um pedaço de carne.

Com base nas oitivas, a polícia descobriu que houve um intenso conflito entre Elaine e Marcus na madrugada em que ela sofreu a parada cardiorrespiratória. Uma vizinha ouvida pelos investigadores relatou que foi uma “baixaria só”, ainda acrescentando ter escutado muitos gritos de uma voz fina.

Marcus foi o responsável por acionar o socorro. Uma das profissionais de saúde que foi até o local disse ter encontrado o portão fechado e as equipes precisaram tocar a sirene e bater na porta por diversas vezes. O homem só apareceu depois de cinco minutos. Os socorristas detalham, ainda, ter encontrado um cenário “esquisito”. O único pedaço de carne visto pela equipe foi uma enorme fatia de bife que, segundo os profissionais, seria impossível de ser engolida por qualquer pessoa.

A hipótese de engasgo por alimento foi descartada por médicos. Com base no depoimento de uma médica, seria improvável que a vítima tenha se engasgado, pois não há elementos indicativos para essa ocorrência, uma vez que não foi observado nenhum resto alimentar na via aérea durante a intubação.

O laudo de exame cadavérico concluiu que o óbito de Elaine se deu por asfixia de origem não determinada. Contudo, a presença de inúmeras lesões na região cervical indica esganadura. O delegado Marcos Miranda, da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), que coordenou a investigação na época, explicou que elementos coletados após a prisão do suspeito vieram a reforçar o crime de feminicídio por esganadura. “As testemunhas ouvidas durante a investigação fizeram cair por terra a narrativa de engasgo criada por Marcus Renato.”

Fonte:  https://www.correiobraziliense.com.br/

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