sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
Caiado aposta em recordes na abertura da colheita de soja
A soja é o principal produto da safra do Estado, conforme levantamento da Conab. O Estado deve se manter como o quarto maior produtor de soja do País, atrás apenas de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná
"Queremos 30 milhões de toneladas", afirma. Na safra 2021/2022, produção em Goiás deve crescer 4,6% e, área plantada, 7,9%, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com 14,3 milhões de toneladas, Estado permanece como quarto maior produtor do grão no País
O governador Ronaldo Caiado participou, nesta quinta-feira (3), da abertura estadual da colheita de soja – safra 2021/22, realizada no Espaço Conquista, em Catalão, no Sudeste do Estado. “Vamos arregaçar as mangas, pois queremos chegar a 30 milhões de toneladas de grãos. Tenham a convicção de que nós teremos a maior safra”, projetou o governador durante o evento.
A expectativa, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de aumento de 4,6% da produção, em Goiás, na safra 2021/2022, com mais de 14,3 milhões de toneladas, e crescimento de 7,9% na área plantada, com quase 4 milhões de hectares.
O compromisso em Catalão é iniciativa é da Associação dos Produtores de Soja, Milho e Outros Grãos Agrícolas do Estado de Goiás (Aprosoja-GO) e do Sindicato Rural do município, em parceria com o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e com o Sistema da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O titular da Seapa, Tiago Freitas de Mendonça, destacou a importância do evento por mostrar a “pujança” da região. Ele exaltou a recriação da pasta na gestão Caiado, o que proporcionou a implantação de “políticas importantes e necessárias para que o setor agropecuário possa se desenvolver, possa crescer”. “E é isso que o nosso governador tem feito na sua administração, com liberdade para que nós possamos produzir cada dia mais e gerar cada dia mais empregos”, assinalou.
Durante o evento, o governador ressaltou que não tem poupado esforços para impulsionar o segmento – citou como exemplos a entrega de maquinários e a abertura de estradas, em parceria com os prefeitos. Discorreu, ainda, sobre o impulso advindo com a futura chegada das ferrovias Norte-Sul, de Santos até Itaqui, e da Integração do Centro-Oeste, que trará o desenvolvimento ao Vale do Araguaia e ao Norte goiano. “São ações do governo federal que apoiamos”, frisou Caiado.
Defensor do agronegócio ao longo de toda sua trajetória política, o governador recordou os desafios e, também, as conquistas acumuladas. “Há 36 anos, poucos homens tinham a coragem de defender o produtor rural. O homem do campo, comparado a um ‘Sinhôzinho Malta’ da vida, era desenhado como um homem que não tinha visão social, que não se preocupava com os mais humildes. Aquele era nosso enfrentamento dentro do Congresso”, relembrou.
“Vou ser imodesto: fui o primeiro a levantar a bandeira neste País e caminhar, de peito aberto no território nacional, defendendo o produtor rural nessa nação”, ressaltou. “Goiás foi o precursor; nós tivemos coragem de defender o direito de propriedade do produtor rural”, emendou o governador.
Catalão
Com área plantada de 113 mil hectares, o município é o sexto maior produtor do Estado. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 1.589 produtores de soja em Catalão e região. Em 2020, 440,7 mil toneladas do grão foram cultivadas no município.
Catalão é, também, a 8ª cidade mais rica do agronegócio em Goiás e ocupa a 83ª posição no ranking nacional. “Catalão não é só uma das mais importantes cidades do interior de Goiás, mas do Brasil”, afirmou o prefeito, Adib Elias, que destacou a performance na pecuária e no setor mineral (mais de 200 anos de produção de fosfato), além da localização privilegiada. “Catalão não vive de uma economia só”.
Nos últimos 20 anos, houve crescimento de 135% na área de soja catalana, o que transformou a realidade produtiva da região, permitindo também a intensificação e agregação de valor às demais atividades agropecuárias locais. Nesta safra 2021/2022, a expectativa é de que o município colha mais de 415 mil toneladas da oleaginosa.
Os representantes da bancada federal de Goiás reconheceram Caiado pelo apoio que tem dado à classe, a qual foram unânimes em exaltar. “Faz a riqueza do Brasil”, apontou Delegado Waldir. “Faça sol ou chuva, os senhores estão no campo, produzindo os alimentos para o povo brasileiro e para exportação”, disse José Nelto. Já o major Vitor Hugo chamou-os de “herois”, por não pararem durante a pandemia de Covid-19. “Garantiram alimento de qualidade e que a economia continuasse rodando”, pontuou.
Fartura
A soja é o principal produto da safra do Estado, conforme levantamento da Conab. O Estado deve se manter como o quarto maior produtor de soja do País, atrás apenas de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná.
O complexo soja também foi responsável por 59,8% das exportações do agro, no Estado, em 2021, somando US$ 4,28 bilhões. Ao todo, o agronegócio foi responsável por 77,1% das exportações de Goiás em 2021, com US$ 7,2 bilhões em vendas externas.
“Vamos bater recorde de colheita. Isso é muito importante porque mostra a capacidade, comprometimento e dedicação que nossos produtores têm”, exaltou Dirceu Borges, superintendente do Senar Goiás, representando o presidente da entidade, José Mário Schreiner. “Nós temos que ser copiados, porque temos a melhor qualidade de produção e ambiente sustentável do mundo”, destacou Bartolomeu Braz Pereira, vice-presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA).
Joel Ragagnin, da Aprosoja Goiás, disse que o grande desafio é promover a união dos produtores junto às entidades representativas e, neste sentido, exaltou o diálogo profícuo com o governo, “para que juntos possamos construir o fortalecimento do setor produtivo”. “Caiado sempre esteve atento ao agronegócio”, completou.
Já o presidente do Sindicato Rural de Catalão, Renato Ribeiro, afirmou que Caiado tem feito muito pelo Estado. “Mas cito apenas uma ação: toda a segurança que tem garantido, principalmente para o agro, que a gente não tinha há muito tempo no campo”.
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