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segunda-feira, 23 de março de 2015

Um modelo de solução,Senador Canedo sai de um lixão para um moderno sistema de tratamento de resíduos sólidos

Senador Canedo sai de um lixão para um moderno sistema de tratamento de resíduos sólidos com licenciamento ambiental até 2020 e se torna modelo para a Região Metropolitana

Engenheiro Jarbas Scaff explica a operação do dreno de gás e a lagoa de chorume: modelo de operação(Fotos: Ruber couto)

A cidade de Senador Canedo tem um diferencial importante na qualidade de serviços públicos em relação a outros municípios da Região Metropolitana: seu aterro sanitário é o primeiro com licenciamento ambiental. A implantação do aterro sucedeu a um vergonhoso lixão que, por muitos anos, serviu somente de depósito dos rejeitos da população canedense.
Planejado, ainda na gestão do prefeito Vanderlan Cardoso, para ser modelo e implantado já na administração de Misael Pereira o aterro é um dos melhores exemplos de manejo adequado que protege o meio ambiente e dá a destinação adequada para os rejeitos sólidos. Em pouco mais de seis meses após entrar em funcionamento a operação adequada garantiu que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos concedesse a licença ambiental e fosse citada como modelo para outros municípios.
“O diferencial aqui é a utilização de modernas práticas para compostagem dos resíduos e medidas acessórias que garantem a perenização do aterro por muitos anos. Essas práticas adequadas reduzem o custo operacional e aumentam a vida útil do complexo”, explica o engenheiro ambiental Jarbas Scaff, gerente operacional do aterro.
Ele conta que essas técnicas vêm sendo aprimoradas há décadas e se firmaram com os melhores manejos testados e aprovados para tratar a destinação final de resíduos sólidos. Um dos destaques desse manejo é a larga utilização de drenos para gás e chorume, que garantem a estabilidade do aterro.
Os drenos fazem escapar o gás que emana da decomposição dos resíduos e leva o chorume para lagoas de decantação. Essas lagoas são totalmente impermeabilizadas para não correr o perigo do chorume escapar para o ambiente e contaminar lençol freático ou cursos d’água, como ocorreu no aterro de Goiânia há alguns anos e o chorume escorreu para o Córrego Caveirinha.
Além disso, completa o engenheiro Jarbas, é feito um monitoramento periódico do lençol freático em poços de coleta de amostras para aferir a garantia de que nada contaminou o ambiente e são conferidas constantemente as águas superficiais nas proximidades do aterro para terem certeza de que o serviço está atendendo às exigências. “Isto é o melhor elogio que podemos receber, porque se alguma coisa estiver errada simplesmente podemos ter nossa licença de operação suspensa ou cassada”, comenta.
Autoclave utilizada para tratamento de lixo hospitalar
Autoclave utilizada para tratamento de lixo hospitalar


Classificação
No Estado de São Paulo, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), atribui notas para aterros sanitários afim de atestar a qualidade do serviço desenvolvido. O aterro de Indaiatuba é citado como modelo e há quase uma década sua nota média é de 9,8 no Índice de Qualidade de Resíduos (IQR) com um máximo de 10. “Esse aterro é o sonho de qualquer prefeito ter em sua cidade, porque é econômico e eficiente, além de ser ecologicamente próximo da perfeição”, frisa Jarbas.
A Prefeitura de Senador Canedo precisava acelerar a entrada em operação do aterro sanitário, mas tinha dificuldades para contratar. A solução foi um contrato emergencial para dar uma solução que atendesse às exigências ambientais e parasse de simplesmente jogar os resíduos no lixão. Mesmo sendo um contrato emergencial houve um acompanhamento do Ministério Público para atestar a lisura no processo. Em seguida, foi possível fazer uma licitação que rendeu o contrato definitivo. Além do lixo domiciliar, a prefeitura recolhe e trata também de forma definitiva o lixo hospitalar, submetendo tudo o que é recolhido em clínicas e hospitais a uma autoclave, que esteriliza o produto e o prepara para ser descartado.
Hoje, o aterro de Senador Canedo é visitado por gestores de outros municípios para que buscam saber como fazer em suas cidades e entrar na era da modernidade previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que decretou o fim dos lixões.
Jarbas explica que o manejo adequado garante aumento da vida útil do aterro
Jarbas explica que o manejo adequado garante aumento da vida útil do aterro

Por   and/ Diário da Manhã

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