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sexta-feira, 4 de março de 2022

Vendedora que teve necrose após plástica relata que já passou por 5 cirurgias e segue sem previsão de alta

Foto: Reprodução
De acordo com a paciente, cinco cirurgias já foram realizadas para melhorar a situação, e mais uma está agendada para esta sexta-feira, 4 Após fazer uma cirurgia plástica, a vendedora Kelly Cristina Gomes da Costa, de 29 anos, está há quase 30 dias internada depois de ficar com parte da pele necrosada. O caso aconteceu em Goiânia, Goiás. De acordo com ela, cinco cirurgias já foram realizadas para melhorar a situação, e mais uma está agendada para esta sexta-feira, 4. “Está melhorando, mas os médicos dizem que vai mais ou menos um ano de tratamentos ainda. […] Deus tem me dando força, mas ficar tanto tempo em hospital e sentindo dor é de enlouquecer”, relatou ao g1. Lorena Duarte Rosique, médica que operou a vendedora, está proibida temporariamente de atuar na área. A decisão é do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Segundo o órgão, ela segue “sob interdição cautelar total”. Em nota, a defesa de Lorena já havia esclarecido que a paciente estava ciente do risco de necrose da pele em decorrência da cirurgia, quis realizar a plástica mesmo assim. O comunicado diz também que a médica orientou vinte sessões de câmara hiperbárica, além de outros tratamentos, recomendações que a paciente não teria seguido. O texto finaliza dizendo que ela “se defenderá veementemente de pré-julgamentos, denúncias infundadas e de tentativas de macular sua honra”. O Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) informou nesta quarta-feira, 2, que a paciente está em “estado de saúde regular, consciente e respirando espontaneamente”. Procedimentos e recuperação Segundo Kelly, as cirurgias realizadas desde que foi internada no dia 4 de fevereiro, foram para a retirada da pele que necrosou. Ela também está usando um curativo a vácuo na barriga, e tem feito sessões diárias de fisioterapia. “Os médicos disseram que é para a pele não cicatrizar esticada e eu acabar ficando corcunda. Para eu não ter dificuldade para andar”, explicou. A operação que irá realizar nesta sexta, segundo ela, deve ser para enxertar tecido nos locais das cicatrizes. Kelly disse que, atualmente, esta é a sua principal preocupação. “Agora é rezar para que o enxerto pegue, porque ainda pode ser que não pegue. Os médicos falam que é uma das etapas finais, mas ainda não sabem quando vou sair. Tudo depende do resultado dessa cirurgia”, afirmou. Operação e consequências Foi no dia 19 de janeiro que Kelly realizou o sonho da cirurgia plástica na barriga e nos seios. “Eu mandava áudio para ela chorando: ‘Doutora está queimando, estou com muita dor’. Ela aumentava os remédios, mas não adiantava”, disse. De acordo com a paciente, ela nunca perdeu o contato com a médica, que ela sempre a atendeu e que chegou a acompanhá-la em um pronto socorro às pressas, quando sentiu falta de ar. No dia 4 de fevereiro, após sentir muita dor, Kelly foi ao Hugol, onde já havia ficado internada e passou por um procedimento cirúrgico de urgência. Segundo ela, os médicos ficaram assustados com a gravidade dos ferimentos. Investigação Foi a mãe de Kelly que denunciou a situação para a Polícia Civil. O registro foi feito como lesão corporal culposa, ou seja, sem a intenção médica de causar mal à paciente. Testemunhas e a vendedora foram ouvidas e relataram como foi tanto o procedimento cirúrgico quanto os dias após a realização deste. Defesa da médica Lorena Rosique Com relação à reportagem sobre Kelly Cristina Gomes Costa, a defesa da médica Lorena Duarte Rosique esclarece o que se segue: Já foram enviados documentos para a redação do respeitável veículo de imprensa entre os quais o Termo de Consentimento assinado por Kelly em que foi informado “que a lipoaspiração pode, mesmo com todos os cuidados, levar a sofrimento de pele (necrose) com formação de feridas, sejam focais (menores) ou mais extensas (…) de solução demorada e com formação de cicatrizes (…) não está descartada a colaboração eventual de outros profissionais para o adequado tratamento”. Ainda que a paciente “deverá fazer retornos (…) com zelo e atenção a todas orientações e cuidados do pós-operatório”. No caso, a médica deu toda a assistência à paciente, e especificamente prescreveu medicações orais, tópicas e oxigenoterapia hiperbárica por 20 (vinte) dias seguidos, com toda orientação e auxílio para a realização do tratamento. Cumpre esclarecer que a oxigenoterapia hiperbárica consiste em terapia em que a paciente respira oxigênio puro com pressão maior, o que aumenta muito a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue, combatendo infecções, compensando deficiência de oxigênio em entupimentos ou destruição de vasos sanguíneos, ativando células e ajudando na cicatrização. Contudo, apesar de receitado e insistido, conforme documentado pelo consultório da médica, a paciente Kelly fez apenas 5 (cinco) sessões espaçadas, não se sabe o motivo, se por não poder ou não querer. Tudo será esclarecido a seu tempo perante a Justiça e a médica se compadece com o drama pelo qual passa a paciente, ao mesmo tempo em que se defenderá veementemente de pré-julgamentos, denúncias infundadas e de tentativas, seja de quem for, de macular sua honra, dispendiosa e longa formação médica, zelo e competência profissional. Marina Toth Octavio Orzari Advogados Fonte:https://jornaldebrasilia.com.br/

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