Saúde
Ação contra o HPV nas escolas
Começou a campanha de vacinação que pretende imunizar 64 mil meninas de 11 a 13 anos em estabelecimentos de ensino públicos e particulares do DF. As garotas terão que tomar a primeira dose até 26 de abril e as outras duas ao longo do ano letivo
Ludmilla Queiroz, de 11 anos, sob o olhar atento da mãe, a dona de casa Iciélia Queiroz |
O primeiro dia de vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV) em meninas de 11 a 13 anos no DF ocorreu tranquilamente. O objetivo é imunizar, em três doses, 64 mil garotas em estabelecimentos de ensino. As 192 mil injeções custaram R$ 73 cada uma, enquanto o tratamento em clínicas particulares fica em R$ 800.
O programa gratuito trabalha com a expectativa de reduzir — em 70% a longo prazo — os casos de câncer de colo do útero, causado principalmente pelo HPV. Atualmente, cerca de 90 mulheres morrem todo ano no DF por causa da doença, e mais de 3,6 mil apresentam lesões que podem levar ao câncer. ...
Em São Sebastião, 200 garotas receberam a primeira dose da vacina e, até sexta-feira, serão imunizadas 2.150. Enfileiradas na porta da biblioteca da Escola Classe São José, as garotas trocavam sorrisos nervosos.
O programa gratuito trabalha com a expectativa de reduzir — em 70% a longo prazo — os casos de câncer de colo do útero, causado principalmente pelo HPV. Atualmente, cerca de 90 mulheres morrem todo ano no DF por causa da doença, e mais de 3,6 mil apresentam lesões que podem levar ao câncer. ...
Em São Sebastião, 200 garotas receberam a primeira dose da vacina e, até sexta-feira, serão imunizadas 2.150. Enfileiradas na porta da biblioteca da Escola Classe São José, as garotas trocavam sorrisos nervosos.
Beatriz de Almeida Nunes, que pesquisou sobre o assunto, preferiu não olhar a seringa |
Quando recebeu a primeira dose, Beatriz de Almeida Nunes, de 12 anos, admite que sentiu um pouco de dor. Ao saber da campanha, procurou entender o que lhe estava sendo oferecido. “Não sabia para o que era e nunca havia ouvido falar disso na escola. Pesquisei e quis participar. Minha mãe não queria que eu tomasse e eu tive que explicar para convencê-la”, lembra a garota.
O caso da mãe de Beatriz foi raro entre os pais da escola de São Sebastião, de acordo com o coordenador regional de saúde da cidade, o médico Marcus Costa. Os colégios fizeram reuniões com os responsáveis para explicar o que era o HPV e, principalmente, esclarecer que essa vacina não livra as meninas de outras doenças sexualmente transmissíveis. “Os pais só lamentaram que na geração deles não tivesse essa vacinação. É um tratamento caro, eles gostaram muito da iniciativa. Essas jovens precisam se preparar melhor para iniciar a vida sexual”, alertou.
Preocupada com a possibilidade de a filha não poder tomar a vacina, a dona de casa Iciélia Queiroz, de 28 anos, se encaminhou até a escola para poder falar com a equipe de enfermagem que estava aplicando as doses. Ludmilla Queiroz, de 11 anos, havia feito exame de sangue na manhã de ontem, e a mãe dela queria saber se ela ainda poderia usufruir do benefício. A menina recebeu a dose sem qualquer problema. “Essa doença nem sempre tem cura. É ótimo, porque elas ficam mais por dentro do que pode acontecer no mundo delas, já que estão virando adolescentes”, afirmou Iciélia.
Aline Moura, de 13 anos, mal teve escolha quando levou o documento de permissão para casa. “Minha mãe me disse que se eu não tomasse agora, teria que pagar depois”, lembrou. Depois da dor da injeção, veio o alívio: “Para prevenir uma doença dessas, é melhor tomar”.
A primeira dose da vacina será aplicada até 26 de abril em todas as meninas que tiverem a autorização dos pais. A previsão para a segunda injeção é de 3 a 28 de junho, e a terceira, de 30 de setembro a 1º de novembro. A partir de 2014, apenas meninas de 11 anos terão o direito à imunização.
O caso da mãe de Beatriz foi raro entre os pais da escola de São Sebastião, de acordo com o coordenador regional de saúde da cidade, o médico Marcus Costa. Os colégios fizeram reuniões com os responsáveis para explicar o que era o HPV e, principalmente, esclarecer que essa vacina não livra as meninas de outras doenças sexualmente transmissíveis. “Os pais só lamentaram que na geração deles não tivesse essa vacinação. É um tratamento caro, eles gostaram muito da iniciativa. Essas jovens precisam se preparar melhor para iniciar a vida sexual”, alertou.
Preocupada com a possibilidade de a filha não poder tomar a vacina, a dona de casa Iciélia Queiroz, de 28 anos, se encaminhou até a escola para poder falar com a equipe de enfermagem que estava aplicando as doses. Ludmilla Queiroz, de 11 anos, havia feito exame de sangue na manhã de ontem, e a mãe dela queria saber se ela ainda poderia usufruir do benefício. A menina recebeu a dose sem qualquer problema. “Essa doença nem sempre tem cura. É ótimo, porque elas ficam mais por dentro do que pode acontecer no mundo delas, já que estão virando adolescentes”, afirmou Iciélia.
Aline Moura, de 13 anos, mal teve escolha quando levou o documento de permissão para casa. “Minha mãe me disse que se eu não tomasse agora, teria que pagar depois”, lembrou. Depois da dor da injeção, veio o alívio: “Para prevenir uma doença dessas, é melhor tomar”.
A primeira dose da vacina será aplicada até 26 de abril em todas as meninas que tiverem a autorização dos pais. A previsão para a segunda injeção é de 3 a 28 de junho, e a terceira, de 30 de setembro a 1º de novembro. A partir de 2014, apenas meninas de 11 anos terão o direito à imunização.
Por Clara Campoli
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