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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Não há tema proibido com Feliciano, diz Campos!

Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos diz que Feliciano é garantia de que assuntos polêmicos não irão parar “na gaveta”

POR EDUARDO MILITÃO

Foto: Reportagem exclusiva ao site Congresso em Foco.

Não há tema proibido com Feliciano, diz Campos!

Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos diz que Feliciano é garantia de que assuntos polêmicos não irão parar “na gaveta”

"Manifestações de parte do PT traduzem um certo preconceito", diz líder da bancada evangélica na Câmara
Autor de frases polêmicas que levaram a acusações de discriminação a homossexuais e de ações consideradas autoritárias, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) ainda não pôde mostrar se realmente irá barrar projetos espinhosos que tramitam na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Mas, para o líder da bancada evangélica na Casa, João Campos (PSDB-GO), Feliciano é o primeiro nome desde a fundação da comissão que poderá decidir sobre uma pauta ampla que envolve a discussão de direitos humanos e de minorias “em todas as suas facetas”. De acordo com ele, não haverá assunto proibido ou tabu na comissão. Nesta quarta-feira (10), Feliciano preside mais uma reunião da comissão. Desta vez, com portas abertas ao público, inclusive os militantes homossexuais, seus principais adversários.
“Nesses 16 anos em que a comissão foi sempre dirigida pelo pessoal de esquerda e pelo PT, vários assuntos da conveniência deles não foram para a pauta. Nesse tempo não houve nenhuma ação da comissão em relação a ciganos, por exemplo”, criticou Campos, em entrevistaexclusiva ao Congresso em Foco na tarde de terça-feira (9).
Nada será engavetado, garantiu. “O Marco Feliciano é a garantia que nós temos de que a comissão agora não vai levar temas para a gaveta. Ele vai ter uma postura de magistrado em que o tema que se identifica com ele vai para a pauta. O tema que não se identifica com ele também irá para a pauta. Ele não será um presidente gazeteiro. Isso me parece que é um ganho para a Casa e para a sociedade.” As ideias de Campos ecoam as de outros deputados evangélicos na Câmara, que defendem discutir as propostas dos homossexuais e levá-las a voto, a fim de derrotá-los no plenário.
Para o parlamentar, as críticas feitas a Feliciano por ativistas de movimentos ligados aos direitos humanos tentam apenas “carimbá-lo” como intolerante. Para Campos, os ativistas é que demonstram ser intolerantes em relação aos religiosos ou aos que têm outros pontos de vista. “Essas manifestações de ativistas e de parte da bancada do PT traduzem um certo preconceito, uma certa intolerância com os religiosos do país. Agora, é bom que a gente entenda que a Casa e a Comissão representam isso também. Isso é a cara do Brasil. É um país plural, o Brasil traz na sua origem toda uma miscigenação de índios, negros, holandeses, daí por diante”.
O presidente da frente parlamentar evangélica entende que os militantes homossexuais tentam criticar toda a população. “Lamentavelmente, os ativistas estão tentando carimbar a sociedade brasileira como intolerante, preconceituosa, mas não vão conseguir. Evidentemente tem situações de preconceito, mas não é uma característica da sociedade e muito menos de um segmento evangélico”, afirmou Campos.
O líder da frente parlamentar disse discordar, do ponto de vista teológico, de Feliciano, quando afirma que os africanos foram amaldiçoados por um descendente de Noé. Mas nega que o deputado seja racista porque suas atitudes mostrariam seu respeito e convivência com os negros. Entretanto, Campos acredita que Feliciano, que ontem mesmo foi advertido por líderes partidários a parar de provocar polêmicas, vai ser mais cuidadoso daqui pra frente. “Claro que, com a maturidade que ele adquiriu, jamais falaria aquilo hoje em dia.”
Campos diz que essa acusação de racismo foi feita para disfarçar o verdadeiro motivo da disputa na Comissão de Direitos Humanos: as posições de evangélicos a parte da agenda homossexual. “Como os ativistas e o PT não quiseram colocar isso na mesa para mostrar que esse é o pano de fundo, então eles o carimbam de racista”, acusou Campos.
Mensalão e ditador
Ontem, Feliciano afirmou mais uma vez, que não irá renunciar ao cargo. Ele foi convocado para participar de uma reunião com líderes partidários que queriam tentar convencê-lo a deixar o posto. Chegou a cogitar que deixaria o cargo só se dois deputados do PT condenados à cadeia pelo mensalão – João Paulo Cunha e José Genoino – deixassem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Após a reunião, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), favorável a sua saída, afirmou que não há nada mais que os deputados possam fazer para tirá-lo do posto e afirmou que seria “um ditador” se tentasse destituir Feliciano.
Para João Campos, quem defende a saída de Feliciano da comissão tenta impor um “pensamento único” e deixa de agir de maneira tolerante como os evangélicos agiram durante outras gestões na CDH nos últimos 16 anos, quando o colegiado foi “um gueto da esquerda”. “Soubemos tolerar, quando foi preciso. Nós fizemos o contraditório, o debate. Nunca assumimos postura de intolerância. Por que agora, quando um deputado tido como conservador, assume a comissão tem que ter essa reação toda dos ativistas? Ora, isso foge ao espírito democrático”, disse.
Aberta
Na tarde de hoje, Feliciano presidirá a reunião da comissão. Na pauta, estão requerimentos para audiências públicas sobre direitos de índios e para esclarecimentos sobre uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes no Acre. Também podem ser votados projetos de lei que tratam da criação do Estatuto do Índio e que estabelecem diretrizes para as políticas públicas de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais.
Ao contrário do que foi decidido na semana passada, a reunião será aberta à presença do público. A decisão foi tomada após o presidente da Câmara, Henrique Alves, afirmar que a medida anterior era antirregimental. Feliciano então, recuou e decidiu reabrir a sessão. Ele havia proposto o seu fechamento devido às manifestações que têm ocorrido nos dias de reunião da comissão.
Delegado e pastor
Nascido em Peixe (TO), João Campos tem 50 anos e está em seu terceiro mandato de deputado federal. Além da militância evangélica, atua na área de segurança pública. É delegado da Polícia Civil de Goiás e chegou a ser vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil. Desde 1996, é pastor auxiliar na Assembleia de Deus.
POR EDUARDO MILITÃO | 10/04/2013 07:10

"Manifestações de parte do PT traduzem um certo preconceito", diz líder da bancada evangélica na Câmara
Autor de frases polêmicas que levaram a acusações de discriminação a homossexuais e de ações consideradas autoritárias, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) ainda não pôde mostrar se realmente irá barrar projetos espinhosos que tramitam na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Mas, para o líder da bancada evangélica na Casa, João Campos (PSDB-GO), Feliciano é o primeiro nome desde a fundação da comissão que poderá decidir sobre uma pauta ampla que envolve a discussão de direitos humanos e de minorias “em todas as suas facetas”. De acordo com ele, não haverá assunto proibido ou tabu na comissão. Nesta quarta-feira (10), Feliciano preside mais uma reunião da comissão. Desta vez, com portas abertas ao público, inclusive os militantes homossexuais, seus principais adversários.
“Nesses 16 anos em que a comissão foi sempre dirigida pelo pessoal de esquerda e pelo PT, vários assuntos da conveniência deles não foram para a pauta. Nesse tempo não houve nenhuma ação da comissão em relação a ciganos, por exemplo”, criticou Campos, em entrevistaexclusiva ao Congresso em Foco na tarde de terça-feira (9).
Nada será engavetado, garantiu. “O Marco Feliciano é a garantia que nós temos de que a comissão agora não vai levar temas para a gaveta. Ele vai ter uma postura de magistrado em que o tema que se identifica com ele vai para a pauta. O tema que não se identifica com ele também irá para a pauta. Ele não será um presidente gazeteiro. Isso me parece que é um ganho para a Casa e para a sociedade.” As ideias de Campos ecoam as de outros deputados evangélicos na Câmara, que defendem discutir as propostas dos homossexuais e levá-las a voto, a fim de derrotá-los no plenário.
Para o parlamentar, as críticas feitas a Feliciano por ativistas de movimentos ligados aos direitos humanos tentam apenas “carimbá-lo” como intolerante. Para Campos, os ativistas é que demonstram ser intolerantes em relação aos religiosos ou aos que têm outros pontos de vista. “Essas manifestações de ativistas e de parte da bancada do PT traduzem um certo preconceito, uma certa intolerância com os religiosos do país. Agora, é bom que a gente entenda que a Casa e a Comissão representam isso também. Isso é a cara do Brasil. É um país plural, o Brasil traz na sua origem toda uma miscigenação de índios, negros, holandeses, daí por diante”.
O presidente da frente parlamentar evangélica entende que os militantes homossexuais tentam criticar toda a população. “Lamentavelmente, os ativistas estão tentando carimbar a sociedade brasileira como intolerante, preconceituosa, mas não vão conseguir. Evidentemente tem situações de preconceito, mas não é uma característica da sociedade e muito menos de um segmento evangélico”, afirmou Campos.
O líder da frente parlamentar disse discordar, do ponto de vista teológico, de Feliciano, quando afirma que os africanos foram amaldiçoados por um descendente de Noé. Mas nega que o deputado seja racista porque suas atitudes mostrariam seu respeito e convivência com os negros. Entretanto, Campos acredita que Feliciano, que ontem mesmo foi advertido por líderes partidários a parar de provocar polêmicas, vai ser mais cuidadoso daqui pra frente. “Claro que, com a maturidade que ele adquiriu, jamais falaria aquilo hoje em dia.”
Campos diz que essa acusação de racismo foi feita para disfarçar o verdadeiro motivo da disputa na Comissão de Direitos Humanos: as posições de evangélicos a parte da agenda homossexual. “Como os ativistas e o PT não quiseram colocar isso na mesa para mostrar que esse é o pano de fundo, então eles o carimbam de racista”, acusou Campos.
Mensalão e ditador
Ontem, Feliciano afirmou mais uma vez, que não irá renunciar ao cargo. Ele foi convocado para participar de uma reunião com líderes partidários que queriam tentar convencê-lo a deixar o posto. Chegou a cogitar que deixaria o cargo só se dois deputados do PT condenados à cadeia pelo mensalão – João Paulo Cunha e José Genoino – deixassem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Após a reunião, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), favorável a sua saída, afirmou que não há nada mais que os deputados possam fazer para tirá-lo do posto e afirmou que seria “um ditador” se tentasse destituir Feliciano.
Para João Campos, quem defende a saída de Feliciano da comissão tenta impor um “pensamento único” e deixa de agir de maneira tolerante como os evangélicos agiram durante outras gestões na CDH nos últimos 16 anos, quando o colegiado foi “um gueto da esquerda”. “Soubemos tolerar, quando foi preciso. Nós fizemos o contraditório, o debate. Nunca assumimos postura de intolerância. Por que agora, quando um deputado tido como conservador, assume a comissão tem que ter essa reação toda dos ativistas? Ora, isso foge ao espírito democrático”, disse.
Aberta
Na tarde de hoje, Feliciano presidirá a reunião da comissão. Na pauta, estão requerimentos para audiências públicas sobre direitos de índios e para esclarecimentos sobre uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes no Acre. Também podem ser votados projetos de lei que tratam da criação do Estatuto do Índio e que estabelecem diretrizes para as políticas públicas de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais.
Ao contrário do que foi decidido na semana passada, a reunião será aberta à presença do público. A decisão foi tomada após o presidente da Câmara, Henrique Alves, afirmar que a medida anterior era antirregimental. Feliciano então, recuou e decidiu reabrir a sessão. Ele havia proposto o seu fechamento devido às manifestações que têm ocorrido nos dias de reunião da comissão.
Delegado e pastor
Nascido em Peixe (TO), João Campos tem 50 anos e está em seu terceiro mandato de deputado federal. Além da militância evangélica, atua na área de segurança pública. É delegado da Polícia Civil de Goiás e chegou a ser vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil. Desde 1996, é pastor auxiliar na Assembleia de Deus.

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