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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Uma base em conflito: Saída de Celina é derrota pessoal de Rollemberg

Os obstáculos de Rollemberg
Uma base em conflito: Saída de Celina é derrota pessoal de Rollemberg
Pedetista evita polêmica por críticas de dentro do partido




A saída de Celina Leão do bloco de apoio ao governo é derrota do governador Rodrigo Rollemberg na Câmara Legislativa. Trabalho agora é fazer com que não haja uma debandada do grupo pró-Buriti.

Com uma base aliada frágil, a principal demonstração de força do governador Rodrigo Rollemberg (PSB)...no Legislativo, do começo do ano para cá, tinha sido a eleição de Celina Leão (PDT) para a presidência da Casa. Adversária declarada de apoiadores da gestão de Agnelo Queiroz (PT), que tinha maioria no parlamento até fim de 2014, Celina era vista pelo chefe do Executivo como a melhor opção no comando do parlamento — mesmo com o fato de ela contar com antipatia de alguns colegas deputados. Agora, com o rompimento da pedetista, que era a mais fiel aliada do Executivo, a vida do Palácio do Buriti vai ficar mais difícil — a aprovação de projetos de lei do Executivo, consequentemente, tornou-se ainda mais improvável.

Depois do discurso crítico da distrital ao GDF, surgiram notícias de que poderia ocorrer uma debandada em grupo de parlamentares insatisfeitos com o governo. Rodrigo Delmasso (PTN) seria um dos desistentes, mas a informação não se confirmou. Julio César (PRB), líder do GDF na Câmara, também teria a mesma decisão. Rollemberg já teve de trocar a liderança uma vez, quando Raimundo Ribeiro (PSDB) deixou o posto. Até ontem à noite, contudo, Julio descartava a possibilidade. Contudo, ainda havia quem dissesse que ele aproveitaria o feriado para pensar qual a melhor decisão.




Rollemberg apresentou uma série de medidas, há duas semanas, com o objetivo de aumentar a arrecadação do DF. Ele alega viver uma crise financeira e afirma que só conseguirá pagar os reajustes a 32 categorias se os projetos forem aprovados. Os deputados, todavia, não demonstram disposição em votar a favor de medidas impopulares. O aumento da Taxa de Limpeza é uma delas. A autorização para o GDF vender ações de empresas públicas, de modo que não perca o controle majoritário da estatal, é outro PL que deve enfrentar resistência. As mudanças na previdência dos servidores públicos serão as mais difíceis de aprovar. Uma audiência pública na Câmara discutiu o assunto, ontem, e todos os sindicatos se declararam contrários às alterações. A única medida que deve ser aprovada é a securitização da dívida ativa.

Críticas
O rompimento foi ruim para o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), mas também trouxe impactos políticos negativos para a presidente da Câmara Legislativa. Em vez de rachar a base do partido — que está insatisfeita — e levar de vez o PDT para a oposição, como imaginava, Celina recebeu críticas de colegas de sigla. O fato de a decisão ter sido tomada de forma isolada não foi bem-visto por boa parte dos trabalhistas do DF. Além disso, ouviu uma bronca do senador Cristovam Buarque (PDT).

Em entrevista ao Correio, publicada na edição de ontem, o ex-governador afirmou que Celina deve olhar para o próprio gabinete antes de acusar a presença de petistas no GDF. “Não vou à Câmara com receio de sair uma foto minha com algum assessor dela ligado a Luiz Estevão. Tem um chefe de gabinete dela que é ligado a Manoelzinho (Manoel de Andrade) e ao Luiz Estevão, que falavam em me matar e patrocinaram um atentado ao Palácio do Buriti quando fui governador. Se for para tirar alguém que não presta, Celina deveria pensar em mudar o gabinete dela”, atacou.

A presidente do Legislativo reiterou a deferência pelo senador pedetista, mas afirmou que “ele está equivocado e que há muita desinformação no que falou”. “Respeito demais o Cristovam, mas acho que ele falou isso no calor da emoção porque queria que eu tivesse o esperado para tomar essa decisão”, argumentou. Ela negou a ligação de assessores com o PMDB e com o senador cassado Luiz Estevão. Celina creditou a informação ao PT. “Isso é coisa dos petistas que estão no governo. Querem criar uma história que não passa de uma mentira fajuta”, rebateu, declarando que pediu a exoneração do administrador de Sobradinho 2, Estevão Reis, e de 40 servidores indicados por ela. Os nomes deles, entretanto, não foram publicados no Diário Oficial do DF.

Ontem à noite, a Executiva Regional do PDT se reuniu para debater a situação interna do partido. O distrital trabalhista Joe Valle (PDT) não acredita em punição a Celina e evitou criticá-la. “Nosso partido tem essa tradição. No plano federal, por exemplo, estamos na base da presidente Dilma Rousseff (PT), mas temos o senador José Antônio Reguffe (PDT), que nem sempre vota de acordo com o governo. Celina tomou a postura porque achou que devia e porque tem precedente.”


Fonte: Por Matheus Teixeira do Correio Braziliense -

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