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domingo, 23 de setembro de 2012


22/09/12 | Wilson Silvestre
Governador fraco, DF em convulsão
Policiais civis do DF em greve: pressão por reajuste salarial e constrangimento ao governador Agnelo Queiroz
A decomposição do governo de Agnelo Queiroz (PT) no quesito gestão já não comporta mais doses cavalares de remédios tipo secretário da Casa Civil, Swe­denberger Barbosa. Não basta ter um homem eficiente, profundo conhecedor da máquina pública se o mandatário, eleito com expectativa de mudar o estilo e práticas políticas, não colabora. Agnelo é um homem bom, cordial, tipo bom baiano que não quer brigar com ninguém. Só curtir a vida com os amigos, família e, claro, ter um pouco de poder. Pelas circunstâncias do momento político, foi ungido governador sob o discurso da moralização. Algo perigoso quando não se tem uma vocação de gestor forte, que sabe dizer não.

O melhor exemplo é a presidenta Dilma Rousseff. Esmurra a mesa, mas as coisas saem conforme suas determinações. Ela sabe que a popularidade de um governante está mais no estilo em cobrar ações, do que ser hesitante, escolhendo palavras doces para dizer aos aliados. O povo tem compulsão por líderes fortes, não raivosos.

O mundo anda carente de lideranças que sejam referências de cidadãos, gestores, democratas, mas sobretudo, seguros.O bom é justo, o bonzinho é aquele que cede a tudo e a todos e ninguém o respeita. O dia que ele diz não ninguém dá a menor importância. Ignora solenemente.

Quando um governante consegue inspirar seus eleitores e cidadãos, não há discórdia, reivindicação e demandas que ele não possa dar a palavra final. Não é o caso do governador. Ele deixou as coisas irem longe demais. Sitiado por problemas de toda ordem, como greves na Polícia Civil, pressão da Polícia Militar, professores em queda de braço para saber quem domina a área educacional, inércia na burocracia, administradores incompetente e perdulário, ações no Ministério Público e um sem número de outras demandas infernizando a vida.

A cada dia, o fosso entre o Buriti e os cidadãos aumenta, diminuindo as chances de uma reeleição. A­crescenta ainda, o permanente conflito com sua base de sustentação, ávida por mais cargos e benesses do poder. Esta relação promíscua do ponto de vista político agrava o frágil equilíbrio dos poderes republicanos. Tanto é que o legislativo, cada vez mais “enfia a faca no pescoço do governo” em busca de mais poder. Resumo da ópera: ambos fingem que está tudo muito bem, mas o cidadão, verdadeiro dono dos mandatos que suas excelências detêm, não está nada satisfeito com esta orgia política.
FONTE:JORNAL OPÇÃO

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