Nunca é tarde para recomeçar — e Walmerinston Paixão Corrêa é a prova viva disso. Aos 64 anos, ele acaba de conquistar uma vaga na Universidade Federal do Pará (UFPA), no curso de Letras, após passar 46 anos longe da escola e enfrentar duas décadas em situação de rua. 💪📚
Depois de anos ouvindo julgamentos cruéis e sendo visto como "invisível", ele decidiu que não queria mais viver à margem. Começou a recolher livros do lixo, estudou sozinho e entrou para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), enfrentando de frente o medo e a vergonha.
“Decidi mudar por conta das humilhações diárias. Quando eu dava uma opinião sobre algo, ouvia coisas como ‘o que tu sabes, se nem estudas?’ ou ‘esse aí quer ser o que não é’. Isso me machucava muito. Então comecei a recolher livros do lixo e a estudar por conta própria. Isso foi essencial para minha aprovação”
As dificuldades não foram poucas — o receio de estar entre alunos mais jovens, o conteúdo que parecia distante, a rotina pesada… Mas Walmerinston nunca pensou em desistir. 🌟
"A escola foi onde meu horizonte começou a se abrir novamente. No início, senti vergonha por estar ao lado de jovens atualizados, e tive dificuldade para assimilar os conteúdos. Nem esperava ser aprovado na universidade, pensava em tentar outra vez com mais calma”, revelou.
Hoje ele está matriculado na UFPA e sonha em se tornar professor e publicar um livro. Sim, depois de uma vida difícil, ele está reescrevendo sua história com lápis firme e coração cheio de esperança.
“Estou muito animado para o primeiro dia de aula. Quero aproveitar cada oportunidade, aprender, conhecer pessoas e mostrar que a sarjeta não é o fim. A escola é o caminho para recomeçar. Quando me formar, finalmente terei uma profissão regulamentada. Quero ser professor e isso vai mudar minha vida.”
💚 A trajetória de Walmerinston é um lembrete poderoso de que o conhecimento é uma das ferramentas mais transformadoras que existem — e que nunca é tarde para escrever um novo capítulo.
Fontes: O Liberal, Só Notícia Boa
📸: Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário