Caso de grande importância na casuística ufológica brasileira ocorreu na cidade mineira de Baependi, em 16 de maio de 1979. Arlindo Gabriel dos Santos presenciou a descida de quatro objetos em sua propriedade, a Fazenda Sobrado. O primeiro tinha formato cilíndrico, 50 cm de largura e 1,5 metro de altura, estava apoiado sobre uma base escura e em sua parte superior havia uma esfera nas cores branca e vermelha. Como estava munido de uma máquina fotográfica, Santos conseguiu tirar duas fotos do objeto, mas logo depois a sonda desapareceu.
Do espaço veio outro aparelho de formato ovóide, alguns instantes depois. Tinha uma haste de 20 cm de comprimento, onde existia algo semelhante a uma espada. Ele pousou no solo e em sua parte superior girava uma espécie de hélice. Já o terceiro artefato voador assemelhava-se a um barril com um metro de altura e listrado em vermelho e branco. Também tinha uma hélice em cima, além de uma roda e quatro pás.
Santos tirava novas fotos de ambos quando, de repente, apareceu um quarto UFO, bem maior que os outros. Este tinha cerca de 10 a 12 m de diâmetro e oito metros de altura, além de um inusitado espigão que o aumentava em mais cinco metros. O objeto possuía uma espécie de estabilizador e “fazia um ruído de motor de automóvel afogado”, descreveu Arlindo Santos. No entanto, quando tentou fotografá-lo, uma luz intensa foi emitida pelo engenho. O rapaz tentou correr, mas não conseguiu sair do lugar.
Logo após este fato, surgiram dois seres que o agarraram. Eles vestiam roupas idênticas e usavam um capacete transparente. Eram pequenos, com cerca de 1,5 metro de altura e possuíam muita força. Tinham olhos grandes, cabelos curtos e em pé, nariz largo e achatado, sendo o rosto arredondado. A boca tinha lábios finos, orelhas pequenas e coladas à cabeça. Santos gritou “larguem-me, pelo amor de Deus!”, ao que uma das criaturas disse “em Deus somos todos irmãos”. Diante disso, o fazendeiro foi levado até a nave, quando um dos seres perguntou-lhe se havia visto uma “zurca”. Com a resposta negativa, o ET falou que esse aparelho havia se desregulado e descido à Terra por acidente.
Dentro do UFO havia também uma mulher, que estava sem capacete. Os alienígenas mostraram a Arlindo o planeta Terra, o Sol e a Lua em algumas telas como as de TV, enquanto a estranha moça explicava o significado daquilo. No entanto, o fazendeiro, meio atordoado, pouco entendeu de tudo o que lhe foi mostrado. Em seguida, mandaram-no descer do aparelho e não olhar para trás, pois segundo eles “poderia prejudicar sua visão”. Santos voltou para casa e permaneceu por uns 20 minutos sem fala.
Comunicação e humanidade
Existem muitas dúvidas a respeito da possível linguagem das raças extraterrestres que nos visitam. Uma das formas de tentarmos explicar essa questão é por meio da visão holística, que consiste numa proposta de transcendência dos velhos métodos mecanicistas. O termo holismo vem do grego holos e significa inteiro ou todo. Refere-se a uma visão ampla, total e não fragmentada das coisas, sem paradigmas limitantes, como se observa na ciência moderna. A própria Ufologia necessita, hoje, de uma percepção que dê às fontes tradicionais e milenares o seu justo valor enquanto ciência dos povos antigos – não confundir antigos com primitivos ou “trogloditas”.
Contudo, a comunicação extraterrestre, dentro de nossa capacidade de interpretação e compreensão de conteúdo, é a mais complicada forma de manifestar um pensamento e, ainda assim, no final do século XIX, chegou a ser descrita e decodificada pela estudiosa russa Helena Blavatsky (1831-1891) em sua obra A Doutrina Secreta (1888). Ela chamava esta língua de Senzar, a língua dos iniciados, ensinada por seres vindos de outras esferas. A partir dos estudos de Helena, muitos pesquisadores contemporâneos puderam aprofundar o que era sabido até então. Vários casos surgiram no século XX – e em todas as outras épocas – para confirmar a hipótese de que a estrutura lingüística das civilizações existentes na Terra é de origem extraterrestre [Na atualidade, por exemplo, a pesquisadora búlgara Mariana Vezneva realiza interessante estudo do agroglifos, baseando-se na simbologia e pictografia milenares].
Um desses episódios, citado rapidamente na introdução deste texto, é a história do famoso Caso do Embornal mineiro – ou Caso Baependi -, que aconteceu em 16 de maio de 1979. Esse caso de abdução impressionou todo o sul de Minas Gerais. Tudo começou quando Arlindo Gabriel dos Santos, produtor rural no município de Baependi, saiu com dois amigos para uma caçada. Era início da noite e os homens resolveram se separar na mata, para só se encontrarem mais tarde. Arlindo, então, seguiu só, carregando apenas suas armas, alguma comida dentro de seu embornal e uma máquina fotográfica. Caminhou pelo campo até o momento em que avistou um aparelho desconhecido.
A princípio, pensou que se tratava de alguma “experiência cientifica feita por gente da Terra mesmo”, mas logo notou que aquela luz estranha não podia ser “coisa desse mundo”, em suas próprias palavras. Tirou algumas fotos e, com medo, tentou fugir. Não conseguiu correr, pois alguma força desconhecida o prendia ao chão. De fato, Arlindo acabou sendo capturado pela nave e conversou com alguns dos cinco tripulantes que lá estavam.
Não se lembrou de ter sido submetido a nenhum exame físico ou biológico e pôde andar livremente pelos compartimentos do UFO sem que ninguém o tocasse ou questionasse a utilidade dos objetos que carregava consigo (uma espingarda e um revólver, além da máquina fotográfica). Os visitantes queriam apenas saber do protagonista se ele havia tido contato ou noticias de uma Zurca – seria uma espécie de artefato de mesma origem que seus raptores, que sofrera algum acidente e teria cortado transmissão com a base alienígena.
Segundo a descrição de Arlindo, a nave que o capturou era toda branca por fora e tinha formato parecido com o de um ovo. Interiormente, o veícu
lo era marrom, com um brilho inexplicável e o ambiente meio frio. “Havia um cheiro de poeira no ar”, disse aos pesquisadores. Os tripulantes usavam roupa preta, luvas e um capacete com visor de material análogo ao vidro, pareciam respirar por um tubo que saía da parte de trás da roupa. Após quase duas horas dentro da nave, Arlindo foi deixado no mesmo lugar de onde havia saído. Sentiu um pouco de náusea e tontura, mas caminhou normalmente até sua casa. Conseguiu revelar quatro fotografias que tirou, porém, a máquina fotográfica tinha sofrido uma grave avaria: a chapa interna de proteção do filme estava queimada e coberta de fuligem. Estava inutilizada devido ao contado com a radiação da possível espaçonave.
O embornal (espécie de saco de algodão) que o produtor rural carregava consigo na ocasião do seqüestro foi encontrado vazio, cerca de um mês depois, coberto de inscrições e desenhos que de imediato não foram decifrados. Muitos dos símbolos gravados no saco já estavam apagados ou borrados por ação do tempo. Contudo, vários sinais ainda se encontravam em condições de ser analisados. Na época, o caso foi pesquisado pelos integrantes do extinto Centro Varginhense de Pesquisas Parapsicológicas (Cevappa), que depois teve seu nome mudado para Associação Ufológica de Investigação de Campo (AUIC). Entre os pesquisadores estava o advogado Ubirajara F. Rodrigues, que deu notoriedade à história e naquele tempo não tinha dúvidas sobre sua autenticidade.
Análise criteriosa
Juntamente com a ufóloga Irene Granchi [Matriarca da Ufologia Nacional, falecida em 2010], vários estudos sobre o caso foram realizados, se tornando conhecido mundialmente. Com uma análise cautelosa, foi possível observar as semelhanças entre os sinais do embornal e os caracteres hebraicos descobertos no Mar Morto em 1949 [Manuscritos do Mar Morto]. Instituições como a Universidade Hebraica de Jerusalém, por exemplo, tomaram conhecimento da existência do embornal e solicitaram cópias das inscrições feitas pelos supostos extraterrestres. Porém, tais instituições calaram-se diante do fato: seria muito difícil aceitar a ligação do “sagrado” hebraico antigo, ensinado a Adão por Deus, com uma suposta origem lingüística de raças alienígenas.
O texto inscrito pelos ETs no embornal está dividido em 10 linhas, sendo que as cinco últimas estão mais borradas. Dos 146 sinais que compõem o texto, foi possível reconstituir 110, ou seja, 75% do total. No centro das inscrições pode-se identificar quatro desenhos: o primeiro se parece com um chapéu, o segundo é um travessão diagonal, o terceiro é um retângulo e, o quarto, um hexágono. Uma vez reconstituídos os sinais, tornou-se mais fácil analisar o seu real significado, pois guardam uma semelhança muito grande com os caracteres fenícios, aramaicos, hebraicos e também com a escrita egípcia [Os hierógrifos].
Na parte fonética, encontramos muita relação com o sânscrito. Com isso, pôde-se concluir que a linguagem do embornal é eclética, possuindo as características consonantais do hebraico, o estilo cursivo da escrita egípcia (hierático e demótico) e a riqueza fonética do sânscrito. No que concerne aos desenhos contidos no embornal, chegou-se a conclusão de que os dois primeiros – o chapéu e o travessão em diagonal – assemelham-se a representações de espaçonaves. Segundo descrição de muitas testemunhas de UFOs, o travessão poderia significar uma nave-mãe em forma de charuto. Quanto ao terceiro desenho, sob uma análise do ponto de vista cabalístico, representa a autoridade e a confiança em valores estabelecidos.
Talvez seu formato retangular queira demonstrar que as raças desenvolvidas do espaço tenham autoridade. A quarta e última figura é um hexágono, símbolo da relação do homem com o cosmos e da fraternidade universal. As últimas quatro palavras do texto não puderam ser identificadas, pois os sinais da 10ª linha estão quase totalmente apagados. Das 66 palavras do texto, apenas 18 não foram traduzidas. Desta forma, foi possível captar o sentido geral do significado do texto. Segundo a interpretação dos estudiosos, a “erva nova” da qual o texto se refere é a consciência do homem.
Fonte: Revista UFO brasileira
Contato Imediato
Nenhum comentário:
Postar um comentário