segunda-feira, 21 de abril de 2025

CAOS ECONOMICO E REVÉS NAS URNAS: MILEI SOFRE DERROTA NO PRIMEIRO TESTE ELEITORAL DO ANO

 



A Argentina vive, neste momento, um verdadeiro furacão econômico e um rearranjo no tabuleiro eleitoral, a poucos meses das eleições legislativas de outubro. O primeiro teste foi no domingo (13), na província de Santa Fé — e o resultado foi duro para Javier Milei. Seu partido, La Libertad Avanza (LLA), ficou em terceiro lugar, com apenas 14,11% dos votos. Um contraste brutal com os 55,7% que Milei conquistou ali no segundo turno de 2023.


O tombo vem num cenário de caos financeiro. Só nos últimos dias, o Banco Central argentino precisou vender 400 milhões de dólares para conter a disparada do dólar paralelo. Enquanto isso, o governo celebrava um novo empréstimo com o FMI, no valor de 12 milhões — a mesma instituição que Milei atacou ferozmente durante a campanha.


No dia seguinte à eleição, veio mais combustível para a crise: o governo anunciou o fim do controle cambial. A medida, vendida como forma de atrair investimentos, acendeu alertas sobre uma possível desvalorização do peso e jogou ainda mais pressão sobre a já frágil popularidade do governo.


Santa Fé, que representa 8% do eleitorado nacional, virou um termômetro da insatisfação. O eleitor parece ter cobrado tanto a falta de estrutura do LLA — que entrou na disputa apenas cinco meses antes — quanto o impacto social das reformas. Enquanto isso, o governador Maximiliano Pullaro (34,6%) consolidou seu espaço, e o peronismo, mesmo dividido, passou à frente de Milei.


Com a inflação mensal ainda girando em torno de 12%, o relógio corre contra o presidente. E os ventos já não sopram a favor.


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