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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Alto custo de vida derruba fluxo migratório do DF
O Distrito Federal vem perdendo forças na capacidade de atração e retenção populacional,

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
Foto: Felipe Viegas



O Distrito Federal vem perdendo forças na capacidade de atração e retenção populacional, provavelmente devido ao elevado custo de vida, principalmente no que se refere ao item habitação. O estudo Dinâmica Migratória na Área Metropolitana, divulgado pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), mostra que, em dez anos, o saldo migratório teve uma queda de 42,9%. Os resultados revelaram ainda que alguns municípios que compõem a Área Metropolitana (veja quadro) tiveram o volume de imigrantes aumentado em 2010 quando comparado aos resultados de 2000, especialmente Águas Lindas (GO) e Valparaíso (GO).
Polo atrativo
O levantamento mostra que o estado de Goiás vem se apresentando como grande polo atrativo. Do total de imigrantes para o estado, 32,7% desse contingente foram para a periferia metropolitana de Brasília. Em 2000, do total de imigrantes do município de Águas Lindas 61,2% eram oriundos do DF.
 Já em 2010, esse percentual caiu para 48%, um valor ainda considerado elevado. “Esses resultados mostraram que, quando Águas Lindas de Goiás foi criada, a sua população foi formada, praticamente, pelos emigrantes do DF”, aponta o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya.

Há dois anos, a técnica em enfermagem, Marileide Bezerra, 40 anos, resolveu trocar Ceilândia por Águas Lindas. Antes disso, foram dez anos morando no DF, mas segundo ela, sem muitas conquistas financeiras. Marileide é casada há oito anos e tem dois filhos:  “Manter uma família próxima à capital é um custo muito elevado, por isso, decidimos nos mudar”.

 Entre municípios

Os movimentos migratórios entre os municípios que compõem a periferia metropolitana se intensificaram ao longo dos anos. Em 2010, 13.087 pessoas migraram de um município para outro, volume 4,3 vezes maior que o observado em 1991, conforme informou a responsável pelo estudo, Lucilene Cordeiro.
 Em 1991, apenas Formosa e Padre Bernardo perderam população para outro município da área periférica metropolitana de Brasília, apresentando saldo migratório negativo. Em 2000, o quadro mudou. Apenas os municípios de Águas Lindas, Cristalina e Valparaíso apresentaram saldo positivo.
Dez anos depois, Águas Lindas, Valparaíso, Cidade Ocidental, Cristalina e Santo Antônio do Descoberto foram os únicos a terem saldos migratórios positivos.
 Movimento é inverso em dez anos
Em 2010, as maiores participações de emigrantes advindos do DF ocorreram em Padre Bernardo, Novo Gama, Cidade Ocidental e Valparaíso de Goiás (em todos, acima de 50%).

“As alterações observadas nos fluxos migratórios suscitam uma série de questões. Como por exemplo, quais características econômicas e sociais podem ser típicas de cada um desses municípios”, explicou Miragaya.
O saldo migratório da área metropolitana de Brasília aumentou em 90,5% entre 1991 e 2000, observando-se uma inversão no comportamento no período seguinte de 2000 a 2010, com redução de 40,5%. “O uso da terra pelas imobiliárias também contribuem para este movimento migratório já que no DF é mais restrito”,disse o presidente da Codeplan.

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