Na semana passada, repórteres que sondaram os bastidores do PMDB perceberam que, apesar do feriado e da Semana Santa, iristas e friboizistas estavam em pé de guerra, mas disfarçando. No seu quartel-general, acolhendo orientação de Duda Mendonça, Júnior Friboi recomendou aos seus luas-bois que fizessem um voto de silêncio e, sobretudo, que parassem de chamar Iris Rezende de “político do século passado”. O empresário não quer ampliar as arestas com o decano peemedebista. No bunker de Iris, havia recomendação similar. Os iristas foram aconselhados a não “humilhar” nem a “bater” em Friboi. O que, de fato, está ocorrendo.
Os friboizistas desmentem de pés juntos e garantem que, na possível reunião de terça-feira, 22, o empresário, um dos pré-candidatos a governador do PMDB, não vai jogar a toalha para hipotecar apoio integral à candidatura de Iris Rezende a governador. Em Brasília, há dois tipos de comentários. Num deles, entre peemedebistas, afirma-se que Iris dobrou Friboi e que será “o” candidato e que Friboi será o seu vice. Se eleito, Iris deixaria o governo em abril de 2018, e Friboi, como seu vice, assumiria o governo. Noutro comentário, mais na seara petista, afirma-se ter certeza de que Friboi será candidato a governador. Argumenta-se que o empresário já montou uma estrutura, inclusive uma chapa de candidatos a deputado estadual e federal, para a disputa. Se não for candidato, a estrutura será facilmente desmontável, mas com a possível desistência de alguns candidatos.
Iris e Friboi jogam de maneiras idênticas, com objetivos diferentes. Iris sabe que, se for candidato, mas com Friboi amplamente descontente, o PMDB não será estrutura financeira adequada e, com isso, será presa relativamente fácil para o governador Marconi Perillo (PSDB). E Friboi sabe que, se for candidato, porém com Iris descontente e humilhado, seu nome terá de ser modificado para José Batista “Pirro” Júnior.
Friboi precisa dos votos de Iris. E este precisa do dinheiro daquele. É simples assim
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