O ano, segundo levantamento do próprio governo, será quando Brasília deve parar. Além do grande número de veículos e falhas no sistema público de transporte, manifestações, acidentes e fluxo do Entorno fazem o caos aumentar
Publicação: 28/04/2014
Cena comum no dia a dia do brasiliense: média de até 40km/h pode diminuir em breve |
Em apenas seis anos, o trânsito do Distrito Federal ficará saturado de tal forma que a cidade vai parar. A projeção de caos nas vias é de conhecimento do poder público há, pelo menos, quatro anos. Até agora, as ações para reverter o quadro de inviabilidade de locomoção — como o corredor exclusivo e a troca da frota de ônibus — têm sido construídas em ritmo lento, na contramão do crescimento voraz da frota. Na capital, existe praticamente um carro para cada dois habitantes, proporção que deixa Brasília entre as cidades com as maiores taxas de motorização do país.
Este ano, o trânsito está ainda pior por causa dos constantes protestos de moradores do DF e de cidades vizinhas, alguns deles justamente por melhoria no transporte público. Os reflexos das interdições de vias de acesso ao Plano Piloto refletem diretamente na rotina de quem anda de carro e de ônibus. A greve do metrô afeta ainda mais a mobilidade urbana. Quem pode, tira os carros da garagem. E no DF são muitos: 1.513.552 veículos.
De Ferrari, de Fusca ou de ônibus, a velocidade média desempenhada nas ruas de Brasília por quem mora no Plano Piloto é de 35km/h a 40km/h e ainda é considerada alta se comparada com outras capitais. No Rio de Janeiro, por exemplo, os coletivos trafegavam a 12,5 km/h em Copacabana. Após o corredor exclusivo por lá, a velocidade média passou para 24km/h.
A saturação das vias urbanas e das rodovias distritais está em um estágio tão avançado que qualquer chuva é capaz de parar o trânsito. Com as eleições marcadas para outubro, grupos de diferentes facções aproveitam o momento político para pautar as reivindicações, muitas vezes incentivados por políticos profissionais. Na avaliação de Pastor Willy Gonzales Taco, do programa de pós-graduação em transportes da Universidade de Brasília (UnB), além do aspecto conjuntural — o processo eleitoral em curso —, há ainda a fragilidade da rede de transporte público. “O sistema tem várias vulnerabilidades. Além disso, dependendo do local, não existem vias alternativas. A periferia tem uma forte dependência em relação ao centro da capital, gerando um grande fluxo rumo ao centro do poder”, cita.
Este ano, o trânsito está ainda pior por causa dos constantes protestos de moradores do DF e de cidades vizinhas, alguns deles justamente por melhoria no transporte público. Os reflexos das interdições de vias de acesso ao Plano Piloto refletem diretamente na rotina de quem anda de carro e de ônibus. A greve do metrô afeta ainda mais a mobilidade urbana. Quem pode, tira os carros da garagem. E no DF são muitos: 1.513.552 veículos.
De Ferrari, de Fusca ou de ônibus, a velocidade média desempenhada nas ruas de Brasília por quem mora no Plano Piloto é de 35km/h a 40km/h e ainda é considerada alta se comparada com outras capitais. No Rio de Janeiro, por exemplo, os coletivos trafegavam a 12,5 km/h em Copacabana. Após o corredor exclusivo por lá, a velocidade média passou para 24km/h.
A saturação das vias urbanas e das rodovias distritais está em um estágio tão avançado que qualquer chuva é capaz de parar o trânsito. Com as eleições marcadas para outubro, grupos de diferentes facções aproveitam o momento político para pautar as reivindicações, muitas vezes incentivados por políticos profissionais. Na avaliação de Pastor Willy Gonzales Taco, do programa de pós-graduação em transportes da Universidade de Brasília (UnB), além do aspecto conjuntural — o processo eleitoral em curso —, há ainda a fragilidade da rede de transporte público. “O sistema tem várias vulnerabilidades. Além disso, dependendo do local, não existem vias alternativas. A periferia tem uma forte dependência em relação ao centro da capital, gerando um grande fluxo rumo ao centro do poder”, cita.
Fonte:Correio Braziliense
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