quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

UBER DOS ÔNIBUS

 


2016. Belo Horizonte.

Marcelo Abritta ia casar na Bahia. 

30 familiares deixaram comprar passagem.

Ônibus: R$ 300+ por pessoa. 

Fretar privado: metade do preço.

"Por que isso não existe para todo mundo?"

Chamou Marcelo Vasconcellos. 

Descobriram: economia de até 60% era possível.

Mas o mercado era um oligopólio. 

Poucas empresas. 

Zero concorrência. 

Preços absurdos.

Junho 2017: criaram a Buser.

Fretamento colaborativo: 

pessoas dividem o custo de um ônibus executivo.

Julho 2017. 

Primeira viagem: Belo Horizonte → Ipatinga. 

Lotou em horas.

No dia, o ônibus foi barrado. 

Sindicato processou alegando "circuito fechado".

Marcelo e Vasconcellos pagaram táxis para todos. 

Prejuízo: R$ 40 mil. 

Perderam 4x o investimento.

Mas a mídia repercutiu. 

Investidores apareceram. 

Setembro 2017: primeiro aporte.

A guerra começava.

Associações e ANTT entraram com processos. 

"Concorrência desleal."

"Transporte clandestino."

Polícia parava ônibus.

Viagens canceladas na última hora.

Até 2023: 

200 processos judiciais. 

Cada estado, uma nova briga.

Marcelo compara com Uber: 

"Mesma luta. Mesmos argumentos ultrapassados."

Mas os números provavam tudo:

Passagens 60% baratas. 

Ônibus executivos. 

Horários flexíveis.

2019: 

SoftBank investiu. Unicórnio.

2021: decisão histórica. 

Plataformas de fretamento NÃO são transporte clandestino.

A Buser venceu.

2023: 

Série C de R$ 700 milhões.

Hoje: 

8 milhões de usuários. 

500 mil passageiros/mês. 

720 cidades. 

290 empresas parceiras.

O que a Buser fez?

Democratizou o transporte. 

Deu acesso a quem não podia pagar R$ 300.

Criou mercado para pequenas empresas de ônibus.

Provou que oligopólios não são invencíveis.

200 processos. 

R$ 40 mil perdidos na primeira viagem.

Marcelo não desistiu.

Porque soube algo fundamental:

Quando você resolve um problema real, o mercado conspira a seu favor.

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