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CINISMO EM ESTADO PURO: QUANDO A CONVENIÊNCIA FALA MAIS ALTO
Tarcísio de Freitas aplaude Alexandre de Moraes, troca sorrisos com Lula e faz discurso sobre “convergência” e “debate na arena política”. Tudo muito civilizado, elegante, quase poético.
O detalhe incômodo? Moraes é o mesmo ministro que o bolsonarismo chama de “algoz” de Jair Bolsonaro. Lula é o mesmo presidente tratado como “inimigo do Brasil” pela direita radical que ajudou a eleger Tarcísio.
Mas, diante das câmeras, o tom muda. A retórica inflamada dá lugar aos aplausos, os ataques viram sorrisos e a indignação some quando o projeto pessoal entra em cena.
O governador que se elegeu surfando no bolsonarismo agora posa de moderado, fala em tolerância, sincretismo e pacificação — enquanto sua base mais radical continua gritando “ditadura” nas redes. Dois discursos, dois públicos, um único objetivo: 2026.
Nada de novo. A política brasileira sempre foi pródiga nesse tipo de malabarismo moral. O que espanta não é a cena, é a naturalidade com que ela acontece — como se ninguém fosse perceber.
No fim das contas, fica claro:
a radicalização serve para a militância;
a moderação, para o mercado, o Centrão e o cálculo eleitoral.
Coerência? Essa não estava no roteiro.
📌 Fonte: EstadãoDO A CONVENIÊNCIA FALA MAIS ALTO
Tarcísio de Freitas aplaude Alexandre de Moraes, troca sorrisos com Lula e faz discurso sobre “convergência” e “debate na arena política”. Tudo muito civilizado, elegante, quase poético.
O detalhe incômodo? Moraes é o mesmo ministro que o bolsonarismo chama de “algoz” de Jair Bolsonaro. Lula é o mesmo presidente tratado como “inimigo do Brasil” pela direita radical que ajudou a eleger Tarcísio.
Mas, diante das câmeras, o tom muda. A retórica inflamada dá lugar aos aplausos, os ataques viram sorrisos e a indignação some quando o projeto pessoal entra em cena.
O governador que se elegeu surfando no bolsonarismo agora posa de moderado, fala em tolerância, sincretismo e pacificação — enquanto sua base mais radical continua gritando “ditadura” nas redes. Dois discursos, dois públicos, um único objetivo: 2026.
Nada de novo. A política brasileira sempre foi pródiga nesse tipo de malabarismo moral. O que espanta não é a cena, é a naturalidade com que ela acontece — como se ninguém fosse perceber.
No fim das contas, fica claro:
a radicalização serve para a militância;
a moderação, para o mercado, o Centrão e o cálculo eleitoral.
Coerência? Essa não estava no roteiro.
📌 Fonte: Estadão

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