Carlos Barbosa, interior do RS.
Valentim Tramontina abre uma pequena ferraria.
Fazia ferraduras. E pequenos consertos. Só isso.
O que ninguém imaginava é que dali surgiria uma das maiores marcas brasileiras da história.
Mas tudo quase acabou antes de começar.
Anos depois, tragédias atingiram a família:
o filho mais velho morreu aos 9.
O segundo, aos 17.
Valentim adoeceu e faleceu aos 46.
A ferraria ficou nas mãos de Elisa, sozinha, com um filho adolescente.
E é aqui que começa o verdadeiro milagre empresarial.
Elisa acordava antes de todos e saía por último.
Dividiu seu terreno em lotes e deu aos funcionários para que não abandonassem a empresa.
E fazia aquilo que poucos fariam:
Enchia uma mala de facas e canivetes, pegava o trem até Porto Alegre e vendia de porta em porta para pagar os salários.
Ivo, o filho, assumiu a fábrica cedo.
Elisa cuidava das vendas.
A dupla salvou o negócio.
Em 1949, entra Ruy Comazzetto, jovem administrador.
Ele e Ivo se tornam a nova força da Tramontina.
Registram a empresa, diversificam produtos, criam novas fábricas.
Em 1969, fazem a primeira exportação.
Depois vem Clóvis Tramontina, neto de Elisa.
O vendedor nato que colocou Tramontina no Mappin, no Pão de Açúcar
E zerou estoques com o primeiro comercial de TV em 1983.
A internacionalização explode:
Walmart.
Costco.
EUA.
Europa.
Alemães comprando facas brasileiras.
Quem diria?
Hoje são:
22.000 produtos,
12 mil funcionários,
120 países atendidos e
R$ 10,6 bilhões em faturamento.
Uma marca reconhecida por 97% dos brasileiros.
E líder em mercados onde “brasileiro não deveria vencer”.
Um império não nasce de máquinas.
Nasce de gente.
De uma mãe que não desistiu.
De um vendedor que pensou grande.
De gerações que fizeram o simples — muito bem feito — por 112 anos.
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