sexta-feira, 7 de abril de 2023

7 de abril, Dia do Jornalista

 



A data, lembrada nesta sexta-feira, homenageia os profissionais que diariamente se dedicam a pesquisar, entrevistar e interpretar dados para levar informação à população. A profissão exige ética e responsabilidade.

O Brasil celebra neste dia 7 de abril o Dia do Jornalista. A data homenageia os profissionais cuja função passa pelo ato de pesquisar, investigar, entrevistar, interpretar e tratar dados utilizando técnicas próprias dos textos jornalísticos. O dia é oportuno, sobretudo, para impor uma reflexão àqueles que vivenciam os desafios da profissão, além de soar como convite para que a sociedade reflita acerca da importância desse trabalho.

Os jornalistas são responsáveis por alimentar, diariamente, os noticiários, seja por meio dos programas de rádio, TV, jornais impressos ou via internet. Trata-se de uma profissão que requer coragem. Infelizmente, muitos dos profissionais ainda convivem com a censura e perseguições diárias. Ser repórter é dedicar a vida, sem exageros, pelo coletivo; pela boa informação.

Acontece que atitudes truculentas praticadas contra a imprensa terminam, em casos mais extremos, no assassinato de seus profissionais. Vale lembrar do caso envolvendo o jornalista britânico Dom Phillips. Dom foi morto numa emboscada, junto com o indigenista Bruno Pereira, em Atalaia do Norte (AM). O caso chocou o Brasil.

Para se ter uma ideia das dificuldades enfrentadas ainda hoje pelos profissionais da imprensa, em 2022 o Brasil permaneceu como um país hostil e violador da liberdade de imprensa. 

Foram registrados 376 casos de agressões aos profissionais e ataques à categoria e a veículos de comunicação. Houve uma queda de 12,56% (54 casos) no número de ocorrências, em relação às registradas em 2021, que foi, por sinal, o ano mais violento para os jornalistas brasileiros desde o começo da série histórica dos registros dos ataques à liberdade de imprensa feitos pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). O levantamento, vale destacar, foi iniciado na década de 1990.

Não há uma estimativa de qual deverá ser o cenário ao final de 2023, mas pelo que se pode observar até o momento, a situação está longe de figurar entre as melhores. Para ilustrar esse cenário um tanto quanto desanimador, das cinco últimas notas emitidas pela Federação Nacional dos Jornalistas, quatro estão diretamente ligadas à censura ou perseguição a jornalistas. 

Recorte da realidade

Em 20 de março, por exemplo, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba (SindjorPB) foi a público repudiar veementemente as atitudes do conselheiro emérito do Botafogo da Paraíba, Breno Morais e do vice-presidente de futebol do clube, Afonso Guedes, que agrediram verbalmente e por pouco não atingiram fisicamente dois profissionais de imprensa que estavam trabalhando durante partida disputada no Estádio Almeidão, em João Pessoa.

Quatro dias depois foi a vez do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) repudiar a atitude da direção do Flamengo que impediu a entrada da equipe de reportagem do UOL no CT Ninho do Urubu. O clube, que autorizou a presença da imprensa na parte inicial dos treinos, vetou a entrada da equipe do UOL.

Já no dia 28 do mesmo mês, o Sindicato de Jornalistas do Distrito Federal repudiou veementemente os ataques racistas à jornalista Basília Rodrigues, através de redes sociais, com objetivo de agredir e intimidar a profissional. Os ataques escalaram após a jornalista entrevistar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG) e o chamar a atenção, por estar desrespeitando seu papel enquanto entrevistadora.

A nota mais recente foi publicada em solidariedade a um repórter da RBS, do Rio Grande do Sul. O Sindicatos dos Jornalistas Profissionais; o Sindicato dos Radialistas; a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos; e o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Gráficas, todos do Rio Grande do Sul, foram a público repudiar a violência contra a imprensa. Acontece que durante uma partida no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, um homem invadiu o gramado e agrediu um cinegrafista da RBS TV. 

Preocupação adicional

Em tempos de internet,a profissão que já não era fácil se tornou ainda mais desafiadora. Acontece que muitos produtores de conteúdo não levam a sério os princípios da reportagem e acabam divulgando matérias sensacionalistas, que provocam grandes impactos na vida em sociedade. 

Também por isso, é tão importante saudar os verdadeiros profissionais que exercem o jornalismo de maneira ética. Nunca é demais lembrar que esse trabalho é crucial e melindroso por ter o poder de transformar a opinião pública. Não é à toa que a imprensa também se tornou conhecida popularmente como o quarto poder. Afinal, sem uma imprensa livre não há democracia plena. 

Agência Assembleia de Notícias

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