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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Candidatos apostam cada vez mais nos apelidos para ganhar eleitorado


Apesar do nome registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que podem fazer alguns acharem graça, concorrentes diz levar a sério a candidatura
Carla Rodrigues
carla.rodrigues@jornaldebrasilia.com.br

A concorrência é grande. São mais de 40 candidatos por vaga brigando para conquistar o cargo de deputado distrital. Para tentar sair na frente e ganhar votos dos eleitores, alguns concorrentes apostam na irreverência de seus nomes e apelidos. As opções vão desde “Xuxa” até o “Simples Assim”. 
Ao todo são 984 candidatos a uma vaga na Câmara Legislativa. Número bem maior do que em 2010, quando foram 902. E a atual lista já é encabeçada por um “Abençoado”, do Partido Republicano Brasileiro (PRB-DF). “Fui frentista, porteiro e motorista de ônibus. Nessas profissões, sempre me referi às pessoas como “abençoado”. Acabou que o apelido pegou e hoje sou conhecido assim. Por isso uso o “Abençoado” à frente do meu nome”, explica Eude dos Santos. O postulante ainda questiona: “Quem não gosta de ser abençoado?” 
Apesar do nome registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode fazer alguns acharem graça, o candidato diz levar a sério a oportunidade. Morador da Vila Telebrasília, ele afirma que pretende zelar pelo cumprimento das leis no DF. “Minha proposta é fiscalizar o GDF”, salienta o postulante.
Ainda na lista dos candidatos ao cargo de distrital, constam nomes um pouco diferentes, como Índia Roqueira, Xuxa, Rocky Malboa e Galego da Limpeza. 
Representar categoria 
O último, do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), ressalta que preferiu registrar o apelido e não o nome verdadeiro por ser representante da categoria de serviços gerais. “Como representante do SindLimpeza, lutei por muitas necessidades da categoria. Em 2004, lançamos, enfim, o informativo e todo mundo que me via distribuindo gritava: “Olha o Galego da Limpeza aí!”. Acabou que o apelido foi pegando e as pessoas foram gostando do meu trabalho, tanto que me pediram para me lançar”, explica o candidato.
Opção é legal, mas
O Galego da Limpeza garante que não tem medo de afastar os eleitores por causa do seu nome. Pelo contrário, ele acredita que o compromisso com sua categoria deve conquistar votos. “Não tenho medo de que as pessoas não me levem a sério. Faço muitas coisas pela população. Meu trabalho é sério, tenho compromissos e é isso que importa”, afirma.
Já o nome verdadeiro de Índia Roqueira é Gildenir Rodrigues Monteiro, postulante do Partido Verde (PV). Além dela, chama atenção Antônio Ferreira “Bola de Fogo”, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). 
Para o cientista político João Paulo Peixoto, os nomes diferentes são válidos, permitidos pela Legislação, porém tiram a seriedade do que deveria representar a política. “Cada vez mais as pessoas querem utilizar seus apelidos para conquistarem votos, porque é como são conhecidos e isso é legal, não há nada de ilegal nisso. Contudo, não pega bem você ter um representante da sua cidade com um nome bizarro, como, aliás, já acontece no DF. Parece piada”, ressalta.  
 O professor da Universidade de Brasília (UnB) acredita ainda que a Câmara Legislativa do DF está, a cada nova eleição, ficando mais parecida com uma Câmara de Vereadores. “Nas cidades do interior, é muito comum você votar no Zezinho da Padaria. E isso vem sendo trazido para Brasília com a maior naturalidade”, avalia Peixoto.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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