sexta-feira, 18 de abril de 2014

Pedido de suspensão de Leréia deve ser votado na Câmara na próxima quarta-feira

Caso Cachoeira
Pedido de suspensão de Leréia deve ser votado na Câmara na próxima quarta-feira
Deputado responde por quebra de decoro parlamentar por supostamente estar envolvido com a organização comandada pelo empresário Carlos Augusto Ramos
Thiago Burigato

A votação do processo contra o deputado federal por Goiás Carlos Alberto Leréia (PSDB) pode acontecer na próxima quarta-feira (23/4) na Câmara Legislativa. A votação é o destaque do Plenário em sessão extraordinária marcada para a data, após a sessão ordinária.

Leréia foi condenado em setembro do ano passado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, com parecer do deputado Sérgio Brito (PSD-BA), após os conselheiros terem rejeitado outro parecer, do deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), que recomendava a perda de mandato. O parecer aprovado pede pela suspensão do mandato do tucano por 90 dias.

Brito chama de “censurável” a estreita relação entre Leréia e o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de envolvimento com o jogo ilegal em Goiás”. Leréia afirmou que irá entrar com recurso na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) contra o pedido de suspensão de seu mandato, e sustenta que irá tomar esta decisão por entender que “foi contrária às provas que constam nos autos”.
"Grande amizade" com Cachoeira
Leréia responde por quebra de decoro parlamentar por supostamente estar envolvido com a organização comandada pelo empresário conhecido como Carlinhos Cachoeira. No dia 21 de agosto de 2013 o Conselho de Ética rejeitou a possibilidade da perda de mandato do deputado por 12 votos a 3.
No mesmo mês, Leréia admitiu nutrir “grande amizade” com Carlinhos Cachoeira, mas disse que não sabia de suas supostas atividades ilegais. O deputado afirmou ter utilizado um cartão de crédito do empresário para comprar “joguinhos eletrônicos” para seu tablet e ter tido ajuda financeira por ele em diversas ocasiões. Assumiu, inclusive, que ele e o empresário são os donos de uma aeronave avaliada em cerca de R$ 800 mil.

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