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quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Por dia, 17 igrejas evangélicas são abertas no País; Goiás tem 60 para cada 100 mil habitantes

 

Foto: Getty Images



Entre os motivos para esse boom está o enfraquecimento do catolicismo

Por dia, cerca de 17 igrejas evangélicas são abertas no Brasil, que conta com 109,5 mil no total. Em Goiás, são cerca de 60 templos evangélicos para cada 100 mil habitantes, apontou uma pesquisa do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), ligado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Segundo a pesquisa, só em 2019 foram abertas 6.356 igrejas evangélicas no Brasil, média de 17 templos por dia. O Espírito Santo é o Estado mais evangélico, com 93 templos por 100 mil habitantes. Já a região do Nordeste apresentou a menor expansão do segmento religioso, com estados variando de 20 a 40 igrejas a cada 100 mil habitantes.

Em 2015, o país contava com cerca de 20 mil igrejas evangélicas, saltando para 109,5 mil em 2023. O predomínio é das denominações pentecostais (48.781 templos), como a Assembleia de Deus, Igreja Quadrangular e a Deus é Amor.


Fonte: Victor Araújo/Universidade de Zurique.


Entre os motivos para esse boom está o enfraquecimento do catolicismo, que perdeu alcance com a formação das periferias urbanas após o êxodo rural. Outro ponto importante para essa expansão é a acessibilidade dos evangélicos no diálogo com a periferia, que representa a maior parte da população brasileira. Momentos de crise política, social e econômica também levam as pessoas a buscarem mais apoio espiritual. Além disso, as estruturas menos “engessadas” das igrejas evangélicas têm atraído mais jovens, que normalmente não se enquadraram no tradicionalismo da Igreja Católica.

Divisão das igrejas

Para o estudo, as igrejas evangélicas foram divididas em quatro grupos: missionárias, pentecostais, neopentecostais e de classificação não determinada. Os dados foram obtidos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de que, como qualquer empresa, as igrejas precisam para operar.

Os dados são subestimados, no entanto, porque muitos estabelecimentos religiosos operam sem CNPJ. O Cadastro permite acompanhar a abertura dos estabelecimentos desde os anos 20 do século passado. Além disso, um método computacional permitiu detectar e analisar a razão social de mais de 150 mil templos evangélicos inscritos na Receita Federal.

Período de maior crescimento

Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) aponta que o maior ciclo de crescimento de templos evangélicos no Brasil ocorreu entre 2000 e 2016. Dois principais fatores explicam o boom dos templos evangélicos neste período. O primeiro foi que, durante o primeiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), facilitou a abertura de templos no Brasil ao desobrigar as igrejas de uma série de responsabilidades estatutárias a partir da Lei n° 10.825/2003.

Com a aprovação desta lei, organizações religiosas e partidos políticos foram definidos como pessoas jurídicas de direito privado. Isso garante que instituições de qualquer religião sejam criadas, sem que o Estado possa negar seu registro.


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Fonte:https://www.jornalopcao.com.br/


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