Na política, existe uma
distância entre a intenção e o ato que concretiza uma promessa, seja
estratégica ou de campanha eleitoral.
O abismo burocrático e
financeiro que trava ou retarda a ideia, foge à compreensão dos que têm
urgência na solução de uma demanda.
Um desses gargalhos que
aflinge a população do Entorno do Distrito Federal, é o do transporte urbano
entre as cidades da região e Brasília.
Se dependesse só do governador
Ronaldo Caiado, já teria sido iniciado e em fase de conclusão. O problema é o
entrave burocrático entre os federados, Goiás, DF, Governo Federal e
municípios.
Quando parecia que tudo
caminhava para um acordo, na semana passada a Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT), sinalizou que não vai participar do consórcio de integração
entre os municípios do Entorno e do DF.
Sem a participação do Governo
Federal, fica difícil Goiás, DF e os municípios envolvidos bancarem sozinhos
uma solução duradoura para os preços exorbitantes das passagens.
De acordo com fontes ouvidas pela Xadrez em
Brasília e no Entorno, a percepção é que, o partido de Caiado o União Brasil,
tem se mostrado ‘rebelde’ nas votações das pautas de interesse do governo Lula.
Por se tratar de uma legenda
com, teoricamente, três assentos na Esplanada dos Ministérios, a melhor forma
de ajustar os votos, é pressionar os governadores do partido indiretamente.
No caso de Goiás, Caiado é uma
das vozes mais influentes e respeitadas nacionalmente dentro e fora da legenda,
portanto, mexer nos interesses de Goiás é uma forma de estabelecer diálogo
favorecendo ambos.
Por enquanto, Caiado ainda não recebeu sinais
nesse rumo. Habilidoso, deve conversar com a bancada de deputados federais de
Goiás para ver se ajudam a destravar o caminho junto ao governo de Lula e sua
renitente ANTT.
Por Wilson Silvestre
Fonte: https://ohoje.com/ Coluna Xadrez
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