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domingo, 23 de dezembro de 2018

Novo player da política goiana --As caras do PSL em Goiás a partir de 2019

Partido de Jair Bolsonaro elegeu dois deputados estaduais e dois deputados federais no Estado e já mira as eleições municipais de 2020
Em cima: Delegado Waldir, Major Vitor Hugo, Delegado Humberto Teófilo e Paulo Trabalho. Embaixo: Edson Tavares, Marcelo Conrado, Major Araújo e Lucas Kitão | Fotos: Reprodução



O PSL é, sem dúvidas, o partido que mais cresceu no Brasil. Em 2014, elegeu apenas um deputado federal. Em 2018, foram 52 — e o número tende a aumentar após a filiação de políticos que estão em legendas que não atingiram a cláusula de barreira —, além de quatro senadores e três governadores.
Em Goiás, o crescimento também foi expressivo. O PSL tinha apenas dois deputados estaduais — Lucas Calil e Santana Gomes, que, hoje, estão no PSD e no PDT, respectivamente. A partir do ano que vem, o partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro, permanecerá com o mesmo número de parlamentares na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) e terá outros dois representantes na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Os deputados federais eleitos são Delegado Waldir e Major Vitor Hugo, enquanto Delegado Humberto Teófilo e Paulo Trabalho representarão o PSL na Alego. Os nomes da maioria dos parlamentares remetem à segurança pública, uma das principais bandeiras do partido.
Todos eles foram ouvidos pelo Jornal Opção e disseram que o “fator Bolsonaro” foi decisivo para os resultados positivos do PSL, mas não deixaram de mencionar o emprenho dos candidatos do partido a outros cargos.
“Os candidatos do PSL identificaram os anseios da população. Bolsonaro os ajudou e eles ajudaram Bolsonaro”, pontuou o deputado federal eleito Major Vitor Hugo. “Bolsonaro foi fundamental e arrastou um monte de pessoas de bem. Mas, se fossem maus candidatos, o partido não teria tido tanto sucedo”, ressaltou, por sua vez, o deputado estadual eleito Paulo Trabalho.
Destaque nacional
Presidente do PSL em Goiás, o deputado federal reeleito Delegado Waldir já extrapolou as fronteiras do Estado. Ele é o goiano mais próximo do presidente eleito e, atualmente, exerce a função de líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados, posto que deve ocupar no mínimo até fevereiro.
“Liderança se conquista. Se os novos deputados federais do PSL entenderem que sou o melhor nome para continuar como líder do partido a partir de 2019, estarei à disposição”, afirma o parlamentar.
Governo Caiado
O PSL foi um dos primeiros partidos a declarar apoio ao governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). No entanto, fazer parte do governo com cargos do primeiro escalão não é prioridade da cúpula estadual.
“Sou amigo do Caiado e estou com ele desde o primeiro momento, antes mesmo do Pros e dos prefeitos do MDB”, lembra Delegado Waldir. “Mas não vamos colocar a faca no pescoço do governador eleito.”
Políticos do PSL em Goiás contam que Ronaldo Caiado ainda não chamou o partido para conversar, mas dizem acreditar que a oportunidade de dialogar deve ocorrer em breve e garantem que estarão ao lado do futuro governo, principalmente nas pautas que julgarem ser de interesse da sociedade.
Eleições para prefeito
Delegado Waldir assinala que o PSL quer lançar candidato a prefeito em todos os 246 municípios de Goiás. As eleições municipais de 2020 podem servir para consolidar — ou até mesmo aumentar — a força política do partido não só em Goiás, mas em todo o País.
A propósito, o deputado federal reeleito revela que aproximadamente 60 prefeitos de outros partidos devem migrar para o PSL. De acordo com Delegado Waldir — que preferiu não citar nomes —, eles perceberam o recado das urnas e avaliam que, se permanecerem em suas atuais legendas, podem se enfraquecer.
O deputado estadual eleito Delegado Humberto Teófilo sublinha que, em 2019, os diretórios municipais estarão trabalhando intensamente para aumentar o número de filiados com vistas às eleições de 2020.
“A ideia é trabalhar em todos os diretórios de forma efetiva a partir do ano que vem, mas vamos fazer uma análise criteriosa dos que querem se filiar e se candidatar. Afinal, o PSL é, hoje, o partido mais atrativo porque o nosso fundo partidário será um dos maiores”, assinala o futuro parlamentar.
Pré-candidatos
Em Goiânia, o PSL tem pelo menos três pré-candidatos. Delegado Waldir disputou a prefeitura da capital em 2016 e foi o deputado federal mais votado em 2018. Apesar de dar a entender que não tem a intenção de concorrer ao Paço Municipal novamente  todos os eleitos pelo partido em 2018 dizem que não pretendem se candidatar daqui a dois anos , não há como descartá-lo da disputa.
O deputado estadual reeleito Major Araújo (PRP) também é citado. Por não ter atingido a cláusula de barreira, seu partido irá se fundir com o Patriota e, assim, o parlamentar deve deixá-lo rumo ao PSL, que pode, dessa forma, aumentar sua bancada na Alego.
O perfil de Major Araújo — que, em 2016, concorreu a vice na chapa do atual prefeito, Iris Rezende (MDB), mas preferiu continuar exercendo seu mandato na Assembleia Legislativa — agrada os políticos do PSL goiano.
Outro nome mencionado é o de Marcelo Conrado. Ele é presidente do Instituto Cidadão Consciente e Participativo (ICCP Brasil) e sua pré-candidatura foi sugerida pelo deputado federal eleito Major Vitor Hugo. “Delegado Waldir é o candidato natural. Mas, pelo trabalho que tem sido feito no ICCP Brasil, o Major Vitor Hugo sugeriu meu nome e estou à disposição do partido.”
Em Anápolis, o pré-candidato mais forte neste momento é o presidente do PSL municipal, Edson Tavares, que trabalhou durante 18 anos como superintendente no Porto Seco Centro-Oeste. “Sei que há diferenças, mas quero levar os bons modos e métodos da iniciativa privada para a esfera pública”, sugere.
Políticos do PSL pré-Bolsonaro
No início de janeiro de 2018, quando ainda estava à procura de um partido para ser candidato a presidente, Jair Bolsonaro anunciou que se filiaria ao PSL. A decisão atraiu novos membros para a sigla, mas afastou outros, especialmente aqueles ligados ao Livres, um movimento de renovação liberal.
Políticos que já tinham mandato e ficaram insatisfeitos com a chegada de Bolsonaro trocaram de partido durante a janela partidária de abril. Mas vereadores não puderam fazê-lo porque estavam em meio de mandato e poderiam perder o cargo.
Isso fez com que muitos membros do PSL apoiassem candidatos de outros partidos em 2018. Segundo Delegado Waldir, eles terão que pagar uma multa no valor de R$ 15 mil. “Foram 28 vereadores por todo o Estado e alguns vice-prefeitos. Se quiserem continuar no PSL, terão que pagar a multa e então estaremos abertos ao diálogo”, frisa.
Edson Tavares diz que, dos dois vereadores do PSL em Anápolis, apenas um deve permanecer. “Thaís Sousa já está totalmente alinhada e Deusmar Japão pode ser expulso ou ter o mandato tomado.”
O presidente do PSL de Anápolis diz que quer eleger entre sete e dez vereadores em 2020, o que representaria quase 50% da Casa, uma vez que a Câmara Municipal da cidade tem lugar para 23 parlamentares.
Em Goiânia, o único vereador do PSL é Lucas Kitão, que se diz entusiasta do liberalismo. “Tenho a intenção de permanecer. Acho que o PSL pode ser um partido que representa o sentimento de mudança, que é o que tenho pregado.”
“Vou trabalhar para ser candidato à reeleição com o apoio da juventude e acho que posso contribuir com um público que hoje talvez não seja diretamente ligado ao PSL”, afirma Lucas Kitão, que ainda não discutiu sua permanência com Delegado Waldir, mas espera conversar com ele breve.

Fonte:Jornal Opção

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