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sábado, 16 de maio de 2015

Goiano que furtou para alimentar filho recebe ajuda da Polícia Civil do DF

Ele praticou crime famélico e comoveu policiais do Distrito Federal, que pagaram fiança e compras para ele e o garoto





Mário Ferreira Lima: depois do susto da prisão, eletricista conseguiu emprego em Brasília(Foto: correio braziliense)





Tom Carlos
Mais uma crônica que muitos costumam evitar. Mas o fato é: apenas a solidariedade pode salvar Mário Ferreira Lima, eletricista morador do Jardim Ingá, em Luziânia, o maior município goiano da região do Entorno do . Ele cuida sozinho de um adolescente de 12 anos.
Na última quarta-feira, Mário foi preso após tentar furtar um pedaço de carne na feira de Santa Maria (DF). O caso se transformou em manchete nacional e fato revelante: afinal, quando começam a ocorrer crimes famélicos (por fome e necessidades urgentes), é um sinal de que as políticas sociais e econômicas do país estão corroídas.
A história de Mário deu um nó no Direito Penal: sua prisão fez com que os policiais do 20ª Distrito Policial de Gama chorassem. Não é comum a polícia ter pena de suspeito. Durante depoimento, ele passou mal.
Mas o pedaço de carne retirado ilegalmente tinha um destino: o filho de 12. Desempregado, Mário recebe R$ 70 do Bolsa Família, o programa do governo federal. Mais nada.
Por isso os policiais resolveram pagar a fiança de R$ 270 e fizeram compras para Mário e seu filho. No Jardim Ingá, a polícia encontrou uma triste situação: uma casa sem até mesmo gás.
A melhor notícia dos últimos tempos foi a proposta de emprego. Ontem ele foi chamado para uma entrevista numa empresa de Brasília. E já recebeu a confirmação: Mário Ferreira Lima começará a trabalhar na próxima segunda-feira (18), nas obras da Gois Construtora.
O proprietário da Gois, Nertan Gois, falou com o jornal Correio Braziliense: “Ele precisava de um emprego e a gente de um funcionário. Não é uma ajuda. É uma oportunidade”. Conforme a empresa, Mário apresentou todos os certificados de qualificação.
Mário é um trabalhador comum. Até 2013, quando a mulher sofreu um acidente de moto e ficou 18 dias em coma. Ele teve que cuidar dela e acabou demitido. Desde então, não conseguiu mais emprego.
Fonte:Diário da Manhã

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