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segunda-feira, 25 de maio de 2015

A QUANTAS ANDA O FAZER LITERÁRIO E ARTÍSTICO EM BRASÍLIA, NO ENTORNO E NO BRASIL?

Postado por Moisés Tavares 



Neste último dia oito de maio, nós acadêmicos da Aletras - Academia Aguaslindense de Letras, digo nós: eu, o poeta trovador Ismar Lemes e nosso Relações Públicas o romancista Júnior Marques, tivemos a satisfação de estarmos representando o município aguaslindense em mais um evento cultural, desta vez no Pólo de Modas do Guará-II no Distrito Federal, - "Barzinho literário", realizado pelo Grupo Ler Mais Brasil e a Editora ArtLetras, nas pessoas do Carlos Rocha e do Silas Andrade (a Aletras estendeu a outros o convite através de e-mails e das redes sociais); Houveram lançamentos de livros, homenagens à escritores diversos, divulgação de produtos culturais, muita música, entrevistas e atrações artísticas. Sentamos à mesa na qual fizemos companhia à diversos escritores, dentre eles a Custódia Wolney, Sabrina de Almeida, o confrade e professor João Piauí e também o ex-presidente da Academia Taguatinguense de Letras Ronaldo Mousinho. Entre um gole e outro de vinhos ou chopp, conversávamos sobre os bastidores de nossas academias de letras e a quantas andam o fazer artístico em Brasília-DF e entorno, como no nosso Brasil; A falta de recursos, não que não haja recursos, mas sim que os mesmos nunca chegam às mãos dos nossos escritores como deviam chegar, ou que na maioria das vezes não chegam, foi o fato comum, predominante das nossas conclusões... Fomos questionados pelos confrades do Distrito Federal sobre como era a nossa situação no município goiano de Águas Lindas de Goiás; Relatamos que nunca fomos procurados pelas "autoridades culturais locais" para nada vezes nada; Que sempre, sempre, nossas obras são editadas com recursos próprios dos nossos escritores ou colaboradores; Algo que causou estranheza aos nossos interlocutores, que replicaram ao falar da notoriedade que a Aletras - Academia Aguaslindense de Letras tem tido no cenário literário do Distrito Federal, pois se trata de uma jovem instituição, que em tão pouco tempo tem se destacado bastante -, pelos trabalhos realizados por seus escritores, também por ser a primeira academia de letras do entorno do DF a existir de fato e de direito. Questionamentos à parte sobre a nossa situação cultural em Águas Lindas de Goiás, deixo-vos aqui relatado as respostas e comentários às nossas indagações ao ilustre e conceituado escritor, o ex-presidente da Academia Taguatinguense de letras, professor Ronaldo Mousinho, sobre como anda o momento literário e das artes no DF e em geral no nosso país; - aqui vai uma síntese das impressões captadas e deixadas pelo nosso confrade:
"Vivenciamos um momento de calmaria, seja na produção, seja na veiculação das artes."
"No setor institucional e associativo, a realidade é melancólica, desalentadora. A Secretaria de Cultura, habitualmente contaminada pelo partidarismo político, pelo burocratismo exacerbado e pela suspeição de desvio de conduta ética de gestão, assim também o Ministério da Cultura, a cada ano mais se distanciam do dever de subsidiarem, no que lhes compete: a cultura nacional. Essa burocracia excessiva se afigura muitas das vez uma censura prévia, o que afugenta o artista. A tradicional Feira do Livro há muito se tornou fato incerto, e a Bienal, que a ela absorveu, em decorrência de futrica política, também. E as bibliotecas públicas, desassistidas pelo Executivo, vão se deteriorando, fechando portas e expondo constrangimento nacional. De editoras, em sentido pleno, continuamos desprovidos."
"As Academias de Letras e agremiações congêneres, entra ano, sai ano, mais se tornam apáticas sem sua missão de promotoras e prestigiadoras de seus associados. E, em vez de uma vitrine de vibração cultural, quase todas mais se assemelham a arquivos mortos."
"E é neste contexto que estão imersos os escritores, hoje, em torno de quatro mil, e outros agentes das diversas linguagens artísticas. E, em que pese a realidade adversa, não se deixam desanimar, buscando alternativas, por vezes mais tímidas, porém certas e de êxito garantido. Afinal, os artistas têm uma missão especial, altruísta e humanista, de influenciar positivamente na conduta humana, alargar o conhecimento, amadurecer o senso crítico, atiçar a lucidez, satisfazer o senso estético e entreter o cotidiano urbano."
"Hoje nos valemos do que o tempo nos disponibiliza; de iniciativas pessoais e coletivas. Assim, aglutinados em pequenos grupos, portais e ponto de cultura, tais como, Tribo das Artes, Cultura de Classe, Galeria Olho de Águia, Karecas Bar Kaixa Dágua, Conselho de Cultura de Taguatinga, Radicais Livres, Coletivo Poeme-se, Daniel Pedro, Pazcheco e Didi agitam o Guará, Coletivo de Poesia, Portal Cultural Alternativo, Portal Leia Brasília, Mercado Sul-Invenção Brasileira, Taguacultural, Alvorada Cultural, Mambembrincantes, Balaio Café, Revista Cerrado, Movimento União Cultural, Casa da Memória Viva, Clube do Som (Casa do Cantador), Ler Mais Brasil com Editora ArtLetras, a arte é dinamizada em todo o DF, tendo por veículo de comunicação as potentes e ágeis redes sociais. Os Correios, hoje, açambarcados pelos políticos mercenários, transformaram-se em instituição financeira, essencialmente capitalista, morosa e reduto de corrupção."
"E, particularmente no que nos diz respeito mais diretamente, vai o lembrete: os momentos de lançamento e de autógrafo de livros continuam especiais para os escritores, e somente ele e o livro são as estrelas em tais circunstâncias, e adquirir o livro é o único e elementar objetivo do convidado."

RÔMULO "VÍCTOR" NUNES LIMA - escritor e Presidente da ALETRAS Academia Aguaslindense de Letras


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