CAMPANHA-MERENDA NUTRITIVA

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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Investigado pela PF é doador de Rollemberg


Empresário flagrado com dinheiro no aeroporto repassa R$ 57.753 para a campanha do senador na capital
Millena Lopes
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br

Flagrado pela Polícia Federal em um avião que continha cerca de R$ 116 mil de origem não identificada, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, é um dos doadores da campanha do candidato ao GDF, Rodrigo Rollemberg (PSB). Os valores repassados ao senador foram  por meio da empresa da família de Bené, a Gráfica e Editora Brasil Ltda.
Os montantes doados, segundo a segunda prestação de contas parcial declaradas por Rollemberg à Justiça Eleitoral, somam R$ 57.753 (veja quadro). Os valores foram doados em três oportunidades: a primeira leva foi encaminhada ao partido de Rollemberg, que repassou à campanha dele: R$ 9.950. Em seguida, a Gráfica e Editora Brasil doou outras três vezes: R$ 23.400, R$   12.407,50 e R$ 11.995,50.
 A origem do dinheiro encontrado com Bené, conhecido doador de campanhas do PT, e outras duas pessoas em um avião no Aeroporto JK é investigada pela Polícia Federal, em sigilo. O empresário, que não foi encontrado pela reportagem para comentar o fato, já prestou esclarecimentos à polícia.
A Polícia Federal chegou ao grupo, após receber uma denúncia anônima. Eles foram surpreendidos em Brasília após pousarem na noite do dia 7 de outubro, dois depois das eleições de primeiro turno. Eles vinham do  Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
Em malas
O dinheiro apreendido estava guardado em malas e foi levado pelos policiais, assim como o jato, que está sob custódia da PF
Um outro ocupante do avião era Marcier Trombiere, que deixou cargo no  Ministério das Cidades para trabalhar na campanha do governador eleito de Minas, Fernando Pimentel (PT). 
Há duas semanas, a campanha do petista divulgou nota afirmando que não pode ser responsabilizada pela "conduta de fornecedores".   
Doador de campanhas do PT
 
Benedito Rodrigues de Oliveira Neto é doador antigo de campanhas petistas. A campanha de Fernando Pimentel disse que a  empresa “prestou serviços gráficos” e que “as notas foram emitidas e as despesas  declaradas na prestação de contas  da campanha”.
 
Só prestação de serviços
 
Rollemberg não tem nada a ver com o fato. É o que garante o coordenador de campanha, Hélio Prates Doyle. “Ele (Benedito) e a família dele são donos de uma gráfica, que fez diversos trabalhos para a campanha do Rodrigo”, argumenta. 
 
“O pai dele tem uma relação antiga com o Rodrigo, de fornecimento de material impressos para outras campanhas”, afirmou o coordenador de campanha.
 
Doyle alega que as doações não foram feitas em dinheiro, mas em prestação de serviços, conforme consta da prestação de contas disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): recurso estimado. “Não significa que doaram esses R$ 57.753. Eles deixaram de cobrar serviços nesse valor,  deram um abatimento, uma doação estimada”, completou.
“procedimento normal”
 
O coordenador de campanha frisa que o procedimento “é absolutamente normal”. “Está tudo registrado. Foi legal, legítimo”, argumentou.
 
A campanha de Rollemberg diz que o fato de o adversário, Jofran Frejat (PR),  explorar a ligação do doador investigado com o senador  é “apelação de campanha eleitoral”. 
 
Segundo a Resolução do TSE 23.406, que dispõe sobre a arrecadação e os gastos de campanha, as receitas e as despesas devem ser informadas em três etapas à Justiça Eleitoral. As duas prestações de contas parciais já foram feitas pelos candidatos e a final  deve ser encaminhada até o dia 4 de novembro.
 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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