CAMPANHA FÉRIAS DEZEMBRO 2024

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sábado, 11 de outubro de 2014

Marconi: “Recebi o apoio de Friboi com muita satisfação”

Governador comenta manifesto assinado por peemedebista e reafirma que fará campanha propositiva

DIÁRIO DA MANHÃ
HELTON LENINE








O governador Marconi Perillo (PSDB) afirmou que a decisão do empresário José Batista Júnior, o Júnior Friboi (PMDB), em apoiá-lo, é fruto da insatisfação do peemedebista com a conduta do governadoriável Iris Rezende na condução do partido. Friboi era pré-candidato ao governo do Estado e foi atropelado por Iris, que não abriu mão de concorrer ao cargo.
“Ele se sentiu insatisfeito com as vontades e opressões de Iris”, disse Marconi. “Recebi o apoio dele com satisfação e muita alegria. Telefonei-lhe e o agradeci pela manifestação de apoio”, completou. O governador ainda afirmou que o apoio do empresário do PMDB, neste segundo turno, é “extremamente relevante”, uma vez que Júnior Friboi percorreu todo o Estado durante o período pré-eleitoral e lidera um grande número de aliados.
Primeiro turno
O governador voltou a falar do resultado das urnas no dia 5 de outubro e dos 45,8% dos votos que obteve na primeira etapa da disputa. “Sempre trabalhei nesta campanha para vencer as eleições e não para que a vitória viesse já no primeiro turno”, relatou.
Em relação aos votos obtidos em Anápolis, um dos maiores colégios eleitorais do Estado, Marconi avaliou como “positivo” o seu desempenho entre os eleitores anapolinos – Antônio Gomide (PT), ex-prefeito, venceu a disputa. “Tive 36% dos votos na cidade, quase 70 mil votos. Isso revela a relação de confiança entre meu trabalho e o povo anapolino. Anápolis sempre me deu votações muito expressivas, até em função de tudo que fizemos em prol deste município”, acrescentou.
Campanha propositiva
Quanto à determinação em fazer uma campanha focada em projetos e propostas, o governador reafirmou que não se desviará deste foco até o dia das eleições, 26 de outubro. E lamentou o comportamento do adversário Iris Rezende (PMDB) que, de acordo com ele, insiste em pautar sua campanha em ataques “levianos e mentirosos”.
Ele voltou a expressar confiança na vitória do presidenciável tucano Aécio Neves e garantiu que não deixará o governo do Estado, caso eleito no próximo dia 26 de outubro, para ocupar algum cargo na gestão do senador mineiro: “Meu primeiro projeto é continuar fazendo o bem para o nosso povo. Fazendo um governo realizador, de qualidade, eficiente, e que gera muitas oportunidades. Caso Aécio seja vitorioso, vamos trabalhar por espaços que serão ocupados por ótimos quadros de Goiás”, completou.
Marconi lembrou que, após a morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB), foi um dos poucos que o procurou para confirmar o apoio. “Quando ele chegou a 13% nas pesquisas, eu liguei para convidá-lo para vir a Goiás. Emocionado, ele falou: ‘Olha, Marconi, tem muitos dias que ninguém me telefona. Você é um irmão mesmo’”, contou. A ligação resultou no grande evento no Tatersal de Elite, em Goiânia, que reuniu cerca de cinco mil pessoas em apoio a Aécio presidente. “Ele saiu daqui energizado, muito feliz. Foi uma injeção de ânimo que, com certeza, mostrou que é preciso acreditar. E nós acreditamos nele”, comemorou.
Conforme o tucano, é natural que os partidos aliados tenham criado movimentos como DilMar (Dilma e Marconi) e MariMar (Marina e Marconi), afinal, a coligação abrange partidos que, no plano Federal, não estão com Aécio. “Mas a minha orientação permanente é que todo o material de campanha estivesse Marconi governador, Aécio presidente e Vilmar Rocha senador”, assegurou e completou: “Eu não tenho condições de censurar nenhum aliado. No entanto, a minha linha é uma só: Aécio presidente.” O “casamento” deve ocorrer também no segundo turno que, de acordo com o governador, difundirá o “45+45” permanentemente. “Estive, nesta semana, em Brasília no evento de lançamento do segundo turno e ele demonstrou um grande carinho por mim. Eu sempre fui coerente na minha vida”, arrematou.
Governo estadual
Ao tratar sobre os próximos quadros para um eventual novo governo, Marconi garantiu que não será conivente com “fichas-sujas”. “Eu instituí neste governo atual o projeto ‘Ficha Limpa’, qualquer pessoa que for enquadrada e tiver alguma condenação por órgão colegiado, não entra no governo”, garantiu. O governador lembrou que fez o compromisso de diminuir o número de secretarias e também de comissionados do Estado. “Até o final do ano 3,3 mil cargos comissionados estarão extintos e não serão providos. Já demitimos uma parte grande e concluiremos até o final do ano”, confirmou.
Para as pastas, o número foi diminuído com relação ao ano passado e o tucano se comprometeu a estudar a possibilidade de uma reestruturação ainda maior para “enxugar a máquina”. Falou, ainda, sobre a diferença entre cargos comissionados e cargos temporários, que serão substituídos com a realização de concursos públicos. “Já temos vários projetos prontos para realização de concurso. Só estamos esperando passar o período eleitoral para serem efetivados”, explicou. Respondendo a uma indagação sobre a demora na realização destes, o governador relatou que foi uma “orientação da Procuradoria-Geral do Estado e da Casa Civil”.
No que diz respeito a formação do primeiro e segundo escalão do governo, Marconi exaltou o perfil técnico da atual administração, que conta com cerca de 70% de profissionais especializados nas áreas. “Mas também temos políticos que tem capacidade de gestão e desenvolvem um bom trabalho à frente das pastas”, acrescentou. Um exemplo dado por ele para a próxima administração foi a Secretaria de Educação: “Vou colocar um professor que tenha experiência em sala de aula e em gestão administrativa. Quero alguém que conheça o ‘chão da sala de aula’, pois precisamos avançar ainda mais na Educação e na melhoria da qualidade do ensino, com a valorização real dos professores”, argumentou.
"Qualquer pessoa que estiver enquadrada na Lei da Ficha Limpa não entrará em um novo governo. Vou reduzir número de secretarias e de cargos comissionados”
Marconi Perillo
Tucano diz que fará novos investimentos
O governador Marconi Perillo (PSDB) defendeu os investimentos feitos pela atual administração ao falar sobre compromissos não alcançados de 2010. “Há um volume de obras jamais visto na história de Goiás. Já entregamos muita coisa e vamos continuar entregando até o fim do ano. Infelizmente, não temos dinheiro para tudo”, explicou. De acordo com o tucano, os dois primeiros anos da atual gestão foram utilizados para organizar a casa e desenvolver os projetos que estão sendo implantados.
Ele explicou que só a partir de meados do segundo ano que houve viabilização de recursos. “Dinheiro para realização de projetos é cada vez mais limitado. Fomos atrás de recursos, através da criação de fundos, como o Fundo de Transportes, e operações de crédito. Temos uma equipe competente e eficiente que, felizmente, conseguiu a viabilização”, elucidou. Conforme ele, foi feito um ajuste fiscal, que gerou bons resultados: “Elogiado pela União, Goiás foi o Estado que mais reduziu seu endividamento externo nos últimos três anos em relação a receita, foram 37%.”
De acordo com ele, muito do que foi feito não estava previsto no plano de governo de 2010 e isso faz parte da Gestão Pública. “Reconstruir mais de cinco mil quilômetros de rodovias, quase R$ 2 bilhões investidos, reformar e reconstruir todas as escolas estaduais... Quando cheguei ao governo tive que fazer opções e priorizar as coisas”, explicou. Questionado, o governador falou sobre a manutenção de serviços fixos: “Quando as estradas estão em boas condições, sim, é preciso apenas mantê-las. Mas não foi o que aconteceu quando assumi. Muitas estradas foram mal-feitas, sem acostamento, e com o tempo elas estavam acabadas. Como não houve manutenção, tivemos que reconstruí-las.”
“Os jornais fizeram inúmeras matérias falando sobre a quantidade de buracos e a precariedade da malha. O que eu tinha que fazer naquele momento era superar esse drama”, relembrou. Nesta campanha, ele opina, os candidatos não falaram em rodovias porque “praticamente toda nossa malha viária foi recuperada” e, agora sim, há um programa de manutenção e conserva permanente delas. Neste sentido foi debatido o Fundo dos Transportes que, de acordo com o candidato à reeleição, será mantido. “É importante para manutenção das rodovias e para realização de outros projetos, como a construção de 150 quilômetros de terceiras faixas em pontos críticos de rodovias goianas. Bem como a construção de mais de 200 pontes”, definiu.
O governador diz que vai prosseguir, sendo reeleito, com as obras de infaestrutura, principalmente pavimentação asfáltica. “A economia goiana se desenvolve e, em razão disso, temos que pavimentar as rodovias que ainda faltam, facilitando o escoamento da produção agrícola e fomentando o turismo nas diversas regiões do Estado. Goiás avança e vamos seguir em frente”, ressalta.

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