domingo, 15 de setembro de 2013

Vereador em festa proibida com menores, flagrado em um vídeo



O presidente da Câmara dos Vereadores de Três Corações, no sul de Minas, Altair Gustavo Rocha Nogueira, virou alvo de investigações da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, depois de ter sido flagrado em um vídeo em cenas de orgia com uma adolescente, na época com 16 anos. Outros dois homens e uma jovem, que era irmã da menor, também participavam da festa, que ocorreu em um sítio em Varginha, sul do Estado. Se comprovada a participação do vereador, ele pode ser indiciado por exploração sexual contra menores.
A relatora da CPI, deputada federal Liliam Sá (PR-RJ), ouviu cerca de dez pessoas relacionadas ao caso. A jovem que aparece nas cenas já completou 18 anos e também prestou depoimento. Ela confirmou que recebeu R$ 200 para participar da orgia.


Incoerências

As imagens foram parar na internet depois que Ueslen Marcelo do Carmo e Guilherme Alberto da Costa, colegas do presidente da Câmara, tiveram acesso ao cartão de memória onde estavam gravados os registros. Carmo confessou que ainda tentou extorquir Nogueira, pedindo R$ 2.000 para devolver o material, alegando estar com problemas financeiros. Ele ressaltou, no entanto, que não foi o responsável pela divulgação do conteúdo do cartão. Já Costa negou ter participado da chantagem.

A deputada relatora da CPI explica que há fatos ainda não apurados nesta parte da história: embora o parlamentar tenha prestado queixa contra a dupla após ser chantageado, não foi registrado boletim de ocorrência sobre o crime.

— Eles chegaram a ir para a delegacia fazer o flagrante, acompanhados de um policial e um delegado. No entanto, não tem B.O sobre o caso. Por que o delegado sabia que eles estavam extorquindo e não fez o boletim de ocorrência? E por que o vereador não quis prestar queixa?

O próximo passo da CPI é interrogar o delegado Cristiano Almeida, da Delegacia de Polícia da Comarca de Três Corações, para esclarecer estes pontos.

Defesa

Tranquilo, o vereador continua trabalhando normalmente na Câmara e alega que não teve "qualquer tipo de relação" com a adolescente. Ele alega que não sabia que ela era menor e conta que foi convidado por um amigo para um churrasco no sítio. Quando chegou ao local, as duas jovens já estavam lá.

— Tenho certeza que teremos um final favorável, confio no trabalho da Justiça e no da CPI. Fui saber só depois que as investigações começaram que a garota era menor.
  
              
                         

Fonte: R7

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